quinta-feira, setembro 27, 2012

Adolescente obesa abandona escola por vergonha em Uberlândia (MG)


A estudante A., 17, tem dificuldades para falar, caminhar e se levantar. Para ir até a porta de casa- uma distância de aproximadamente cinco metros-  ela precisa da ajuda da mãe. Ela sofre de obesidade mórbida e hoje pesa 190 quilos, mas já chegou aos 205 kg.  Por causa do excesso de peso, A. abandonou a escola há três anos e não consegue fazer exercícios físicos (os nomes nesta reportagem são descritos somente com iniciais para preservar a identidade da adolescente).

Aos 15 anos, A. começou o 1° ano do Ensino Médio em uma escola estadual de Uberlândia, 536 quilômetros de Belo Horizonte, mas não passou do primeiro mês. “As pessoas sempre falavam de mim, quando eu chegava perto, todos se afastavam. Não quis ir mais à aula. Era difícil para mim”, disse.

A mãe dela, E.M.S, 55, conta que a filha precisava ir com a mesma roupa todos os dias porque não havia tamanho especial para o uniforme. “Tudo dela eu preciso mandar fazer, até a roupa íntima. Os colegas diziam que a roupa sairia andando sozinha e que ela estava ‘fedendo’. Foi muito dolorido para mim e também não aceitei (ela) não ir mais a escola. Cheguei a forçar, mas acabei respeitando a vontade dela”, disse.

A., segundo a mãe, começou a engordar acima do normal quando tinha nove meses de idade.  “Cada mês ela subia muito de peso. Nós a levamos em todos os médicos públicos da cidade, mas sempre tivemos dificuldades financeiras e ela acabava abandonando o tratamento”, contou.  “Ela só conseguiu equilibrar o peso quando tinha 6 anos”, concluiu.

A mãe é catadora de produtos recicláveis e diz receber menos de um salário mínimo por mês e viver de doações. Segundo ela, a última médica endocrinologista passou uma dieta com produtos naturais e integrais, mas por ter pouco recurso, não teve condições de comprar tudo. “O pouco que ganho é para pagar as contas de água, luz e comprar comida”, disse.

A assistente social Cláudia Lima de Oliveira tem acompanhado o caso da família e disse que buscou ajuda médica para que ela faça a cirurgia bariátrica, mas como ela é menor de idade não foi possível. “Os médicos disseram que tem que ter no mínimo 18 anos. Agora a nossa preocupação é com a reeducação alimentar e a preparação psicológica. Estamos buscando apoio junto aos médicos para que eles possam vir até a casa dela, porque é difícil para ela se locomover”, informou.


Médico diz que obesidade de adolescente é severa


O médico especialista em cirurgia bariátrica Luiz Augusto Mattar, explica que a paciente apresenta um índice de massa corpóreo IMC altíssimo de 65kg/m2 o que caracteriza obesidade severa. Segundo ele, o caso dela deve ser investigado por um endocrinologista para identificar se não há doença glandular ou genética que leve ao excesso de peso.

“Caso ela não apresente qualquer dessas doenças, seria  imprescindível iniciar com acompanhamento multiprofissional, endócrino, psicóloga, nutricionista, educador físico, associado ao balão intra-gástrico para que ela perdesse pelo menos 20% de seu peso. Assim que ela perdesse esse peso, estivesse preparada e ela em conjunto com a família concordassem com a cirurgia bariátrica, essa poderia ser realizada”, disse.


Hospital público não recebeu pedido de cirurgia


O Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia informou que a garota era monitorada por médicos do Hospital desde 2003, quando ainda era atendida por pediatras. Em 2011, ela foi encaminhada para uma endocrinologista e não mais retornou à unidade hospitalar. O HC/UFU também informou que não houve solicitação de cirurgia bariátrica para a paciente.

A mãe de A. disse que a filha tem dificuldades de caminhar e muitas vezes não consegue ir ao médico. "Ela quis desistir. Já tentei levá-la de volta, mas ela tem muita dificuldade", disse.

Seis Estados zeram fila de espera para transplante da córnea

O ator José de Abreu é garoto-propaganda da nova campanha de doação de órgãos

  • O ator José de Abreu é garoto-propaganda da nova campanha de doação de órgãos
 
Seis Estados brasileiros aproveitaram o aumento no número de doadores e de transplantes feitos no primeiro semestre de 2012 no país e entraram para uma lista privilegiada: a de não ter mais pacientes esperando por uma córnea.

Até julho deste ano, Acre, Distrito Federal, Espirito Santo, Paraná, Rio Grande do Norte e São Paulo eliminaram a lista de espera no transplante de córneas, segundo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (27), Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos. No ano passado, só São Paulo e Rio Grande do Norte conseguiram zerar essa fila.

De acordo com dados do Sistema Nacional de Transplantes do ministério, a cirurgia de córnea atingiu 7.777 cirurgias nesses primeiros seis meses, contra 6.891 no mesmo período de 2011, que representa um aumento de 13%. Em São Paulo, o Estado que mais fez cirurgias nesse ano, a maior parte dos 4.754 transplantes realizados foi de córnea, com quase 3.000 casos.

A córnea está entre os cinco tipos de transplantes que mais cresceram em 2012, em porcentagem. O órgão fica atrás do aumento do pulmão, de 100%; do coração, de 29%; da medula óssea, com 17%; e do rim, com 14%.

Mas o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que o país ainda enfrenta gargalos. Até julho de 2012, cerca de 19 mil pessoas esperavam na fila para receber um rim novo. Segundo Padilha, isso se deve ao fato do número alto das doenças renais que há no país e, também, por o paciente conseguir ter uma sobrevida melhor durante a espera do que nas outras cirurgias. 

Cerca de 10% das mulheres precisam suspender a menstruação para acabar com a TPM, afirma ginecologista

Alimentação pode aliviar sintomas dos quatro tipos mais comuns da TPM

  • Alimentação pode aliviar sintomas dos quatro tipos mais comuns da TPM
"Hoje só sofre de TPM (Tensão Pré-Menstrual) quem quer", afirmou o ginecologista do Hospital Albert Eistein, José Bento de Souza, durante o 16º Congresso Brasileiro de Nutrologia. Suspender a menstruação é a solução indicada pelo médico quando nenhum tratamento consegue melhorar a tensão.

"Se a pessoa mudou a alimentação, fez atividades físicas e ainda assim as modificações hormonais permaneceram é preciso suspender a menstruação com pílulas anticoncepcionais ou método hormonal intrauterino", explica o ginecologista que afirmou que cerca de 10% das mulheres precisam seguir esse método para não sofrer com as modificações hormonais.

