segunda-feira, agosto 27, 2012

Dicas de Saúde Ocular

A visão é um dos cinco sentidos que permite aos homens a percepção do mundo. É uma forma de comunicação que o homem estabelece com o ambiente. Cuidar da saúde ocular não é apenas ter cuidado com os olhos, mas preocupar-se com a manutenção e a melhoria da visão.

Atualmente, o estilo de vida moderna nos oferece muitos estímulos visuais, além de nos expor a fatores ambientais agressores que podem prejudicar a saúde dos olhos. Assim, devemos nos antecipar ao aparecimento de problemas nos cercando de alguns cuidados simples:

  • Os olhos possuem a glândula lacrimal que tem a responsabilidade de produ\ir lágrimas. Essas são necessárias para irrigação e lubrificação constante dos olhos. O piscar dos olhos faz com que o líquido produzido nesta glâdula, se espalhe por toda a superfície do olho. Quando passamos algum tempo sem piscar os olhos, sentimos uma sensação de ardência nos olhos, pois esta é uma forma simples e sem gastos de lubrificar os olhos;
  • Os cuidados relacionados com o uso de televisão e de computador são importantes, pois os usuários desses aparelhos devem dar intervalos de uma em uma hora, para descansar os olhos e devem manter uma distância mínima de 50 cm da tela do aparelho. Algumas pessoas sentem ardência nos olhos quando estão muito tempo em frente à tela do computador ou vídeo game. Isto, gerlmente, ocorre devido a uma diminuição da freqiência de piscar dos olhos e consequentemen5te falta de lubrificação. Evite também ventilador ou ar condicionado direto sobre seu rosto quando estiver no computador, pois o ar ventilado por estes aparelhos ressecam ainda mais o globo ocular;
  • A luz solar refletida diretamente nos olhos pode causar um grande dano na visão. Permanecer por muito tempo à radiação pode causar inflamação da córnea, catarata, diminuição da visão (cegueira), queimaduras superficiais e carcinomas. Para tanto, deve-se fazer uso de um óculos de sol quando exposto à luz solar, este deve ter indicação de um especialista ocular e ser adquirido em lojas especializadas;
  • Deve-se evitar assistir televisão por muito tempo com as luzes apagadas. O ideal é assistir a televisão com luz acesa. Pois quando o quarto está totalmente escuro, o contraste entre a tela da TV e a área em torno dela torna-se muito grande para que a visão fique confortável e eficiente. Desta maneira, quando iluminamos o quarto com luzes mais suaves, o contraste indesejável se torna mínimo e causa menos danos à visão;
  • No caso das mulheres que usam sempre maquiagem na região próxima aos olhos, deve-se fazer a higiene na área com a finalidade de retirar toda a maquiagem. Para isso, pode usar demaquilantes antialérgicos e também fazer uso de maquiagens hipoalergênicas.

Aos profissionais:

O risco à exposição química e biológica é uma realidade no cotidiano de trabalho dos profissionais da saúde, assim:

  • Use sempre os óculos (EPI) nos procedimentos em que houver possibilidade de respingo de contaminantes na mucosa ocular;
  • É importante realizar a higiene das mãos antes de tocar os olhos. Esta medida é bem simples e previne que sujidades ou contaminantes sejam levados involuntariamente para a mucosa ocular.

Bancos de tumores abrem nova frente no estudo do câncer


O fragmento de um tumor retirado de um paciente com câncer, que seria descartado logo após a biópsia, pode se tornar material valioso para pesquisas de ponta, caso armazenado adequadamente em um banco de tumores. No país, 24 estruturas como essa têm possibilitado a busca por novas formas de combater o câncer. Só neste ano, três importantes instituições de São Paulo devem inaugurar seus biobancos.

Uma delas é o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), já com estrutura para receber amostras, que deve entrar em funcionamento nos próximos meses. Para o oncologista Paulo Hoff, diretor clínico do Icesp, os bancos de tumores são de fundamental importância. “A oncologia e outras áreas da medicina dependem da compreensão dos mecanismos celulares associados à formação da doença. Não teremos avanços na oncologia sem a disponibilidade de material biológico.”

