segunda-feira, dezembro 17, 2012

Tetraplégica controla braço robótico com a mente de 'forma inédita'

Tetraplégica, Jan Scheuermann é capaz de controlar um braço robótico usando só a mente


  • Tetraplégica, Jan Scheuermann é capaz de controlar um braço robótico usando só a mente
Um braço robótico já pode ser controlado pelo pensamento de forma "sem precedentes", de acordo com um estudo publicado pela revista médica The Lancet

Jan Scheuermann, 53, paralisada do pescoço para baixo, foi capaz de mover com destreza um braço mecânico, segurando objetos como se eles fossem movidos por sua própria mão. Implantes cerebrais foram usados na paciente para controlar o braço robótico, e o resultado foi avaliado por especialistas como "uma conquista extraordinária".


Jan foi diagnosticada com degeneração espinocerebelar 13 anos atrás e foi perdendo o controle de seu corpo progressivamente. Ela não consegue mais mover seus braços e suas pernas.


Ela recebeu o implante de dois sensores - cada um de 4mm x 4mm - no córtex do cérebro. Uma centena de pequenas agulhas em cada sensor percebe a atividade elétrica de 200 células cerebrais.


Comandos
 
Os neurônios se comunicam entre si através de pulsos, diz o professor Andrew Schwart, da Universidade de Pittsburgh.


Essas vibrações elétricas no cérebro são, então, traduzidas em comandos para mover o braço - dobrar na altura do cotovelo, rodar e agarrar um objeto, por exemplo. Jan foi capaz de controlar o braço no segundo dia de treinamento; ao longo de 14 semanas, foi aperfeiçoando essa habilidade.


Segundo o estudo médico, ela adquiriu "coordenação, habilidade e velocidade quase similares às de uma pessoa de corpo não deficiente". Schwartz contou à BBC que movimentos tão precisos nunca haviam sido observados antes.


"São (movimentos) fluidos e muito melhores do que o que se havia demonstrado antes", afirmou. "Acho que isso é uma prova convincente de que essa tecnologia (se converterá em uma terapia) para pessoas com lesões na espinha dorsal."


Para Schwartz, a nova tecnologia já permite que essas pessoas realizem tarefas diárias.


Tecnologia em casa
 
As técnicas que apostam no poder de um cérebro saudável para superar um corpo danificado têm avançado rapidamente. No início deste ano, um estudo apontou que uma mulher conseguiu usar um braço robótico para servir-se de uma bebida pela primeira vez em 15 anos desde que sofreu um derrame.


Nos dois estudos, porém, os resultados foram obtidos em laboratório - ou seja, a tecnologia ainda não foi aplicada em suas casas.


Agora, pesquisadores tentam acoplar o braço mecânico à cadeira de rodas de Jan, para que ela possa usá-lo em sua vida cotidiana. Também há tentativas de dar sensações ao membro artificial, para que seu portador volte a experimentar o sentido de toque.


Para os pesquisadores Gregoire Courtine, Silvesto Micera, Jack DiGiovanna e José del Millan, o controle do braço retratado no estudo é uma conquista "tecnológica e biomédica incrível".


Eles acrescentam que tecnologia do membro mecânico está chegando perto do ponto em que "poderá, em breve, se tornar um modelo revolucionário de tratamento" para portadores de paralisias.

Ritalina é eficaz contra deficit de atenção

No caso de pessoas efetivamente diagnosticadas com TDAH, a ritalina promove o aumento dos níveis de dopamina no cérebro. Trata-se de um neurotransmissor que aumenta o estado de alerta e melhora a cognição, por isso geralmente promove uma melhora nos estudos.

O neuropediatra Paulo Alves Junqueira, membro da Academia Brasileira de Neurologia (Abneuro), afirma que a droga não aumenta a inteligência nem fornece habilidades que a pessoa não tinha anteriormente, "mas deixa o paciente pronto para trabalhar em dobro porque tira a fadiga e estabelece um esforço para que consiga se manter em determinadas tarefas".


O diagnóstico é clínico. "É necessário fazer uma entrevista artesanal, longa, com várias questões. Tem de saber das trajetórias do paciente e o quanto tem de prejuízo nos relacionamentos, no trabalho e na autoestima", diz. Constatado o transtorno, é preciso inquirir o histórico cardiovascular do paciente. Os que já tiveram problemas no coração não devem usar a droga.


"Para quem precisa, o remédio muda a história de vida do indivíduo. Ouço relatos de portadores que, depois de serem diagnosticados, mudaram de vida, entraram na faculdade e tiveram várias realizações. Isso é gratificante", diz Junqueira.


Para o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, a fama da Ritalina de tornar as pessoas mais inteligentes vem do fato de que portadores de TDAH são frequentemente rotulados de preguiçosos antes do diagnóstico. "Depois de medicados, o rendimento escolar passa a ser muito bom. Por isso os pais brincam que é a 'pílula da inteligência'. Tenho um paciente que diz que ficou 'nerd' depois da Ritalina." AS informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estudo derruba mito de que ritalina 'turbina' cérebros saudáveis

A ritalina não promove melhora cognitiva em pessoas saudáveis. Indicada para transtorno do deficit de atenção com hiperatividade (TDAH), ela tem sido usada por estudantes que buscam melhor desempenho em provas e concursos. Apesar da fama - que lhe rendeu o apelido de "pílula da inteligência" ou "droga dos concurseiros" -, uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostra que o medicamento não beneficia a atenção, a memória e as funções executivas (capacidade de planejar e executar tarefas) em jovens sem o transtorno.

A psicóloga Silmara Batistela, autora do estudo, decidiu investigar o tema ao perceber a popularização da prática de doping mental. "É muito comum ouvir o relato de pessoas que, para passar a noite estudando antes da prova, tomam ritalina", diz. O objetivo da pesquisadora era avaliar se o consumo do medicamento, cujo princípio ativo é o cloridrato de metilfenidato, realmente trazia vantagens cognitivas.