Considerada uma doença, toda mulher experimentará durante a fase reprodutiva, ao menos uma vez, uma modificação hormonal. Nos casos mais brandos da TPM, alguns tratamentos são indicados. "Sempre no começo é recomendado uma mudança dos hábitos alimentares, depois é indicado começar a fazer atividade física que aumenta os níveis de serotonina", afirma Souza, que também cita outros métodos de tratamento como meditação e acupuntura.


Tipos de TPM


Souza apresentou os quatro tipos mais comuns da TPM, que é causada pelo desequilíbrio de hormônios que afetam o cérebro. “Mas isso não quer dizer que quem tem um tipo não terá o outro. Ela pode apresentar sintomas de todo os tipos ou variá-los a cada menstruação”, explica.

Os sintomas do primeiro tipo são: ansiedade, irritabilidade e oscilação de humor. Portanto, é necessário evitar alimentos como café, refrigerante à base de cola, gordura animal, álcool e chocolate. "Se a mulher consegue se controlar até pode comer um tablete pequeno já que o chocolate tem magnésio e ela precisa do mineral durante essa fase."

O médico afirma que alimentos como pães a base de farinha integral, grãos integrais e oleaginosas, como castanhas e nozes, também podem ajudar nesse estágio.

Outro tipo de TPM é marcado pela compulsão por doces. Nesses casos, os sintomas também variam entre fadiga e dor de cabeça. "Portanto é preciso evitar açúcar, refrigerantes e chocolate, pois essas comidas aumentam a vontade de comer alimentos mais doces", relata. 

O pão integral e a semente de linhaça são os mais indicados para consumir nessa fase. "Eles garantem uma sensação de saciedade por mais tempo. Desta maneira, a mulher demora a sentir fome. E a semente de linhaça também garante mais energia", afirma.
Outra etapa da tensão é marcada pela depressão, insônia e perda de memória. Souza indica evitar gordura animal e bebidas alcoólicas.

A fase de inchaço da TPM é marcada pela retenção de líquidos, mamas doloridas e ganho de peso. "Nesses casos é preciso evitar sal e embutidos que ajudam a reter ainda mais os líquidos. O ideal é optar por alimentos como melancia, melão, tangerina, agua de coco, chuchu, morango e agrião", explica.

Ferramenta online permite registrar crises de enxaqueca em tempo real

                        Diário de Cefaleia permite que o paciente registre crises e envie para o médico em tempo real

  • Diário de Cefaleia permite que o paciente registre crises e envie para o médico em tempo real
Um dos principais problemas de quem sofre de enxaqueca é relatar para o médico depois de dias ou meses como foram as crises. Quantas horas durou? Qual parte mais doeu? Quais fatores podem ter desencadeado a crise?

Para resolver este problema, uma nova ferramenta online permite que o paciente registre os sintomas no momento de crise e envie imediatamente, por e-mail, para o médico.

Com esse nível de detalhamento das informações, o diagnóstico é mais precoce e, consequentemente, o tratamento começa mais cedo, fatores que elevam a qualidade de vida.

Para usar o aplicativo é preciso baixa-lo no site, para iPhone, iPad ou Windows. A seguir, faça um cadastro e comece a preencher os dados.

O Diário de Cefaleia permite que os pacientes registrem as ocorrências das suas dores de cabeça, que podem ser um indício de enxaqueca. O registro dos eventos deverá ser feito considerando os seguintes fatores: dia e horário da dor, intensidade, fator desencadeante e região da cabeça onde ela aparece.

As informações ficam armazenadas em um banco de dados online, sendo possível o acesso de qualquer lugar, sem a necessidade de impressão.

Para evitar a enxaqueca, fique atento ao que coloca no prato


Mal que acomete cerca de 15% da população brasileira, segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCe), a enxaqueca pode ser amenizada com algumas dicas simples, como comer de forma correta. "Evitar a hipoglicemia, que é a diminuição do açúcar no sangue, alimentando-se em intervalos regulares, ajuda a barrar as crises", explica Isolda Prado, nutróloga da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia). "Evitar os extremos, como comer demais ou de menos, também ajuda", frisa a médica.

A enxaqueca tem um componente hereditário e é mais comum em pacientes com parentes que sofrem do mesmo problema. Entretanto, para o desenvolvimento da crise, é necessário que exista um gatilho ou uma influência ambiental. Um desses gatilhos pode estar no seu prato.

Alguns alimentos contêm substâncias que, quando ingeridas, desencadeiam ou pioram a dor de cabeça. "Para as pessoas que sofrem de enxaqueca, pode existir a sensibilidade para um ou outro alimento. O paciente deve procurar identificar ou associar a ingestão com o surgimento da crise, evitando a utilização daquele item", explica Prado 

Dormir mal e viver sob estresse são outros fatores que pioram a enxaqueca. Por isso, não é surpresa que a população em idade produtiva (entre 25 e 45 anos) é uma das mais acometidas por esse mal, segundo estudo feito pela SBCe e o hospital Albert Einstein. É justamente nesta fase da vida, quando se trabalha com bastante intensidade, que o estresse e as poucas horas de repouso tendem a virar rotina. Nestes casos, lançar mão de técnicas de relaxamento e estabelecer padrões regulares de sono podem ser boas formas de evitar novas crises.

Também chamada de migrânea, a enxaqueca é apenas um entre os mais de 150 tipos de dor de cabeça reconhecidas pela Sociedade Internacional de Cefaleia, e está entre as mais comuns dores de cabeça primárias, ou seja, aquelas que surgem espontaneamente, sem uma causa aparente.

Além da dor, os pacientes costumam apresentar outros sintomas durante a crise de enxaqueca, como fotofobia (sensibilidade à luz), fonofobia (sensibilidade ao som) e intolerância a odores (osmofobia). Outros sintomas frequentes são náuseas e vômito.

Algumas pessoas apresentam na fase que precede a crise de dor fenômenos neurológicos transitórios chamados de "aura". As mais frequentes são a percepção de manchas no campo visual, como linhas brilhantes ou em ziguezague, e sensação de dormência de um membro, geralmente nas pontas dos dedos, na língua ou nos lábios. Formas menos comuns incluem incapacidade temporária para falar (afasia) ou fraqueza (paresia) de um ou mais membros de um lado do corpo.

A enxaqueca pode durar de quatro a até 72 horas, se não for tratada. Se passar desse período sem melhora, pode ser necessária até uma internação. Tem intensidade moderada a intensa e a dor é descrita como latejante e unilateral (em apenas um dos lados da cabeça). 

Nos casos mais graves e frequentes, o tratamento inclui medicamentos para serem usados durante a crise e para evitá-las. Estes remédios devem ser prescritos pelo neurologista, que avaliará com mais precisão cada caso, após consulta médica. "Uma repetição das crises indica a necessidade de um tratamento preventivo", diz o neurologista Mario Peres, do hospital Albert Einstein.