No mais antigo banco de tumores do Brasil, no Hospital A.C. Camargo, amostras de cerca de 16 mil doadores serviram como base para estudos sobre câncer de mama, tireoide, pulmão, etc. “As perguntas feitas pelas pesquisas podem ser várias. A utilidade do banco é ter o material biológico guardado da melhor forma para ajudar a responder a essas questões”, diz o patologista Antônio Hugo Fróes, do A.C. Camargo.

Um dos principais objetivos do uso dessa estrutura é a personalização do tratamento. O instrumento permite buscar grupos de pacientes com o mesmo câncer que respondam de maneira semelhante a determinada terapêutica. Ao observar o DNA desses pacientes, é possível identificar mutações genéticas.

“Sabemos que o câncer não é uma única doença. É um conjunto de centenas de doenças muito parecidas, mas que podem ter causas diferentes. Para identificar isso, analisamos milhares de casos que formam padrões e indicam a existência de subgrupos”, explica Hoff. Essas mutações específicas, no futuro, podem ser usadas como base para selecionar novos alvos de tratamento e escolher a estratégia mais adequada para cada caso.

Outro hospital que tem investido em um biobanco é o Sírio-Libanês. As primeiras amostras começaram a ser armazenadas em julho, em fase de testes. Lá, o banco faz parte de um projeto mais amplo de oncologia molecular, em parceria com o Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer.

“Aprendemos muito sobre o processo de oncogênese em estudos com modelos animais. Com o banco, dá para validar esses achados em amostras de pacientes”, diz o diretor de Pesquisa do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa, Luiz Fernando Lima Reis. Ele observa que o grande valor dos bancos são os dados do paciente associados às amostras. Essas informações vão desde idade a sexo, passando pelo histórico clínico e hábitos como tabagismo e alimentação.

No Hospital Israelita Albert Einstein, uma parceria com o Centro de Câncer MD Anderson tem orientado o desenvolvimento de um biobanco, que deve entrar em atividade experimental neste ano. Segundo o médico Nelson Hamerschlak, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa, o foco inicial serão os cânceres que atingem o sangue - como leucemia e linfoma -, além dos tumores de mama e próstata. Ainda neste ano, a meta é expandir a ação para os cânceres gastrointestinais, do tórax e do sistema nervoso central.

Para Hamerschlak, é importante que os bancos “conversem”. “Não adianta cada um ter seu banco guardado. O mais importante na ciência é a colaboração. Essa sempre foi a ideia da nossa instituição: procurar os outros bancos para ter o máximo de cooperação possível.”

Desde 2005, o Brasil conta com uma rede que integra os 24 bancos em funcionamento, liderada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca). Além disso, segundo a coordenadora do Banco Nacional de Tumores (BNT) do Inca, a patologista Leila Chimelli, a instituição também contribui com o treinamento de profissionais e com auxílio financeiro a instituições que tenham a intenção de iniciar um biobanco. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Vitamina B3 multiplica defesa do organismo contra infecções, diz estudo


A nicotinamida (uma das formas da vitamina B3) consumida em doses elevadas aumenta mil vezes a capacidade do organismo de destruir infecções por estafilococos, cada vez mais resistentes aos antibióticos, segundo um estudo realizado nos Estados Unidos.

A pesquisa, realizada com animais de laboratório e com sangue humano, revelou que altas doses desta vitamina aumentam em 1.000 vezes a resposta do sistema imunológico contra este tipo de bactéria.

O estudo foi feito por cientistas do centro médico Cedars-Sinai, do instituto Linus Pauling da universidade estadual do Oregon e da Universidade da Califórnia (UCLA), entre outras instituições. A pesquisa foi publicada nesta segunda-feira (27) no Journal of Clinical Investigation.

Os pesquisadores perceberam que a administração de doses terapêuticas de nicotinamida aumentou o número e a eficácia dos neutrófilos, glóbulos brancos que matam e devoram bactérias que agridem o organismo.