Para a pesquisa, foram selecionados 36 jovens saudáveis de 18 a 30 anos. Eles foram divididos aleatoriamente em quatro grupos: um deles tomou placebo e os outros três receberam uma dose única de 10 mg, 20 mg ou 40 mg da medicação. Depois de tomarem a pílula, os participantes foram submetidos a uma série de testes que avaliaram atenção, memória operacional e de longo prazo e funções executivas. O desempenho foi semelhante nos quatro grupos, o que demonstrou a ineficácia da ritalina em "turbinar" cérebros saudáveis.

Ritalina é eficaz contra deficit de atenção

 

No caso de pessoas efetivamente diagnosticadas com TDAH, a Ritalina promove o aumento dos níveis de dopamina no cérebro. Trata-se de um neurotransmissor que aumenta o estado de alerta e melhora a cognição, por isso geralmente promove uma melhora nos estudos. O neuropediatra Paulo Alves Junqueira, membro da Academia Brasileira de Neurologia (Abneuro), afirma que a droga não aumenta a inteligência nem fornece habilidades que a pessoa não tinha anteriormente, "mas deixa o paciente pronto para trabalhar em dobro porque tira a fadiga e estabelece um esforço para que consiga se manter em determinadas tarefas".

"O uso não alterou a função cognitiva. A única diferença que observamos foi que os que tomaram a dose maior, de 40 mg, relataram uma sensação subjetiva de bem-estar maior em comparação aos demais", diz Silmara.


Perigos
 
O psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, diretor do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad) da Unifesp, observa que o mito de que a ritalina teria o potencial de tornar alguém mais inteligente não faz sentido. "A pessoa fala que consegue estudar a noite inteira com o remédio. Isso é porque ela fica acordada e não porque tem uma melhora na atenção", diz. Ele observa que o aprendizado sob o efeito da droga consumida inadequadamente é de má qualidade.


Silveira destaca que existem perigos relacionados ao uso inadequado do medicamento. O consumo aumenta os riscos de problemas do coração e pode levar a um quadro de arritmia cardíaca. O especialista acrescenta que, tratando-se de uma anfetamina, a droga apresenta também um potencial de abuso, razão pela qual é controlada e só pode ser comprada com receita especial.


A alternativa para os que resolvem usar a ritalina sem ter indicação é recorrer ao mercado negro. Estudantes relatam que não é difícil encontrar fornecedores anunciando o produto em fóruns de discussão na internet.


Um estudante de Economia de 22 anos, que preferiu não se identificar, conta que soube dos efeitos da ritalina por um amigo. "Ouvi falar de uma droga que todos universitários estavam usando na Europa e nos Estados Unidos para aumentar a concentração. Li sobre seus efeitos colaterais, para o que servia e, como sempre me achei um pouco hiperativo, resolvi experimentar."


As duas primeiras caixas foram compradas de um conhecido. Depois, encontrou um fornecedor na internet que atende aos pedidos dele e de seus amigos. "A gente pede de uma vez só várias caixas." Para o universitário, que toma o remédio para estudar aos fins de semana ou à noite, quando pretende varar a madrugada entre os livros, a principal vantagem é tirar o sono. "O ganho está nas horas a mais que estudo na madrugada."


Segundo ele, também há um aumento na concentração e na atenção. "Não fiquei mais inteligente, mas meu tempo de dedicação aos estudos aumentou", relata. Ele, que foi um dos primeiros entre seus amigos a usar o recurso, conta que hoje conhece cerca de 15 pessoas que aderiram.


Um de seus amigos, também estudante de Economia, conta que aderiu à pílula por ter dificuldade de ler textos longos. "Eu começo a me dispersar no meio deles. Como trabalho o dia inteiro, acaba me faltando tempo para conseguir ler volumes grandes." Para ele, a ritalina o ajuda a ler bastante sem se dispersar.


Encenação


Outra estratégia que tem sido adotada para obter o remédio é simular os sintomas do TDAH na esperança de ganhar uma receita. O neuropediatra Paulo Alves Junqueira, membro da Academia Brasileira de Neurologia (Abneuro), conta que tem existido essa demanda, principalmente entre os concurseiros. "O médico precisa ter a habilidade de identificar esses casos: o TDAH não vem de uma hora para outra. É um transtorno incapacitante que acompanha o paciente ao longo da vida."


Segundo levantamento feito pelo Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma) a pedido do Estado, houve um crescimento de quase 50% na venda de remédios à base de cloridrato de metilfenidato no Brasil entre 2008 e 2012. Entre setembro de 2007 e outubro de 2008 foram vendidas 1.238.064 caixas, enquanto entre setembro de 2011 e outubro de 2012 as vendas cresceram para 1.853.930 caixas. Nesse intervalo, os valores gastos com a medicação passaram de R$ 37.838.247 para R$ 90.719.793. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Cientistas reprogramam células de urina para gerar neurônios

Células progenitoras neurais derivadas de urina humana

  • Células progenitoras neurais derivadas de urina humana
 
Cientistas chineses afirmam ter conseguido reprogramar células de urina humana em células cerebrais (progenitoras neurais), em uma pesquisa que pode contribuir para futuros avanços no tratamento de males degenerativos como Alzheimer e Parkinson.

A pesquisa, publicada na recente edição do periódico Nature Methods, afirma que células de urina foram isoladas de três doadores, de 37, 10 e 22 anos, e reprogramadas para gerar células progenitoras neurais (NPCs), que são precursoras das células cerebrais. Estas NPCs, por sua vez, foram capazes de se subdividir e "gerar com eficiência neurônios funcionais" distintos in vitro.


Os mesmos cientistas haviam identificado, no ano passado, que a urina humana contém células do rim "que podem ser reprogramadas em células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs)". Agora, dizem ter avançado neste método.


"Ainda faltam análises, mas reportamos que as células sobrevivem e se dividem quando transplantadas ao cérebro de um rato recém-nascido", diz o estudo, liderado por Duanquing Pei, da Academia Chinesa de Ciências.


Células progenitoras neurais são potenciais fontes de neurônios para pesquisa, com a vantagem de se dividirem e, por conta disso, poderem ser "expandidas" em laboratório antes que sejam divididas em neurônios.