Vale lembrar que o abuso no uso de analgésicos, comumente usados por conta própria para aliviar dores de cabeça, pode vir a agravar a enxaqueca, tornando-a a mais resistente a longo prazo. "A tomada exagerada de analgésicos, diariamente, pode agravar a dor de cabeça. Atenção especial aos analgésicos que contém cafeína", pontua Peres. Isso porque essa substância é também é um fator precipitante da enxaqueca, se consumida em excesso. Em seu site, a SBCe frisa que "analgésicos não tratam a enxaqueca, só aliviam a intensidade e duração das crises, depois que ela já se instalou".


Conheça a relação entre o que você come e a enxaqueca

 

 
 - Cafeína: substância presente no chocolate, no café e em bebidas como chá preto e refrigerantes pode provocar enxaqueca se consumida em excesso. Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia, o ideal é ingerir até 200 mg de cafeína por dia, distribuídas entre todos estes alimentos. Parar repentinamente de consumi-los não é bom, pois ocorre a abstinência de cafeína, o que também pode causar enxaqueca Thinkstock

- Glutamato monossódico: tempero que realça o sabor, comum em produtos industrializados, como os salgadinhos de pacote, pode inibir a absorção de glicose por parte das células cerebrais, desencadeando a enxaqueca Thinksto

 - Nitritos e nitratos: usados para fixar a cor em carnes processadas, estão presentes em alimentos como salame, presunto, mortadela e salsicha. Por sua ação vasodilatadora, podem dar origem à enxaqueca Leonardo Wen/Folha Imagem - 02.10.2006 

 - Aminas: pessoas que sofrem de enxaqueca podem ter um metabolismo mais lento em relação a essas substâncias, o que desencadearia as crises. Elas estão presentes em bebidas alcoólicas, como cerveja e vinho (em especial o tinto), chocolate, queijos maturados, embutidos, molho de soja e carnes defumadas Shutterstock



 - Frutas cítricas: como limão, laranja e abacaxi aumentam a absorção de cobre, substância que pode ter um metabolismo anormal em quem sofre de enxaqueca Karime Xavier/Folhapress

 - Lactose: quem tem intolerância à essa substância, presente no leite e seus derivados, pode ter a enxaqueca agravada se consumi-la Shutterstock

- Lipídios e ácidos graxos: em níveis aumentados, essas substâncias, presentes em alimentos gordurosos e em oleaginosas, como nozes e amendoim, podem deflagrar crises de enxaqueca Shutterstock

 - Aspartame: presente em adoçantes e alimentos dietéticos, pode agravar a enxaqueca, segundo a Sociedade Brasileira de Cefalia. Neste caso, vale a regra de observar a reação consumo x nova crise Getty Images



        
- Ficar sem comer: o jejum é o aspecto alimentar mais importante para desencadear dores de cabeça, segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia, pois pode gerar gerar uma baixa no açúcar do sangue, com a produção de substâncias que causam dor. O ideal é alimentar-se em intervalos regulares, a cada 3 ou 4 horas Thinkstock

Bom funcionamento intestinal pode evitar o aparecimento de doenças no futuro



Ter um bom funcionamento intestinal é fundamental para garantir a saúde do organismo. Quem não vai no banheiro com a frequência ideal e não evacua em quantidade suficiente pode ter problemas no futuro. "O mau funcionamento a longo prazo pode acarretar o aparecimento de constipação de difícil controle, uso inadequado de laxantes, podendo causar colite (inflamação do cólon), aparecimento de distúrbios anatômicos pélvicos por excesso de força, como retocele (pressão do reto junto ao assoalho da vagina), deslocamento retal e doenças anais, como hemorroidas, fissuras e até fístulas", aponta Sidney Klajner, gastroenterologista do hospital Albert Einstein.
  • Thinkstock Nosso intestino tem um ritmo que avisa o momento da evacuação e, se este aviso não for seguido, talvez só volte a acontecer no dia seguinte
Em casos mais graves, a constipação pode contribuir para o aparecimento de diverticulite (inflamação nos apêndices do cólon) e até obstruir o intestino, necessitando de uma cirurgia de emergência para liberar a passagem.

Além dos problemas de saúde, a prisão de ventre pode causar outros males, como desconforto intestinal, gases em excesso e cólicas pelo acúmulo de fezes. "O bom funcionamento do intestino evita o maior contato de substâncias carcinogênicas, isto é, que induzem ao aparecimento de câncer, com a mucosa intestinal, para não sobrecarregarmos o aparelho evacuatório na pelve com força excessiva", explica o gastroenterologista. "Enfim, o mau funcionamento acaba interferindo no próprio humor das pessoas", completa ele.

Um intestino que funcione a contento não significa, no entanto, que você tenha de ir ao banheiro todos os dias. Nesse quesito, não existe regra para o hábito intestinal. "A frequência pode variar de três vezes ao dia a três vezes por semana, dependendo da pessoa. O importante é que se tenha uma sensação de evacuação completa", explica o gastroenterologista Sender Miszputen, membro da Federação Brasileira de Gastroenterologia.

A evacuação tem de ser precedida por vontade de evacuar, não deve exigir esforço (força) e deve apresentar consistência pastosa.  "O simples fato de haver fezes em 'bolinhas' endurecidas, pode significar presença de constipação", diz Klajner.

Hoje em dia, é fácil achar quem tenha problemas para evacuar ou sinta que não vai ao banheiro tantas vezes quanto deveria - ou gostaria. "A vida moderna tem sido uma grande vilã para a saúde intestinal.  Estamos trabalhando em horários cada vez mais alargados, sem fazer as refeições com regularidade e tempo ideais, o que faz com que não tenhamos tempo para evacuar", alerta o médico do Albert Einstein.

Segundo ele, nosso intestino tem um ritmo que avisa o momento da evacuação e, se este aviso não for seguido, talvez só volte a acontecer no dia seguinte. "Aí, nós perdemos aquele dia de evacuação. No seguinte, as fezes já estarão mais ressecadas e com dificuldade maior para a evacuação", afirma ele.


O consumo excessivo de comidas pobres em fibras, como as vendidas em fast-foods, e de produtos industrializados, aumenta ainda mais o problema. As fibras são essenciais para o bom funcionamento intestinal. De acordo com Carolina Daher Rolfo, nutricionista do hospital Albert Einstein, a American Dietetic Association (ADA), recomenda que um indivíduo sadio consuma de 20 a 35 gramas de fibra por dia (veja alimentos que ajudam o intestino no álbum abaixo).