A descoberta pode abrir novos caminhos para combater o cada vez maior número de bactérias resistentes aos antibióticos, principalmente os estafilococos aureus, causadores da maioria das infecções hospitalares.

"Isto é potencialmente significativo, embora ainda devemos realizar estudos com humanos", assinalou um dos líderes da pesquisa, Adrian Gombart, do Instituto Linus Pauling.

Segundo o cientista, a vitamina poderia se tornar, em combinação com os antibióticos existentes, num novo método para tratar infecções por estafilococos.

No experimento, a nicotinamida foi fornecida em doses muito maiores do que numa dieta normal, embora a quantidade usada já tenha sido testada de maneira segura em humanos.

Quando a vitamina B3 foi injetada no sangue humano, a infecção desapareceu em algumas horas, constatou o estudo.

No entanto, Gombart advertiu que não há nenhuma evidência de que uma dieta normal ou suplementos de vitamina B3 tenham um efeito beneficente na prevenção ou tratamento de uma infecção bacteriana, por isso "as pessoas não deve começar a tomar elevadas doses dessa substância".

As principais fontes naturais de nicotinamida são a carne de fígado e outros órgãos, ovos, peixes, amendoins, legumes, grãos (exceto o milho) e leite.

Segundo outro dos autores, George Liu, especialista em doenças infecciosas do Cedars-Sinai, a vitamina é "surpreendentemente efetiva" contra uma das principais ameaças existentes hoje em dia na saúde pública e pode ajudar a reduzir a dependência dos antibióticos.

Memória de pessoas com Down melhora com droga para Alzheimer


Um medicamento para pacientes com Alzheimer pode ser a esperança para que pessoas com síndrome de Down tenham uma melhor qualidade de vida. Uma pesquisa da Universidade do Colorado, conduzida pelo neurocientista brasileiro Alberto Costa, mostrou que o uso da substância memantina permitiu resultado superior em um teste de memória verbal. É a primeira vez que uma pesquisa comprova estatisticamente o efeito de um fármaco sobre a cognição de pessoas com Down.

A pesquisa acompanhou 42 pessoas, de 18 a 32 anos, por 16 semanas. Metade delas recebeu o medicamento; a outra metade, comprimidos sem o princípio ativo. Elas passaram por uma bateria de 14 testes neuropsicológicos e o resultado foi semelhante entre os dois grupos em quase todos eles - exceto em um, o California Verbal Learning Test (CVLT).

Neste exame, os participantes receberam nove cartões com palavras de diferentes grupos (alimentos, objetos, ferramentas). Tinham de memorizá-las e repeti-las. O teste foi feito duas vezes, antes e depois da medicação. A pontuação média daqueles que receberam placebo subiu 2,53 entre a primeira e segunda testagem. Entre os que haviam tomado o remédio, a melhora foi, em média, de 5,84 pontos.

“A média foi de 30% de melhora. Três pessoas tiveram melhora muito acima, um comportamento que não existiu no placebo de forma alguma”, diz Costa.

O trabalho aponta para a possibilidade de melhora no desempenho de tarefas dependentes da parte do cérebro conhecida como hipocampo, que é responsável pela aquisição de memória, entre outras funções. Isso aconteceu porque a memantina atua no receptor neuronal de NMDA.

Na população em geral, esse receptor é ativado quando se recebe uma mensagem relevante. Nas pessoas com trissomia do cromossomo 21 - a síndrome de Down -, o receptor de NMDA é hiperativo. “É como se o receptor perdesse a seletividade para informações importantes. E quem capta tudo, não retém nada. A memantina previne o receptor de funcionar quando não deve e esse efeito se desliga quando a mensagem é realmente importante”, explica o neurocientista.

Costa pesquisou um medicamento para Alzheimer porque há associação grande entre a doença e a síndrome de Down. “Se você olhar no microscópio o cérebro de pessoas com Down aos 40 anos, praticamente 100% delas terão Alzheimer. Já descobriram esse tipo de patologia em crianças com 8 anos. Down é a causa mais precoce de Alzheimer que existe no ser humano.”