Pesquisa e teste de medicamentos
 
"Há um grande interesse em gerar progenitoras neurais de indivíduos com doenças degenerativas", diz comunicado da Nature Methods. "E como as células a serem reprogramadas são derivadas de (processos) não-invasivos, da urina de doadores, os autores da pesquisa propõem que o procedimento deve ser praticável para gerar progenitoras neurais específicas para determinadas doenças."

"Neurônios derivados dessas células podem ser úteis para pesquisas em males neurodegenerativos e para o teste de novos medicamentos", conclui o comunicado.

A pesquisa de Duanquing Pei lembra que ainda não há medicamentos eficientes para combater diversas doenças neurológicas.


Há importantes avanços no campo de células-tronco, mas o método é alvo de questionamentos por alas mais conservadoras porque as células são obtidas de embriões humanos. Além disso, existe o risco de rejeição do sistema imunológico. A vantagem da pesquisa chinesa é evitar esses dilemas.


Além disso, reportagem da revista Nature aponta que o estudo pode ajudar pesquisadores a produzir mais rapidamente células específicas para cada paciente e em número maior. "Progenitoras neurais proliferam em cultura, então os pesquisadores podem produzir diversas células para seus experimentos", diz a reportagem.


Um geneticista consultado pela revista afirma que outra vantagem de obter células dessa forma é que a urina pode ser coletada de quase qualquer paciente.

Pressão arterial elevada é ligada a mudanças no cérebro

A pressão arterial elevada pode causar alterações cerebrais prejudiciais em pessoas com menos de 40 anos, sugere um estudo.

No relatório, publicado no periódico Lancet Neurology, pesquisadores mediram a pressão arterial em 579 homens e mulheres cuja média de idade era 39 anos, e em seguida examinaram seus cérebros com ressonância magnética.

Depois de incluir dados como tabagismo, tratamento de hipertensão arterial e volume craniano total, eles descobriram que a maior pressão arterial sistólica – a forma mais comum de hipertensão – estava associada à diminuição do volume da substância cinzenta e a uma lesão significativa da substância branca. Além disso, verificou-se uma relação dose-resposta: quanto maior a pressão sanguínea, maiores as mudanças visíveis.

Essas alterações também ocorrem em pessoas com mais de 55 anos que possuem pressão alta, e são associadas a uma diminuição do desempenho cognitivo. Essencialmente, esses jovens com pressão alta apresentavam cérebros mais velhos do que sua idade cronológica.

Os autores reconhecem que os indivíduos que participaram do experimento eram na maioria voluntários caucasianos saudáveis, e que o estudo representa um cenário momentâneo, e não uma visão de longo prazo.

O autor, Charles Decarli, neurologista da Universidade da Califórnia, Davis, pediu cautela. "A maioria das pessoas nessa idade não possui sintomas, mesmo quando têm pressão alta", disse ele. "Meça sua pressão arterial quando você for jovem, e trate-a se necessário."

Exercícios com cavalos trazem melhoras para quem sofre de estresse, depressão e insônia

                Michelle Rodrigues faz equoterapia há três meses com a égua Chuva no Jockey Clube de São Paulo

  • Michelle Rodrigues faz equoterapia há três meses com a égua Chuva no Jockey Clube de São Paulo
Um remédio natural contra doenças do mundo moderno. Essa é uma das formas de se ver a equoterapia, que pode ser traduzida como um método terapêutico que utiliza a equitação. Há 15 anos, a fisioterapeuta Letícia Junqueira trabalha com essa prática e há dois tem parceria com o Jockey Club de São Paulo.

Ela garante que a equoterapia abrange muito mais que pessoas com mobilidade reduzida. "Essa terapia pode auxiliar no tratamento de estresse, insônia, síndrome do pânico e distúrbios alimentares  (bulimia e anorexia), além de ajudar no aprendizado e no resgate da relação mãe e filho."  Junqueira acrescenta que o contato corporal com o animal melhora a independência, a autonomia, a autoestima e a autoconfiança.


A fisioterapeuta explica que quando a pessoa está em cima do cavalo, precisa se adaptar ao movimento do animal - de um lado para outro, para frente e para trás, para cima e para baixo. Com isso, há liberação das endorfinas, os antidepressivos naturais do organismo.

Para dormir melhor

 

Nem parece que a poucos metros dali encontra-se a caótica e barulhenta Marginal Pinheiros. O clima calmo e bucólico do Jockey Club é o cenário perfeito para montar Chuva, a égua que ajuda os pacientes da fisioterapeuta Letícia Junqueira.

Michelle Rodrigues, 30 anos, sofre de insônia e dor de cabeça. Há três meses faz a equoterapia. "Sinto-me bem melhor, mais relaxada. É algo muito gostoso, principalmente porque é ao ar livre." Ela nunca havia montado um cavalo, mas garante que não teve medo, pois Chuva é muito mansa. Além disso, a fisioterapeuta e o cavalariço acompanham cada paciente o tempo todo.


A acupunturista Roberta Luz tem 29 anos e também procurou a equoterapia para amenizar suas noites de insônia. Faz cinco meses que ela participa das sessões. "Os exercícios respiratórios que fazemos me ajudam a acalmar. Até o movimento de mastigar da Chuva é relaxante", comenta.


As sessões variam de duas a três vezes por semana e duram 30 minutos cada. Os resultados aparecem rapidamente, mas irá depender de cada pessoa. A média para quem sofre de insônia é seis meses.



Evolução emocional
 
O médico Paulo Facciola Kertman, ortopedista pediátrico e do esporte, indica a prática da equoterapia a seus pacientes com paralisia cerebral. Segundo ele, há evolução no aspecto emocional, psicológico e da coordenação motora. "As mães relatam que as crianças ficam mais calmas. Além disso, melhora o equilíbrio do tronco, fazendo com que não caiam com tanta frequência", avalia ele que, durante muitos anos, atendeu na Santa Casa e na AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente).


O médico diz que não há contraindicações para praticar a equoterapia, mas é necessário fazer uma avaliação prévia. "É preciso verificar as condições da coluna e dos quadris, partes bastante exigidas durante os exercícios com o cavalo", aconselha Kertman.