A baixa ingestão de líquidos é outro fator que leva à prisão de ventre. Isso porque os líquidos ajudam a hidratar as fezes e melhorar sua consistência. "A ingestão de líquidos hidrata e amolece o bolo fecal, levando à redução do seu peso e facilitando o trânsito intestinal e a expulsão das fezes", diz Daher Rolfo. "Caso ocorra um baixo consumo hídrico, o indivíduo poderá apresentar efeitos adversos causados pelo consumo de fibras, entre estes, podemos observar desde a produção excessiva de flatulência e gases, até obstrução em qualquer parte do tubo digestivo", alerta a médica. O ideal é que se beba pelo menos dois litros de água por dia, sempre fora das refeições.

terça-feira, setembro 18, 2012

Estudo sugere que sensação de nojo está ligada à falta de excitação feminina

Pesquisadores holandeses colocam mulheres em diversas situações de nojo para entender a relação

  • Pesquisadores holandeses colocam mulheres em diversas situações de nojo para entender a relação

Uma pesquisa desenvolvida pela Universidade de Groningen, publicada em setembro de 2012, mostra que, em geral, substâncias envolvidas numa relação sexual --como saliva, suor, odores e sêmen--, descontextualizadas, causam nojo em mulheres. A repulsa, porém, é menos frequente quando a mulher está sexualmente excitada. Ainda de acordo com o estudo, a excitação diminuiria essa sensação ruim mesmo em situações que não estão associadas ao sexo.

Para provar  a ligação entre nojo e falta de excitação, o Departamento de Psicologia Clínica e Psicopatologia Experimental da universidade convidou 90 mulheres para o estudo. Elas foram divididas em três diferentes grupos: um que receberia estímulos sexuais através de filmes e vibradores, outro que seria exposto a estímulos positivos não ligados ao sexo e o último não receberia qualquer tipo de estímulo envolvendo sexo.
 
Em seguida, as participantes foram colocadas à prova em 16 diferentes tarefas comportamentais, algumas de conteúdo sexual (lubrificar um vibrador ou tocar em camisinhas lubrificadas, por exemplo) e outras de nenhum teor erótico (como beber um suco no qual há um inseto boiando ou colocar a mão em sopa de ervilhas fria). 

Observou-se que as mulheres que foram sexualmente estimuladas não tiveram problemas ao fazer as provas classificadas como nojentas. Assim, os pesquisadores chegaram à conclusão de que a alta excitação sexual ajuda a superar a sensação de nojo, mesmo em situações que não envolvem sexo.

Como prolongar as preliminares


Segundo os especialistas, cerca de 50% das mulheres não chegam ao orgasmo somente com a penetração. A estimulação no clitóris é fundamental. Assim como o pênis do homem, o clitóris tem um tecido muito excitável e também aumenta de tamanho.

Como em uma partida de futebol, eles querem chutar para o gol e elas preferem suar no campo para chegar até lá. Para aumentar o prazer, use a imaginação e aprimore as estratégias…


Clitóris na linha de frente


O excitamento pode ser manual, com a língua ou com algum brinquedo erótico, de acordo com o prazer de cada mulher. “Algumas gostam de maior pressão, outras que sejam toques delicados, por isso cada uma deve conhecer seu corpo para saber o que mais a excita”, ensina a médica Sylvia Faria Marzano.
 
Umas das posições mais favoráveis ao sexo feminino é por cima, já que assim é possível controlar os movimentos e ao mesmo tempo estimular o clitóris. Para chegar ao ápice, capriche nas preliminares e só passe para a penetração quando estiver superexcitada. Veja como conquistar alguns minutinhos a mais de prazer:


Foto: Thinkstock/Getty Images


Antes…


Criar um clima romântico pode prolongar as preliminares e proporcionar mais prazer ao casal, garante a sensual coach Fátima Moura. Siga as dicas:

1. Estimule os cinco sentidos e comece com um banho a dois. Coloque velas pelo banheiro, mas não exagere na quantidade.

Na borda da banheira, ponha uma cesta com morangos e duas taças com um bom vinho ou prosecco. Deixe a água em temperatura morna.

2. No quarto, espalhe pétalas de rosa no caminho até a cama e em cima dela. Use um perfume marcante para ele relembrar a noite.

Na roupa, valorize seu ponto forte. Se são os seios, capriche no decote. Não se esqueça da música, todos os movimentos serão direcionados pelo ritmo dela.

3. Na produção, lembre-se de que menos é mais. Seja o mais natural possível para não parecer um clima exageradamente artificial.

Basta dar um toque pessoal para criar um ambiente mais aconchegante. Ah, e não se esqueça de desligar ou baixar o volume do telefone.


Durante…


Mais do que beijos e abraços, existem dezenas de motivos para convencer seu parceiro a esperar um pouco mais. É prazer em dobro. Anote…

1. A dança é um ato supersensual, seu parceiro vai adorar vê-la em movimento. Se você tiver vergonha de uma performance solo, convide-o para uma dança de rostinho colado.

Aos poucos, escorregue a mão dele para sentir seu corpo, principalmente os seios e a parte interna das coxas. Sussurre no ouvido e faça-o tirar a sua roupa aos poucos.

2. Na cama, já sem roupa, invista em uma massagem. Não é para relaxar e, sim, esquentar. É a famosa tailandesa, que usa o próprio corpo ao invés das mãos. Com ele de bruços, lambuze-o com o óleo de sua preferência.

Ajoelhe-se em cima do seu parceiro e brinque com seus mamilos na nuca do felizardo. Escorregue delicadamente os seios e a barriga pelas costas até chegar ao bumbum. Sentada sobre as nádegas dele, excite-o com suas partes íntimas.

3. Se ainda tiverem folêgo para mais, experimente uma sessão de masturbação. Os homens costumam ficar excitadíssimos ao verem a mulher em ação.

Britânica é condenada a 8 anos por aborto com 9 meses de gestação

Uma mulher britânica foi condenada a oito anos de prisão por abortar um bebê na fase final de gestação. Sarah Louise Catt, 35, tomou uma droga abortiva quando estava com 39 semanas de gestação, em 2010, provocando um parto antecipado.
Ela alegou que o menino nasceu morto e que ela enterrou o corpo, mas nenhuma evidência da criança jamais foi encontrada.

Catt, que é casada e já tinha dois filhos com o marido, vinha mantendo um relacionamento com um colega de trabalho havia sete anos na época da gravidez.

Segundo os testemunhos no processo, a família não sabia da gravidez.

A mulher somente teria confirmado a gravidez após realizar um exame com 30 semanas de gestação, além do limite para o aborto legal na Grã-Bretanha, de 24 semanas.

Evidências no computador

 

Catt afirmou inicialmente à Justiça que teria feito um aborto legal em uma clínica de Manchester. Mas análises do seu computador revelaram que ela havia comprado pela internet uma droga para induzir o parto de uma companhia em Mumbai, na Índia.

As análises também indicaram que ela havia feito buscas na internet sobre locais para a realização de abortos ilegais ou "como induzir um aborto após 30 semanas".

Ela acabou confessando ter tomado a droga quando o marido estava ausente e teria dado à luz o bebê sozinha em casa.

Catt afirmou que a criança não estava respirando ou se movendo e que ela enterrou o corpo, mas não revelou o local.