O fato de a segurança e a eficácia do medicamento serem reconhecidos pela Food and Drug Administration (FDA), agência de vigilância sanitária dos EUA, também facilitou a aprovação da uma linha de pesquisa.

Em laboratório, Costa já havia comprovado o efeito da memantina em camundongos geneticamente modificados para desenvolver a síndrome. Os animais foram colocados numa nova gaiola e, após três minutos reconhecendo o ambiente, levavam um pequeno choque. No dia seguinte, voltaram à gaiola.

Os animais sem Down ficavam paralisados, num comportamento de autopreservação, por mais da metade do tempo. Os camundongos com a síndrome se movimentavam como se nunca estivessem sido colocados ali. Já os que tinham Down, mas receberam injeções de memantina, também “congelavam”, por medo. Esse primeiro estudo foi publicado em 2007.

O resultado da pesquisa com humanos foi publicado na revista científica Translational Psychiatry e ganhou destaque no jornal Washington Post. “Ver esse tipo de resultado, com amostra tão pequena, nos dá bastante esperança de que possa ser reproduzido no futuro, e um teste mais longo, que envolva tomar o medicamento por dois ou três anos, realmente melhore a qualidade de vida das pessoas com Down. Quanto mais coisas você armazena, maior é a sua capacidade de executar tarefas diárias”, afirmou Costa. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Gene inserido em células da retina de ratos leva a superprodução de proteína que protege contra efeitos de doença associada ao aumento de pressão dentro dos olhos.



Max contra o glaucoma
Imagem tratada para simular a visão de uma pessoa com glaucoma, doença que envolve a morte de células responsáveis por levar a informação visual do olho para o cérebro. (foto: National Eye Institute/ National Institutes of Health) 
 
O glaucoma, doença relacionada ao aumento da pressão dentro dos olhos e capaz de provocar cegueira, poderá, no futuro, ser tratado com terapia genética. Experimentos mostram que a inclusão de um gene em células da retina de ratos protege contra os efeitos da doença. A pesquisa foi apresentada hoje (23/8) na 27ª Reunião Anual da Federação das Sociedades de Biologia Experimental (Fesbe), que acontece até sábado (25/8) em Águas de Lindoia (SP).

O estudo começou em 1999, quando pesquisadores do Laboratório de Neurogênese da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) realizaram uma triagem de genes envolvidos em morte celular na retina. Entre 2000 e 2004, eles identificaram o gene Max nas células ganglionares, responsáveis por levar a informação visual do olho para o cérebro.

Quando os pesquisadores agrediam as células ganglionares, a proteína Max não migrava do citoplasma para o núcleo das células e muitas delas morriam
Quando os pesquisadores agrediam as células ganglionares – por exemplo, cortando seu axônio, parte das células que conduz os impulsos nervosos –, eles perceberam que o produto do gene Max, uma proteína de mesmo nome, não migrava do citoplasma para o núcleo das células – seu destino final em condições normais – e muitas delas morriam.

“Como já se sabe que a morte das células ganglionares está envolvida no glaucoma, pensamos que talvez a superprodução de Max pudesse aumentar a concentração dessa proteína no núcleo das células e conferir algum efeito protetor contra a doença”, explica uma das coordenadoras da pesquisa, a biomédica Hilda Petrs Silva, do Laboratório de Neurogênese da UFRJ.

Modelo agudo

 

Para testar se havia algum efeito protetor, os cientistas se valeram de um modelo de glaucoma agudo, que é mais simples de se implementar. Primeiro, 40 ratos saudáveis receberam vírus que levaram o gene Max para as células ganglionares desses animais, o que resultou na superprodução da proteína nessas células.