A neuropsicóloga Daniella Landucci, do Centro Paulista de Neuropsicologia (CNP), também recomenda a prática dos exercícios com cavalos a pessoas que tiveram sequelas físicas e cognitivas, em virtude de acidentes de carro ou moto.


"Dependendo da lesão, os acidentados não voltam a ter a mesma vida de antes. Percebi evolução rápida nos pacientes que praticam  a equoterapia, principalmente no controle do tronco, melhorando a qualidade de vida", constata Landucci.


Adaptação do animal
 
Não é qualquer cavalo que é utilizado na equoterapia.  Letícia Junqueira diz que o animal precisa passar por adaptação e treinamento de cerca de três meses. É necessário ter altura e idades ideais. "Se for muito novo só vai querer brincar e o mais velho não irá produzir muito", explica.


Chuva, que ajuda os pacientes de Junqueira, tem sete anos. A fisioterapeuta já está treinando outros cavalos para não sobrecarregar a égua. "Depois de cada sessão a deixamos solta para brincar um pouco. Não queremos que ela se estresse com seu trabalho", garante.


Prática vem da Grécia Antiga


Hipócrates (458 –370 a.C.), considerado o pai da medicina, já se referia à equitação na Grécia Antiga como sendo uma prática que ajudava na regeneração da saúde. Em seu livro "Das Dietas" ele afirmava que cavalgar melhorava o tônus muscular e também era indicado no tratamento de insônia.

A Primeira Guerra Mundial contribuiu para o desenvolvimento da Equoterapia. Muitos soldados feridos em combate utilizaram esse tratamento para se reabilitar.


No Brasil, a equoterapia foi introduzida em 1989, em Brasília. Na site da Associação Nacional de Equoterapia (Ande - http://www.equoterapia.org.br) é possível saber mais sobre o assunto, além de consultar locais, no país todo, onde essa terapia é praticada.

Natal não precisa ser sinônimo de açúcar e gordura; veja dicas para uma ceia saudável

                  Sempre prefira champanhe e vinho a bebidas destiladas, pois estas últimas são mais calóricas

  • Sempre prefira champanhe e vinho a bebidas destiladas, pois estas últimas são mais calóricas
Você sabia que é possível engordar até dois quilos em um único dia de comilança nas festas de fim de ano? E, além de comprometer as formas, há o risco de a pessoa ainda passar mal, com sensação de barriga cheia, estufamento e outros desconfortos como má digestão e azia.

A razão para toda essa problemática é simples: nesta época do ano, ingerimos alimentos que não estamos acostumados a comer e que, não raro, são pesados. Afinal, o cardápio das ceias é baseado em hábitos da Europa, continente muito frio em dezembro, o que leva à inclusão de itens calóricos.


Como as preparações são sazonais, as pessoas exageram com a desculpa de que só comem tais delícias uma vez por ano. O problema é que as iguarias – rabanada, tender, pernil, chester, panetone – não são nada leves, aumentando o consumo de gordura saturada, trans e colesterol.


"É um prato cheio, literalmente falando, para o surgimento de doenças cardiovasculares, pois são gorduras que se acoplam facilmente em nossas veias e artérias", salienta Andréa Santa Rosa Garcia, nutricionista pela Universidade Santa Úrsula (RJ) e membro do Institute for Functional Medicine (EUA).


Perigo


A situação fica ainda mais delicada se a pessoa se alimenta mal durante o ano e, para completar, acaba extrapolando nessa época, conforme analisa Paula Castilho, especializada em nutrição clínica e diretora da Sabor Integral Consultoria de Nutrição, de São Paulo. "Se a dieta já está errada, só tende a piorar nas festas, o que traz riscos não só para as formas como também para a saúde."


Caso haja determinação e força de vontade, todas as tentações gastronômicas não impedirão você de organizar um Natal e um Réveillon sofisticados, porém, saudáveis e, na medida do possível, mais "enxutos". Segundo Paula Castilho, há itens benéficos para o organismo, como as nozes e as frutas – cereja, uva, ameixa, abacaxi. "Os doces com açúcar refinado, por outro lado, podem ficar fora do menu, pois não só engordam como alavancam a produção de radicais livres, que levam ao envelhecimento precoce".

Veja dicas de como montar uma ceia mais saudável 

 

                           
 - APERITIVO: você pode comer sementes e oleaginosas como nozes, castanhas e amêndoas, mas sempre de forma moderada porque são itens calóricos. As nozes (34 calorias por unidade) são fonte de vitamina B6 e arginina, aminoácido que estimula a circulação sanguínea, ajudando a reduzir o colesterol. A castanha-de-caju (14 calorias em duas unidades) também contém arginina, e fitoquímicos com ação anticâncer. A castanha-do-pará, por sua vez (27 calorias por unidade), oferece selênio (duas castanhas atingem as recomendações diárias), importante para a ação de uma enzima antioxidante chamada glutationa peroxidase, que atua na inibição dos radicais livres. Já as amêndoas (7 calorias por unidade) são ricas em vitamina E, também antioxidante, e capaz de combater inflamações, doenças cardiovasculares e mal de Alzheimer Flávio Florido/Folhapress
                         
 - APERITIVO: outra opção viável são as frutas secas como figo, tâmara, ameixa e damasco. O figo (60 calorias a unidade) apresenta pectina, fibra solúvel redutora de colesterol. A tâmara (25 calorias) é fonte de vitamina B5, que ajuda a controlar o estresse, além de triptofano, aminoácido ativador da sensação de bem-estar. A ameixa (13 calorias a vermelha fresca e 20 calorias a seca) contém fenóis, de ação antioxidante, e vitaminas A, B2, C, potássio e fibras, de alto poder laxativo (e, portanto, recomendadas para prisão de ventre). O damasco (9 calorias), por sua vez, guarda boas doses de vitamina A, atuante sobre o sistema imunológico e na manutenção da boa visão Marcelo Justo/Folhapress
                       