A mulher já havia dado uma criança para adoção em 1999 e interrompido uma outra gestação com a concordância do marido.

O juiz que proferiu a sentença contra Catt afirmou que ela roubou a vida do bebê que estava prestes a nascer e disse que a seriedade do crime estava entre homicídio culposo e homicídio doloso.

Segundo ele, a mulher claramente pensou que o homem com quem estava tendo um caso era o pai da criança e não demonstrou remorsos pelos seus atos.

Abortos induzidos aumentam risco de partos prematuros em gestações seguintes, relata um novo estudo

 
Pesquisadores analisaram os registros de 300.858 mulheres que deram à luz pela primeira vez em uma gestação única (de um só bebê), de 1996 a 2008, e compararam os dados com o registro de abortos induzidos de 1983 a 2008. A análise foi publicada online na quarta-feira da semana passada, no periódico Human Reproduction.

Após levar em conta tabagismo, histórico de abortos, nível socioeconômico e outros fatores, os pesquisadores descobriram que o risco de partos extremamente prematuros, ocorridos antes da 29ª semana de gestação, aumentava com o total de abortos aos quais a gestante tinha se submetido antes da gestação: 19 por cento se 1 aborto, 69 por cento no caso de 2, e 278 por cento se fossem 3.

Eles também descobriram um aumento do risco de parto prematuro (ocorrido antes da 37ª semana de gestação) e de peso baixo ao nascer, mas apenas nas mulheres que haviam realizado três ou mais abortos.

Os autores avisam que variáveis desconhecidas podem ter influenciado as descobertas e que seu estudo observacional não estabelece uma relação de causa e efeito. Contudo, eles acreditam que a descoberta pode ser explicada por infecções que algumas vezes ocorrem antes e depois da cirurgia de aborto.

"O risco é baixo", afirmou a principal autora do estudo, Reija Klemetti, pesquisadora do Instituto Nacional de Saúde e Bem-Estar da Finlândia, "e o aborto é um procedimento cirúrgico seguro. Mas submeter-se a mais de dois abortos pode trazer sequelas e essa informação deve ser incluída nos programas de educação sexual".

Crianças americanas sob risco de hipertensão por comer sal em excesso


As crianças americanas consomem sal em excesso, o que aumenta o risco de sofrerem hipertensão arterial, especialmente no caso se terem excesso de peso, revelou um estudo publicado na edição da última segunda-feira (17) da revista Pediatrics.

Os 6.200 jovens de 8 e 18 anos acompanhados na pesquisa comeram, em média, 3.400 miligramas de sal diariamente, ou seja, 1.000 miligramas a mais (47%) do que o máximo recomendado (2.300 mg), afirmaram os autores.

O estudo, feito a partir de um questionário do organismo federal dos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC), revela que 15% sofriam de pressão alta.

Aqueles que ingeriram quantidades maiores de cloreto de sódio tinham duas vezes mais chances de desenvolver hipertensão em comparação com as crianças que comeram menos. O risco triplicou entre os jovens com excesso de peso ou obesos, acrescentaram os autores.

Um estudo feito com adultos mostrou resultados semelhantes.

"A hipertensão arterial, considerada até o momento relacionada sobretudo com os adultos, afeta agora os mais jovens devido a uma alimentação muito rica em sal e a uma obesidade crescente", lamentou Nancy Brown, presidente da Associação Americana do Coração (AHA), maior entidade privada na luta contra as doenças cardiovasculares.

"Enquanto as novas normas de nutrição nas escolas caminham na direção correta, os avanços feitos são lentos e este estudo aponta fortemente para a necessidade de irmos mais depressa, visto que nossos filhos vão sofrer em idade precoce crises cardíacas e ataques cerebrais", insistiu Brown em um comunicado.

"O sal que consumimos diariamente se torna um problema maior de saúde pública e as tentativas atuais de reduzir seu consumo nos Estados Unidos têm sido ineficazes", julgou.
Para ela, "a redução do sal na alimentação deveria ser uma prioridade nacional".

A AHA fez um apelo à agência americana que regula os alimentos e os medicamentos nos Estados Unidos (Food and Drug Administration, FDA) para limitar a quantidade de sal consumido a 1.500 mg por dia contra os atuais 2.300 mg.

Segundo a associação, mais de 75% do sal consumido pelos americanos provêm de alimentos industrializados e restaurantes.

Reposição hormonal vira arma para obesos


Homens com baixo nível de testosterona, o hormônio sexual masculino, e que não obtiveram sucesso para o tratamento convencional contra obesidade podem ser beneficiados com a reposição hormonal, apontam estudos recentes do endocrinologista alemão Farid Saad, da área científica do laboratório Bayer HealthCare Pharmaceuticals.

Um dos estudos, apresentado em encontro da Sociedade de Endocrinologia, em Houston, acompanhou 115 homens por cinco anos, com baixos índices de testosterona. Com a reposição hormonal - seguida de dieta e exercícios -, a perda média foi de 16 quilos e a circunferência abdominal baixou de 107 para 98 centímetros.

Em outro trabalho, que revisou estudos mundiais sobre o tema e foi publicado no periódico Current Diabetes Reviews, Saad conclui que a reposição “pode ser eficaz porque melhora o humor e reduz a fadiga, o que pode motivar o homem a aderir à dieta e aos exercícios para o combate à obesidade”
.
“A testosterona não é medicamento antiobesidade e a reposição só deve ser feita por quem tem baixa produção desse hormônio. O que a pesquisa mostra é que a reposição hormonal otimiza a melhora de peso se estiver aliada à dieta e à atividade física”, ressalta o endocrinologista João Eduardo Salles, professor da Faculdade de Medicina da Santa Casa de Misericórdia.


Redução


Os níveis de testosterona começam a cair naturalmente a partir dos 45 anos. A redução acentuada do hormônio é conhecida como andropausa e provoca perda da libido, de massa muscular, disfunção erétil, entre outros sintomas. “O que se sabe hoje é que a obesidade pode causar a redução de testosterona de forma mais rápida, principalmente a obesidade que tem como apresentação o acúmulo de gordura na circunferência abdominal”, explica Salles.

Esse acúmulo de gordura na cintura pode reduzir a ação da insulina: além de causar predisposição para diabetes e hipertensão, causa redução na produção de testosterona. “A diminuição de testosterona leva à piora da obesidade. E a obesidade também pode levar à diminuição da testosterona. Provoca um ciclo vicioso.”

O grave é que são poucos os homens que sabem sobre a andropausa e testaram os níveis de testosterona. Pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia, com apoio da Bayer, mostrou que 66% não sabem o que é andropausa e 64% nunca fizeram testes para medir o hormônio masculino. Foram ouvidos 5 mil homens, com mais de 40 anos.

“Chama a atenção o fato de grande parte dos homens não cuidar de nada: 59% não fazem dieta, 49% não fazem atividade física, 38% não vão ao médico com frequência. No entanto, 37% usam algum remédio para disfunção erétil. Eles não sabem que a queda da testosterona pode estar ligada a essa disfunção e a reposição pode melhorar a ereção”, diz Archimedes Nardozza Junior, diretor do núcleo de pesquisa da SBU e coordenador da pesquisa.

Para Nardozza, a mensagem é que o homem precisa se tratar. “Ao contrário das mulheres, eles não vão ao médico. Esse é o grande mote da campanha da Sociedade Brasileira de Urologia: cuide-se”, afirmou o especialista. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Alimentos que dão sensação de saciedade são os mais indicados para quem quer perder peso


Alguns alimentos podem ser grandes aliados na perda de peso. São aqueles que nos dão uma sensação de saciedade e que ajudam a segurar a fome até a próxima refeição. Os alimentos considerados sacietógenos apresentam, geralmente, fibras em sua composição.

“São aqueles que precisam de uma maior mastigação, favorecendo a liberação do hormônio colecistoquinina (CKK), que é captado pelo cérebro, que recebe uma mensagem de saciedade”, explica Bárbara Monteiro, nutricionista clínica e membro do conselho da ANNES (Associação de Nutrição do Espírito Santo). Além disso, estes alimentos ricos em fibras apresentam uma digestão mais lenta, o que pode garantir uma sensação de saciedade.

Uma dieta equilibrada sugere de cinco a seis refeições diárias, com alimentos diferentes, coloridos e saborosos, de fonte vegetal e animal. As frutas, verduras e legumes, por exemplo, são ricos em fibras, vitaminas e minerais.
 
Tomar cerca de dois litros de água por dia, para hidratação e para ajudar na digestão das fibras, é o ideal. Mas cuidado: deixar a dieta rica em fibras, mas não tomar água suficiente, pode gerar prisão de ventre.

“O ideal é incluir estes alimentos ricos em fibras em todas as refeições, o que vai garantir uma sensação de saciedade por um período de tempo maior, evitando refeições com intervalos menores de três horas”, diz Fabiana Poltronieri, docente do curso de nutrição do Centro Universitário São Camilo.

Os alimentos sólidos e aquecidos promovem maior saciedade em relação aos frios e líquidos por causa das suas características físicas. Ao ingeri-los, temos uma sensação de que "comemos mais". Pense: o que saciaria mais: um suco gelado ou um purê quente?
 
Já os alimentos que possuem maiores quantidades de proteínas e carboidratos complexos, como os cereais integrais, por exemplo, aumentam o tempo de saciedade.


Saciedade X Calorias
 

As fibras dos alimentos são divididas em insolúveis e solúveis. As insolúveis estão presentes nos carboidratos complexos. As principais fontes são os farelos de cereais, os grãos integrais, nozes, amêndoas, amendoim, vários tipos de frutas (pêra, maçã com casca) e as hortaliças (ervilha, cenoura, brócolis).
 
Já as fibras solúveis se transformam em gel após ingeridas, permanecendo mais tempo no estômago e dando uma sensação maior de saciedade. Nós a eoncontramos nas leguminosas (feijão, lentilha, ervilha), nas sementes, nos farelos (aveia, cevada, arroz), nas frutas (polpa de maçã, laranja, banana) e hortaliças (cenoura, batata).

"As pessoas deveriam se preocupar mais em incluir alimentos que prorroguem a sensação de saciedade, ao invés de pensarem apenas em calorias”, orienta a nutricionista da RG Nutri, Ana Beatriz Barrella, especialista em Ciências e Tecnologia de alimentos pela Unicamp.  “Quando ativamos mecanismos sacietógenos a perda de peso é garantida”, afirma Bárbara Monteiro.

Além de cuidar da alimentação com equilíbrio, existem algumas dicas para segurar o apetite: comer de três em três horas vai acelerar o metabolismo, auxiliando na perda de peso. Evite pular as refeições e beliscar fora de hora.
  
Se tiver com muita fome, opte por vegetais, que vão ajudar a saciar a vontade de comer até a hora da próxima refeição.  “As vitaminas de frutas ou frutas com vegetais, por exemplo, auxiliam na saciedade da fome e podem ser consumidas nos intervalos das refeições, assim como as frutas em si”, afirma Poltronieri.


Coma devagar   


Mastigar bem os alimentos para facilitar a digestão também é uma boa opção. “Coma devagar, pois o estômago demora cerca de 20 minutos para liberar hormônios auxiliadores da saciedade. Se comermos rápido, este mecanismo não é ativado e acabamos por consumir além da necessidade”, explica Monteiro.

Na hora das refeições principais, sirva-se primeiro de salada. Quanto mais colorida ela for, mais vitaminas, minerais e fibras presentes vão retardar a absorção de carboidratos e gordura da refeição.
 

segunda-feira, setembro 17, 2012

Diabetes gestacional


A gravidez pode se transformar em motivo de preocupação quando é acompanhada do diabetes. O problema surge quando a futura mamãe apresenta algum tipo de alteração na taxa de glicose do sangue e fica com hiperglicemia.

Segundo o endocrinologista Marcio Mancini, chefe do Grupo de Obesidade do Hospital das Clínicas da USP, é usual as pacientes confundirem o ganho de peso, comum na gestação, com a patologia. “Controlar a alimentação e os quilos a mais é indispensável nesse período. 
A diabetes gestacional pode atingir mulheres de todas as idades e trazer uma série de complicações na hora do parto, inclusive o aborto”, salienta.

Gestantes com essa doença têm maiores chances de adquirir pressão alta, além dos riscos para a saúde do bebê, que pode nascer prematuro e com problemas respiratórios. O médico revela que é necessário realizar o exame de diabetes entre a 24ª e 28ª semana de gestação. Após o parto, os pequenos devem fazer o teste da “ponta do dedo”, para diagnosticar ou não a hipoglicemia.

“Mães com diabetes gestacional correm maior risco de que seus filhos apresentem macrossomia, ou seja, nascerem maiores do que os outros  (com mais de quatro kg) e serem naturalmente pré-dispostos ao diabetes e à obesidade”, explica o especialista.

Os cuidados para prevenção são simples. Segundo Mancini, caso o problema seja constatado rapidamente, o tratamento pode ser feito em uma semana por medidas dietéticas para normalizar a taxa de glicose no sangue. “Se nada surtir efeito, a paciente começa o uso da insulina”, complementa.

O endocrinologista salienta ainda a importância do acompanhamento médico à gestante e o hábito de uma alimentação saudável, como comer, em média, seis vezes por dia em pequenas quantidades, controlar o peso e praticar exercícios físicos regularmente. Consumir bebidas alcoólicas e, sobretudo, fumar cigarros, é estritamente proibido.