 - ENTRADA: invista em uma boa salada como prato inicial, incrementada com sementes de abóbora, girassol e linhaça. Além de favorecer a saúde, você evita começar a refeição de estômago vazio, com muita fome. "Ou, então, ingira um pires de sopa antes de sair de casa", sugere Paula Castilho, especialista em nutrição clínica Leonardo Wen/Folha Imagem
                         
 - PRINCIPAL: agora, o mais difícil - qual escolher entre peru, chester, tender e pernil? Se for se guiar pela quantidade de calorias, a ordem é exatamente esta: o peru é o mais magrinho, seguido pelos outros. "Todos constituem proteínas de alto valor biológico, com nutrientes valiosos como ferro, biotina e vitaminas do complexo B", diz a nutricionista Andréa Santa Rosa Garcia. Ela sugere retirar a pele das aves antes do cozimento, medida que ajudará a reduzir o teor de colesterol do prato. Outras dicas: consuma tais alimentos sempre assados e, durante o preparo, evite o uso de manteiga ou azeite, preferindo óleo de canola ou girassol (use o azeite apenas na finalização); e acrescente frutas ao prato, como o abacaxi, que ainda dá uma força na digestão Maria do Carmo/Folhapress
                            
 - GUARNIÇÃO: na hora de compor o prato, selecione uma porção apenas de carboidrato. Quer dizer, vá de arroz ou farofa. E, ao preparar esta última, misture com legumes ralados (cenoura, abobrinha) e farelos. "Além de diminuir o índice glicêmico (nível de açúcar no sangue), você reduz as calorias", atesta a nutricionista Andréa Santa Rosa Garcia. O arroz pode ganhar um punhado de castanhas moídas, que o deixarão mais colorido e saboroso Antonio Gaudério/Folha Imagem
                            
- GUARNIÇÃO: incluir a lentilha na refeição é decisão inteligente. Ela é rica em triptofano, aminoácido que se converte em serotonina, neurotransmissor responsável pelo bem-estar e pelo humor. E ainda tem ferro, magnésio, fósforo, potássio e vitaminas do complexo B. Em uma colher de sopa, são cerca de 60 calorias. "Ao misturar com arroz, fica uma delícia", diz a nutricionista Andréa Garcia Thinkstock

                            
 - BEBIDA: beba drinques sem álcool. Exemplos: coquetel de frutas, sucos incrementados, batidas com limão, maracujá ou abacaxi. Há várias receitas fáceis de fazer, como a de uma bebida refrescante de laranja. Anote aí: 1 laranja pêra, 1 lima da pérsia, 200 ml de água e raspas de gelo. Bata no liquidificador e sirva com raspas de laranja Rafael Hupsel/Folhapress

                            
 - BEBIDA: caso resolva beber álcool, troque os destilados (vodca, rum, uísque, cachaça, licor, gim, tequila) pelo vinho (107 calorias na taça do tinto). Além do teor alcoólico menor, é mais leve. "E acostume-se a intercalar um copo de bebida com um de água", aconselha a nutricionista Paula Castilho. Outra troca que ela defende é uma taça de champanhe (80 calorias) em vez de um copo de caipirinha com vodca (310 calorias), por exemplo Divulgação

                            
 - SOBREMESA: que tal rabanada cozida ou no forno, em vez de frita? "Não faça frituras para as festas. Esta técnica praticamente dobra o número de calorias de um prato. Só para ter ideia, uma colher de sopa de óleo acrescenta cerca de 100 calorias", adverte a nutricionista Andréa Santa Rosa Garcia Rogério Canella/Folhapress

                              
 - SOBREMESA: opte pelas frutas típicas da época como cereja, pêssego, abacaxi, uva e ameixa. "Elas oferecem um aporte de antioxidantes, que combatem o envelhecimento das células, e de minerais como selênio, zinco e manganês, capazes de, inclusive, ajudar o organismo a processar outros alimentos", diz a nutricionista Andréa Garcia. A cereja é fonte de melatonina, conferindo sensação de bem-estar e melhorando o sono; a uva é rica em antocianinas e flavonoides, substâncias antioxidantes e antiinflamatórias; o pêssego tem betacaroteno, que dá uma força para manter a pele dourada; e o abacaxi é diurético, auxiliando na limpeza do organismo. "A uva, por causa dos flavonoides, ainda acentua o rejuvenescimento da pele", sustenta a especialista em nutrição Paula Castilho Thinkstock

                           
 - SOBREMESA: está com vontade de algo "mais doce"? Em vez do pêssego em calda, vá de uma fatia de abacaxi regada com canela (cerca de 40 calorias). "Você ainda pode moer avelãs e jogar por cima", sugere Paula Castilho Thinkstock

                            
- SOBREMESA: outras trocas sugeridas pela nutricionista Paula Castilho são uma fatia de bolo de chocolate diet (140 calorias), em vez de atacar o panetone (280 calorias a fatia de 80 g); 4 colheres (sopa) de banana congelada batida com cacau em pó (80 calorias) no lugar do sorvete (no sabor chocolate, 120 calorias a bola pequena de 60 g); e 5 unidades de cereja natural (40 calorias), em vez de cereja em calda (51 calorias em 1 colher de sopa). "Neste último caso, você pode consumir com gelatina diet, se quiser. E lembre-se de que a fruta oferece flavonoides, desintoxicantes do organismo" Maria do Carmo/Folha Imagem

                          
- DETOX: a festa acabou? Ótimo, aproveite o dia seguinte para aderir a um programa de desintoxicação. Faça refeições leves, com verduras, legumes e frutas. "E beba bastante chá, que tem efeito diurético", indica Paula Castilho, complementando com sua última dica: praticar pelo menos 30 minutos de atividade física ou esporte, mesmo que seja uma simples caminhada Thinkstcok

No calor, alimentos pesados causam de mal-estar a indigestão; saiba como substituí-los

             O consumo de comidas pesadas aumenta a temperatura corporal, exigindo muito do organismo

  • O consumo de comidas pesadas aumenta a temperatura corporal, exigindo muito do organismo
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Já imaginou encarar uma feijoada, às 14 horas, sob o sol abrasador e com o termômetro marcando mais de 35ºC? Com certeza, as consequências não seriam muito boas. Nos dias mais quentes, parece que o corpo pede refeições leves, frescas, que amenizem o desconforto.

"O calor faz com que a temperatura corporal também suba. O organismo produz água – suor – para resfriar o corpo e ajudar a baixar este índice, que deve ficar estável entre 36ºC e 37ºC. Com a transpiração, perdemos água e sais minerais", explica André Veinert, nutrólogo da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE).


O consumo de comidas pesadas aumenta a temperatura corporal, exigindo muito do organismo, o que pode causar mal-estar, indigestão, azia e estufamento. Daí a necessidade de ingerirmos itens de fácil digestão, ricos em água, vitaminas e sais minerais, perfeitos para repor o que foi eliminado.


As melhores opções são as frutas, as verduras, os legumes, os cereais e os peixes. A lista do que deve ser evitado inclui pratos ricos em gordura, como a já mencionada feijoada e frituras, carnes gordas, molhos feitos com queijo e massas como lasanha.


Não aos alimentos gordurosos
 
"A gordura é a principal responsável pela diminuição da velocidade da digestão. O componente reduz a atividade do estômago, dificultando seu esvaziamento", salienta Anna Carolina Bordini, médica com prática ortomolecular da Clínica Bertolini, em São Paulo.


Em outras palavras, itens gordurosos demoram para serem processados, ficando mais tempo no estômago e causando aquelas sensações já descritas: empachamento, mal-estar, queimação e/ou azia.


E tem mais: além do menu levinho, é importante beber água. "Se a pessoa não ingerir líquidos da forma adequada, há o risco da desidratação. Esta condição prejudica várias funções do organismo, como digestão, absorção e transporte de nutrientes e excreção", destaca Anna Bordini. Acompanhe, agora, as dicas dos dois profissionais para um cardápio nota dez durante o verão:  



 - CAFÉ DA MANHÃ: smoothie de frutas vermelhas: 1 copo de leite desnatado + 1 xícara (chá) de frutas vermelhas congeladas + 1 colher (sopa) de quinoa + meio copo de água de coco Thinkstock

 - CAFÉ DA MANHÃ: 1 copo de iogurte desnatado + 1 colher (sobremesa) de mel + meia xícara (chá) de granola light + 1 copo de suco de frutas Thinkstock

- CAFÉ DA MANHÃ: 2 fatias de pão de forma integral + 2 fatias finas de queijo branco + 1 fatia de peito de peru + 1 copo de água de coco + 5 morangos Thinkstock

 - CAFÉ DA MANHÃ: meio mamão papaya + 1 copo de suco de laranja + 1 ovo cozido Reuters/Paulo Whitaker - 06.06.2000

 - LANCHE (MANHÃ OU TARDE): Mix de frutas secas: uma porção média (1 colher sopa) de castanha-do-pará, amêndoas, uva passa e nozes Marcelo Justo/Folhapress

 - LANCHE (MANHÃ OU TARDE): 1 iogurte desnatado batido com 1 pêssego ou 1 figo Thinkstock

 - LANCHE (MANHÃ OU TARDE): 1 copo de água de coco + 3 cookies Maria do Carmo/Folha Imagem

 - LANCHE (MANHÃ OU TARDE): 1 copo de suco de frutas + 1 barrinha de cereais Bruno Fernandes/Folhapress

 - LANCHE (MANHÃ OU TARDE): 1 fatia de melão ou melancia Reprodução/TV UOL

- LANCHE (MANHÃ OU TARDE): 1 iogurte desnatado com granola Getty Images

 - ALMOÇO: mix de folhas (acelga, alface, almeirão) + meia cenoura ralada + 3 colheres (sopa) de milho + 1 peito de frango médio + 2 colheres (sopa) de arroz integral + 1 pote de gelatina light Reprodução

- ALMOÇO: 1 porção de legumes ou vegetais (beterraba, escarola, espinafre) + 1 concha de feijão branco + 3 colheres (sopa) de atum light + 2 colheres (sopa) de arroz integral + 1 pote de pudim light Thinkstock

 - ALMOÇO: 1/2 pires de couve-flor + meio prato de agrião + 1 tomate + 1 bife magro + 1 concha de feijão fradinho + 3 colheres (sopa) de arroz integral + 1 goiaba vermelha Thinkstock

- ALMOÇO: 5 colheres (sopa) de carne moída + 2 colheres (sopa) de mandioquinha + meio pepino + 3 unidades de rabanete + 1 prato (sobremesa) de almeirão + 1 picolé de frutas Getty Images

- ALMOÇO: salada de folhas à vontade + 2 colheres (sopa) de berinjela refogada + 2 colheres (sopa) de arroz integral + 1 colher (sopa) de feijão ou lentilha ou grão de bico + 1 filé de peito de frango grelhado + 1 pote de gelatina diet Eduardo Knapp/Folhapress

 - JANTAR: 1 porção média de macarrão integral com legumes: cenoura, vagem, cebola e abobrinha Divulgação

 - JANTAR: 1 posta de salmão com alcaparras + 3 colheres (sopa) de arroz integral + 1 fatia de abacaxi Divulgação

- JANTAR: 1 Salada verde com tomate cereja, 2 colheres (sopa) de quinoa e 2 fatias de queijo branco + 1 copo de suco de melão Eduardo Knapp/Folha Imagem

- JANTAR: 1 prato de sopa feita com salsão, alho poro, berinjela, cebola e frango desfiado + 1 copo de suco de laranja Niels Andreas/Folhapress

- JANTAR: salada de folhas com vegetais crus + 1 abobrinha recheada com peito de peru e queijo branco + 1 colher (sopa) de arroz integral + 1 copo de suco de frutas mistas ou chá gelado com adoçante Divulgação/Elvis Fernandes

segunda-feira, dezembro 10, 2012

Pasta de dente e sol secam as espinhas? Veja mitos e verdades sobre o assunto

A acne, na maioria dos casos, desaparece espontaneamente por volta dos 30 anos; mas isso não é regra

  • A acne, na maioria dos casos, desaparece espontaneamente por volta dos 30 anos; mas isso não é regra
 
Cravos e espinhas. Está aí um problema que incomoda, e muito. Principalmente na adolescência: só para se ter ideia, afeta nada menos que 80% dos jovens entre 12 e 18 anos, segundo o estudo Acne: evolução da prática clínica e abordagem terapêutica, realizado entre 1996 e 2000 pelo Nantes University Hospital Center, na França.