Dicas nutricionais para futuras mamães


Aproveitamos a Semana da Gestante para esclarecer as principais dúvidas das futuras mamães em um bate-papo descontraído com o ginecologista e obstetra, pós-graduado pela Universidade de São Paulo (USP) e autor de diversos livros sobre gravidez, Dr. José Bento de Souza. Confira:


É necessário que a mulher mude os hábitos alimentares durante a gravidez?

 
 
A partir de uma nutrição adequada é possível garantir gestação tranquila, sem a ocorrência de anemias, hemorragias e diabetes gestacional. Desta forma, é importante que sejam acrescentadas cerca de 300 calorias a sua dieta diária para nutrir o feto em desenvolvimento, preferencialmente distribuídas em cinco refeições (desjejum, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar), preparadas com ingredientes fontes de proteínas, ferro, cálcio e ácido fólico, preferencialmente com baixo teor de gordura.


Suplementos vitamínicos podem trazer benefícios à saúde da grávida?
 
 
O estado nutricional materno é fator determinante no desenvolvimento do feto, assim como no bem-estar da gestante. Acrescentar a suplementação na dieta passa a ser alternativa eficaz na redução da incidência de má formações neurológicas, cardíacas, faciais, urinárias ou defeitos em membros.


Qual é o peso ideal ao final da gestação?

 
 
Pode variar entre nove e doze quilos a mais, comparado ao peso normal. Esse aumento pode ser de 1,5 a 2 quilos por mês após a 16ª semana.  Sendo assim, é importante que haja restrição no consumo de alimentos calóricos, como refrigerantes, balas e doces industrializados.

O que acontece com a libido na gestação


Em entrevista para a Sempre Materna, o ginecologista especialista em reprodução humana, José Bento de Souza, fala sobre sexualidade da gestação. Confira:


A mulher perde a libido na gravidez?
 
 
Tanto o aumento quanto a diminuição da libido podem ocorrer. Com o crescimento na quantidade dos hormônios femininos (estrogênio e progesterona), a mulher pode ficar mais sensível e ter mais vontade de manter relações com seu parceiro.

No entanto, existe também a possibilidade da queda na libido com a notícia da gestação. Isso acontece por causa da influência hormonal que afeta o lado emocional da grávida. No caso do homem, essa diminuição de libido passa apenas por uma questão psicológica, pois ele começa a ver a parceira com imagem de mãe e se preocupa em machucar o bebê.


A rotina sexual da mulher deve ter alguma alteração?
 
 
Sim. Alguns cuidados especiais deve ser tomados, devido à preocupação da mãe e do pai, sobretudo, no final da gestação. Porém, se houver alguma indicação obstétrica, como suspeita de parto prematuro, placenta baixa (placenta prévia) ou sangramento, é importante que a mulher siga as orientações de seu médico. Além disso, é fundamental que ela converse bastante com seu parceiro para deixá-lo mais tranquilo e ciente do que ela está sentindo.


Deve haver cuidados especiais na hora do sexo?

 
 
Nos primeiros meses não há necessidade de mudanças nas relações sexuais, mas é importante que o casal se sinta confortável em manter a mesma intimidade e praticar as posições que desejam. Após o sexto mês é comum que haja alguns cuidados a mais. Neste caso, as posições mais indicadas acabam sendo quando a mulher fica de lado ou por cima. Se houver algum incômodo ou dor, é importante que a gestante comunique o parceiro e o médico.

Ácido Fólico é essencial para o desenvolvimento saudável do feto


A gravidez é uma experiência mágica na vida de qualquer mulher, mas é preciso manter a saúde em dia e alinhada com o médico para fazer com que esse momento seja tranquilo ainda mais prazeroso.

Uma importante vitamina para quem deseja ser mãe é o ácido fólico, substância da família de vitaminas do grupo B, importante para prevenir anomalias funcionais ou estruturais no recém-nascido. De acordo com o professor da Faculdade de Medicina da USP e especialista em Medicina Fetal, Victor Bunduki, a ingestão de ácido fólico reduz em até 70% a probabilidade do feto portar doença no tubo neural e outros defeitos congênitos (DTN).

Esses problemas podem acontecer logo nas primeiras semanas de vida e, uma vez instalados, não há mais reversão, por isso, se preparar para a gravidez se faz mais que necessário. Segundo Bunduki, o benefício preventivo da vitamina é garantido para as mulheres que planejam engravidar, mais especificamente as que possuem alto risco de desenvolverem feto com defeitos congênitos e as com baixa aderência à suplementação.

O Ministério da Saúde recomenda administração preventiva de ácido fólico durante 60 a 90 dias antes da concepção. É aconselhado ingerir 5 mg diárias da vitamina, que pode ser encontrada em alimentos como espinafre, brócolis, banana, feijão e ovos. A ingestão deve continuar até a amamentação.

Gestantes podem tratar estrias e manchas


A gravidez é momento maravilhoso, mas pode trazer algumas alterações estéticas incômodas. O que poucas mulheres sabem, é que é possível realizar tratamentos estéticos durante a gravidez, pós-parto e no período de amamentação. Com alguns cuidados, além de saudável, a futura mamãe pode ficar linda todo o tempo. Basta ter o consentimento do obstetra e a atenção de checar se é alérgica às substâncias que poderá usar pela primeira vez.


Contra celulites e estrias


Um dos melhores tratamentos para gestantes é a drenagem linfática, massagem suave e lenta, que ajuda a reduzir a retenção de líquido no corpo e diminui os inchaços típicos da gravidez. É importante saber que ela sempre deve ser feita por fisioterapeuta. 

O profissional pressiona e desliza a mão por todo o corpo, direciona o excesso de líquido para os gânglios linfáticos, que trabalham para eliminá-lo pela urina. Para não correr riscos, verifique se o profissional ou a clínica estão cadastrados na Sociedade Brasileira de Medicina Estética.

Para a gestante que não gosta de massagem manual, a técnica francesa chamada dermotonia pode ser uma alternativa. É aplicada com aparelho que faz levíssima sucção na pele, com os mesmos efeitos da drenagem. É o único método com aparelho que pode ser usado pela gestante. 

Se essa for a opção, cuidado: não a confunda com a endermologia, procedimento semelhante, mas com sucção bem mais forte, imprópria no período de gravidez por poder causar varizes, já que na gestação, os vasos ficam mais frágeis, devido ao aumento de volume sanguíneo.


 Adeus às manchas


As alterações hormonais na gravidez aumentam as chances de surgirem manchas. Isso acontece, porque as células responsáveis pela pigmentação da pele são mais estimuladas. O ideal é ficar longe do sol e usar filtros solares com fator de proteção 15, no mínimo. Quem trabalha na rua ou se expõe à luz fluorescente deve aumentar proteção para 20. 