Porém, o problema também pode aparecer na fase adulta, em pessoas que apresentam pele com tendência à oleosidade.

“A acne é uma doença crônica, inflamatória, que atinge grande parcela da população. Na maioria dos casos, desaparece espontaneamente por volta dos 30 anos, mas isso não é regra geral”, salienta o dermatologista Adilson Costa, chefe do serviço de dermatologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas.


Conheça alguns mitos e verdades sobre a acne

 

 Se a pessoa só apresenta cravos, sem espinhas, não tem acne. MITO: o cravo, cujo nome científico é comedão, é um tipo de acne, só que não inflamatória. "Neste caso, trata-se da acne comedogênica, ou seja, sem a inflamação que provoca o aspecto amarelado da secreção purulenta", salienta o dermatologista Anderson Bertolini Thinkstock

 - O problema só aparece na adolescência. MITO: pode ocorrer também na fase adulta, quando o excesso de oleosidade persiste e as lesões continuam se formando, independentemente da idade. "Isso pode acontecer tanto nos homens quanto nas mulheres", diz o dermatologista Anderson Bertolini. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, atinge 1% dos homens e até 5% das mulheres: o número de casos na população feminina é maior por causa das constantes alterações hormonais. O dermatologista Adilson Costa completa listando outras causas da acne: medicamentos como antidepressivos, corticoides e quimioterápicos e algumas doenças, principalmente as endócrinas, como cistos ovarianos, distúrbios na tireoide ou suprarrenais Thinkstock

 - A acne é contagiosa. MITO: apesar de ser causada por uma bactéria, não é contagiosa. Sua origem é genética e hormonal e não há um agente que possa ser passado de um indivíduo para outro. "A bactéria que infecta as lesões da acne, "Staphylococcus aureus", está presente em todas as pessoas, e seu universo aumenta quando há acne", explica o dermatologista Anderson Bertolini Thinkstock

 O adolescente ganha marcas na pele se espremer as espinhas. VERDADE: embora a influência genética seja o que mais determina o surgimento de marcas, as cicatrizes também são consequência da manipulação de cravos e espinhas, conforme esclarece o dermatologista Adilson Costa. Já Anderson Bertolini aconselha o máximo cuidado ao mexer na acne. "O ato de espremer promove um aumento da inflamação, não só pela agressão, mas também porque as mãos carregam uma infinidade de bactérias". Então, já sabe: jamais esprema a acne inflamatória, aquela em que há pontos vermelhos e amarelos, pois você pode adquirir uma cicatriz permanente Thinkstock

- Uma maneira caseira, e eficiente, de secar a espinha é passar creme dental sobre ela. MITO: "Este tipo de produto não foi desenvolvido para tal finalidade, sendo incompatível com a pele", adverte o dermatologista Adilson Costa. Quer dizer, não só pode irritá-la como piorar o quadro, contaminando o local e dificultando a eliminação da secreção sebácea. "Há a falsa impressão de que, ressecando a cútis, a acne melhorará. Isso não é verdade, pois a pele entenderá que está sendo agredida e aumentará ainda mais a produção de oleosidade", diz o também dermatologista Anderson Bertolini Rafael Hupsel/Folhapress

                           
- Comer muito chocolate ou amendoim provoca acne. INCONCLUSIVO: "Os trabalhos ainda não são conclusivos na relação da acne com a alimentação. Acredita-se, porém, que itens ricos em carboidratos, principalmente os refinados (arroz, massa e pão brancos, bolos, doces, sorvetes, tortas, pizzas), e o leite, especialmente o desnatado, podem piorar o problema", considera o dermatologista Adilson Costa. Seu colega, Anderson Bertolini ainda observa que muitas pessoas são sensíveis a alguns alimentos e, por isso, o ideal é analisar se aparecem espinhas e cravos após a ingestão:"Nestes casos, não custa evitar" Thinkstock

 - Masturbação causa espinhas.MITO: como o surgimento das espinhas acontece na mesma época em que os jovens descobrem a sexualidade e a masturbação, nasceu a crença. "Nessa fase da vida, há um estímulo hormonal de todas as glândulas: tanto as da pele, que elevarão a produção de oleosidade, quanto as sexuais, responsáveis por transformar o corpo da menina e do menino. A maior percepção do corpo e o aumento da libido levam à masturbação, que não causa espinhas", assegura o dermatologista Anderson Bertolini Thinkstock

 A limpeza de pele ajuda a controlar a acne: VERDADE: é um recurso simples, que pode ser usado se os cravos persistirem apesar da higienização normal do dia a dia. Mas, atenção: ela deve ser realizada por profissional competente, que estabelecerá a frequência ideal (uma vez a cada um, dois ou três meses, por exemplo) e saberá que a extração será apenas de cravinhos, e jamais de espinhas inflamadas. "O ideal é o dermatologista, antes da assepsia, tratar com antibiótico. E, durante a sessão, utilizar material esterilizado e descartável", aconselha o dermatologista Anderson Bertolini Thinkstock

 Se lavar o rosto várias vezes por dia, não terei acne. MITO: higienizar o rosto em excesso, inclusive, pode desencadear o efeito rebote: a pele reage à tentativa de ressecá-la e produz mais sebo ainda. "O exagero em lavar altera o equilíbrio hídrico", diz o dermatologista Adilson Costa, que enumera os cuidados básicos: limpar com produtos específicos para pele com acne, evitar exposição prolongada ao sol e passar sempre filtro solar adequado Thinkstock