Segundo a dermatologista Denise Steiner, cremes com vitamina C não interferem na gravidez e podem ser usados à noite para ajudar a clarear a pele. “Depois do desmame, é possível fazer tratamento com ácido retinóico para melhorar as manchas”, explica a especialista.

Na gravidez e durante a amamentação, o retinóico é proibido, pois pode passar para o leite, causa malformação no feto e pode afetar o desenvolvimento do bebê. Isso também vale para os peelings – descamações feitas com ácidos. “Cheque com seu médico os produtos que usava, pois até alguns vendidos em drogarias podem conter ácidos, alerta Denise. 

Para cuidar de possíveis acnes, a receita é lavar o rosto com sabonete à base de enxofre, fazer limpezas de pele (com cremes sem ácido) e utilizar produtos indicados para peles oleosas, geralmente na forma de gel.

Plásticas e lifting evolvem os mesmos riscos de uma cirurgia e só devem ser feitos após o desmame. O mesmo é aconselhado para produtos que mexem com os músculos. De acordo com a coordenadora do setor de Cosmiatria e Laser da Universidade Federal de São Paulo, Alessandra Haddad de Lima, como ainda não temos conhecimento científico dos efeitos do botox e dos cremes que contêm DMAE (substância que age no tratamento e prevenção de rugas), o melhor é não usá-los até parar de amamentar.

Gestantes devem ficar atentas à pressão arterial


A pré-eclâmpsia é uma das patologias mais perigosas que podem afetar a gestação. O aumento da pressão arterial é o mais importante sintoma. Por isso, controlá- la é rotina necessária durante o pré-natal. A gravidez pode desencadear a hipertensão em mulheres com tendência ao problema. Cuide-se, você pode evitar riscos à gestação!

Dores de cabeça e estômago, inchaço nas pernas e visão com estrelinhas. Esses sintomas merecem atenção especial na gravidez, afinal, podem ser sinalizadores da hipertensão. A doença pode ocasionar problemas na placenta e acomete 10% das futuras mamães.

Durante a gestação é normal que a pressão oscile já que o corpo está passando por mudanças físicas e hormonais. No segundo trimestre é frequente ficar abaixo do comum e com a proximidade do parto ela tende a aumentar.

Apesar da variação ser considerada normal pelos médicos, as futuras mamães devem fazer exames no pré-natal, para descartar  a hipertensão. Segundo livre docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e coordenador científico do Hospital e Maternidade São Luiz, Dr. Soubhi Kahhale, a futura mamãe que tiver hipertensão deve tratar a doença ainda na gravidez. “Ela deve ter alguns cuidados como evitar ingestão de sal, descansar corpo e mente e em alguns casos usar medicação adequada para regular a situação.”

Se a hipertensão for exclusiva na gravidez chama-se pré-eclâmpsia e é a principal causa de mortes maternas no Brasil. Ela ocorre por complicações no desenvolvimento dos vasos da placenta, logo no início de sua formação no útero. Os problemas na vascularização levam a baixa circulação de sangue e causam descontrole na pressão arterial. “A doença costuma desaparecer após o parto, exceto em mamães já hipertensas”, esclarece o médico.

Em alguns casos, a grávida precisa ser internada para ter acompanhamento médico e melhor tratamento da doença. Situações mais graves necessitam da indução do parto, única saída para que não haja consequências sérias para a mãe. Mas é preciso levar em conta a situação do feto e o tempo de gestação. A preferência sempre é pelo parto normal.

Com mulheres que já apresentam a patologia antes da gestação, principalmente por herança hereditária, o cuidado deve ser redobrado nesse período. “A evolução da doença é mais grave e precisa de tratamento imediato, para evitar convulsões, que são perigosas e podem comprometer seriamente a saúde da mamãe e do bebê”, conclui Dr. Kahhale.


Existem outros fatores de risco para a eclâmpsia:


•Primeira gravidez;
•Diabetes;
•Lúpus;
•Obesidade;
•Gestação gemelar;
•Gravidez após os 35 anos e antes dos 18.

Se o seu perfil se encaixa em um dos grupos acima, procure especialista. Garanta gestação saudável e aproveite esse momento maravilhoso na vida de uma mulher.

Exercícios na Gravidez exigem cuidados especiais


Antigamente, a gestação era tratada quase como doença, pois acreditava-se que a futura mamãe devia permanecer em constante repouso. Hoje esse conceito foi desmistificado e já se sabe que, com orientação médica, a mulher pode continuar seu ritmo de vida e fazer exercícios que contribuem com a qualidade de vida.

A prática de atividades diminui a dor lombar, auxilia no controle do peso, previne e ajuda a administrar diabetes e hipertensão e aumenta a auto-estima. Estudos ainda mostram que a saúde cardiovascular do bebê também é beneficiada. O ideal é que a mulher se exercite pelo menos três vezes por semana em intensidade leve a moderada durante 30 a 60 minutos.

Apesar de tantos pontos positivos, pesquisa realizada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, em parceria com o Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs), indica que 65% das mulheres no período de gestação não praticam exercícios pelo tempo mínimo recomendado.

Para quem deseja entrar na academia, a personal gestante e diretora do programa de exercícios “Mais Vida”, Gizele Monteiro, explica que antes de tudo, é preciso procurar um profissional que entenda de prescrições específicas para grávidas. “O especialista deve fazer as adaptações corretas ao longo dos trimestres”, comenta.

As atividades devem ser feitas moderadamente. Intensidades e volumes elevados podem comprometer o aporte sanguíneo que o bebê recebe e diminuir alimento e oxigenação. Segundo Gizele, é preciso ficar alerta a qualquer mal-estar materno, pois isso pode significar que alguma coisa está demais.


Cuidados
 
 
Antes de começar o exercício, é preciso nutrir-se e hidratar-se, além de estar em ambiente com temperatura adequada. “Se a mulher sempre foi sedentária, não adianta achar que ao ficar grávida precisa virar esportista. Comece com atividades leves e nem pense em corrida”, recomenda Gizele. Para fortalecer o assoalho pélvico e minimizar as dores, existem diversos exercícios. Os mais procurados são a hidroginástica e o pilares. “Mas existem muitos outros tipos direcionados para esse fim”, diz.


Dinheiro x Disposição
 
 
Se o desejo de praticar exercícios em academia é impedido pela falta de dinheiro, busque alternativas com seu médico. A caminhada é boa opção. Considerada segura, ela ajuda a controlar ganho de peso, glicemia e pressão arterial. Exercícios de alongamento também podem ser inseridos, principalmente para as pernas e costas.


Falta de tempo x Disposição

 
Já é possível encontrar especialistas com atendimento especial para gestantes que vivem na correria e não conseguem frequentar academia: o Personal Delivery. Nele, uma equipe especializada vai à sua casa e elabora programa personalizado com dicas sobre controle fisiológico, postura correta para cada exercício e acompanhamento constante das dúvidas.