- Usar maquiagem provoca o surgimento de mais cravos e espinhas. PARCIALMENTE VERDADE: "Se a pele for muito gordurosa e a mulher usar produtos pesados, como pancake, e não específicos para seu tipo (acneica e oleosa), isso pode acontecer, sim", diz o dermatologista Adilson Costa. O colega Anderson Bertolini pondera que, hoje, existem muitos itens de make com substâncias oil free (livres de óleo) e não comedogênicas (não obstruem os poros) Aline Arruda/UOL

 - Cosméticos em excesso prejudicam a pele e causam espinhas. VERDADE: se uma pessoa de pele oleosa lança mão de cremes inadequados ou com efeito excessivamente hidratante, é provável que ganhe cravos e espinhas. Por isso, é muito importante, sempre, usar itens formulados especificamente para o seu tipo Thinkstock

 - Um dos fatores que agrava o problema é o estresse. VERDADE: "O estresse e a ansiedade não provocam, mas podem piorar o quadro", diz o dermatologista Adilson Costa, acrescentando que, nessas situações, o organismo libera radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento precoce, e substâncias pró-inflamatórios, capazes de intensificar a acne. "Além disso, cai a imunidade da pele". Anderson Bertolini lembra que ambos os estados psíquicos alteram a produção hormonal, causando um subsequente aumento da produção de oleosidade, e agravamento das lesões Thinkstock

 - Na época da menstruação, é comum aparecerem mais cravos e espinhas. VERDADE: isso ocorre por causa da produção de alguns hormônios que estimulam as glândulas sebáceas a produzir mais sebo. "A queda do estrógeno e o aumento da progesterona resultam no incremento da oleosidade e na maior tendência ao desenvolvimento da acne em pessoas predispostas", diz o dermatologista Anderson Bertolini Thinkstock

 - Não dá para eliminar as cicatrizes que a acne deixa na pele. MITO: "Se elas forem superficiais e/ou recentes, há procedimentos dermatológicos, realizados em consultório, que não só atenuam o problema como fazem desaparecer algumas lesões", diz o dermatologista Adilson Costa. Alguns exemplos: peelings químicos, com substâncias capazes de remover as primeiras camadas da pele; dermoabrasão, que consiste no lixamento da superfície; ressurfacing com laser, semelhante ao anterior mas com a remoção do tecido realizada por laser; e preenchimento cutâneo, em que são injetados elementos debaixo das cicatrizes deprimidas, inchando e elevando o local Renato Stockler/Folha Imagem

- Pessoas com intestino preso têm mais tendência à acne. MITO: a função intestinal irregular não apresenta relação com o problema. "Embora a constipação aumente a quantidade de toxinas no organismo, não há trabalhos científicos comprovando ligação entre ela e a maior incidência de cravos e espinhas", garante o dermatologista Anderson Bertolini Leonardo de Souza/UOL

- No verão, a acne piora. VERDADE: isso acontece pelo aumento da oleosidade, causada pelo calor e excesso de transpiração, e pelo emprego de cosméticos inadequados ao tipo de pele. "As pessoas usam mais filtro solar e, muitas vezes, não se preocupam se é ou não gorduroso", observa o dermatologista Anderson Bertolini. Boas opções são os bloqueadores em formato de gel e com fórmula oil free Getty Images

 - Existem diferentes graus de acne. VERDADE: em geral, os médicos a classificam em quatro graus: 1, em que predominam cravos, tanto brancos quanto pretos (o pontinho escurece depois que sofre oxidação); 2, caracterizada pelo aparecimento de pápulas (bolinhas vermelhas) e pústulas (bolinhas amarelas de pus); 3, com a presença de cravos, espinhas pequenas e lesões maiores, profundas, dolorosas, avermelhadas e bem inflamadas (cistos); 4, em que há formação de cistos que se comunicam (acne conglobata) e agravam o quadro, gerando muita inflamação e aspecto desfigurante Thinkstock

- Tomar sol ajuda a minimizar a disfunção. MITO: logo nos primeiros dias, pode ocorrer uma melhora nas lesões inflamatórias devido ao bronzeamento e ressecamento da superfície. "Mas, depois, a exposição ao sol estimula a produção de sebo e aumenta a espessura da epiderme, obstruindo os poros", diz o dermatologista Adilson Costa. Isso sem falar que os raios solares ocasionam o envelhecimento precoce, trazendo rugas, manchas, flacidez e até problemas mais graves, como o câncer de pele Thinkstock

 - No caso de homens com tendência à acne, é recomendável evitar fazer a barba com lâmina. VERDADE: os aparelhos elétricos removem a barba de forma mais branda que as lâminas. Quem optar por estas últimas pode, no entanto, passar água e sabão no local e, depois, um creme para barbear, fazendo com que o deslizar da lâmina seja suave, evitando ferimentos sobre as espinhas. "É preciso muito cuidado para não aumentar as escoriações infectadas, ampliando a inflamação e dando origem a sequelas, como as cicatrizes", adverte o dermatologista Anderson Bertolini Divulgação

- Se espremer a espinha e a mesma inflamar, a pessoa pode desenvolver um câncer de pele. MITO: espinhas não devem ser espremidas, mas, se alguém o fizer, isto não originará um câncer no local Thinkstock

 - É comum o aparecimento de acne em mulheres com ovários policísticos. VERDADE: os cistos ovarianos são estruturas produtoras de hormônio, muitos deles com caráter androgênico (ou seja, agem como hormônios masculinos), que ativam as glândulas sebáceas. Além disso, esses hormônios podem levar à produção de um fator estimulante da glândula sebácea, o IGF-1 (fator de crescimento insulina-símile tipo 1), que também estimula a glândula Thinkstock

- Praticar exercícios auxilia no combate ao problema. MITO: apesar de o hábito fazer muito bem à saúde de uma maneira geral, incrementando a circulação sanguínea e oxigenando melhor todos os órgãos do corpo, inclusive a pele, não há relação entre a prática de ginástica e esportes e a diminuição da acne. "Os conselhos para debelar a acne são os de sempre: manter a pele limpa, utilizar protetor solar e cosméticos adequados, não tomar remédios por conta própria, não manipular a acne e fazer consultas periódicas ao dermatologista", finaliza o dermatologista Anderson Bertolini Fernando Donasci/UOL