Os animais então foram submetidos a uma cirurgia em que o axônio dessas células foi esmagado, o que gerou um aumento de pressão similar ao observado em casos de glaucoma ocasional, que pode ser causado, por exemplo, após um soco no olho. Depois de 15 dias, os pesquisadores mediram quantas células haviam morrido nos ratos tratados e em 40 ratos que não haviam recebido o vírus, mas que também tiveram o axônio esmagado.
“Nos animais não tratados, ou seja, que não superproduziam Max, a morte celular chegava a 80% ou 90%; já nos tratados, ela era de apenas 45% a 55%”, conta Silva.
Terapia celular para glaucoma
À esquerda, células ganglionares (em verde e vermelho) da retina de ratos saudáveis. No centro, uma lesão que simula os efeitos do glaucoma causa morte celular. À direita, a inserção do gene Max leva à superprodução de uma proteína que protege essas células após a lesão. (imagem: Hilda Petrs Silva)
Antes de publicarem os resultados, os pesquisadores estão finalizando experimentos de biodistribuição e funcionalidade para confirmar que o vírus só age nas células ganglionares e que estas, ao sobreviverem à agressão, mantêm a capacidade de transmissão de informação.

Possibilidades futuras

 

Uma das questões que os cientistas pretendem investigar agora é se a técnica também seria benéfica para tratar glaucoma crônico. Nesse caso, o modelo utilizado requer a cauterização das veias ao redor da íris, o que também simularia o aumento de pressão característico dessa doença. “Essa técnica, no entanto, tem um tempo de análise de oito a 12 meses”, comenta a biomédica.

O grupo também está investigando qual a função do gene Max. Sabe-se que a proteína é um fator de transcrição, ou seja, atua no processo de produção do RNA a partir do DNA. “Também sabemos que ele não é oncogênico, sua superexpressão não leva ao câncer”, revela Silva.

A pesquisadora ressalta que deve demorar ainda 10 anos até que sejam feitos testes em humanos, pois ainda não há vetores de qualidade, como os vírus usados na pesquisa, para inserir o gene em células humanas. “Estamos tentando trazer o teste clínico de terapia genética de amaurose congênita de Leber, outra doença de retina, para o Brasil, de modo a ajudar no desenvolvimento dessa tecnologia”, conclui.

Fred Furtado*
Ciência Hoje/ RJ

Medula Óssea a Preço de Mercado

Ao liberar a venda para uso em transplantes, tribunal americano dá novo argumento ao debate sobre o comércio de órgãos humanos.

O tempo médio de espera por um transplante de medula óssea no Brasil é de seis meses, e o número de pacientes na fila passa de 1000. Quanto um doente em situação de desespero estaria disposto a pagar por uma doação que o livrasse da fila? A opção não existe no Brasil, que proíbe totalmente o comércio de órgãos e tecidops humanos. Mas já é possível nos Estados Unidos. A decisão recente de um tribunal não apenas liberou a venda, como aceitou a quantia de 3000 dólares como uma recompensa justa a ser paga ao doador. A sentença diz respeito a um processo movido por um grupo de pacientes de câncer contra a legislção de 1984 que baniu a compra e venda de órgãos humanos, incluindo a medula óssea. O argumento aceito pelo juiz foi que o avanço na técnica de extração de material para o transplante de medula óssea transformou o procedimento em algo simples como a doação de sangue, cuja venda não é proibida nos Estados Unidos. P método tradicional de doação de medula óssea é a punção na espinha, com a a´licação de anestesia.

Hoje é possível extrair células hematopiéticas, usadas no transplnate para o tratamento de leucemia e linfomas, diretamente do sangue, em um processo semelhante à hemodiálise, chamado de aferése. Extraídas dessa forma, as células hematopiéticas podem ser vendidas livremente.

A decisão judicial acreswcentou novos argumentos a um debate ético, travado em escala global. Vistoque o número de doadores não dá conta da demenda por transplante e a situação só deve se agravar, há propostas de liberação do comércio de órgãos humanos como uma solução radical para a escassez. Um defensor dessa ideia é o advogado Brunello Stanciolli, da Universidade Federal de Minas Gerais. "A liberação reduziria o tráfico ilegal, que hoje movimenta 7 bilhões de dolares por ano" , diz ele. Um dilema moral nesta questão diz respeito à transformação do corpo humano em pura mercadoria, que se vende aos pedaços. "A proibição da venda de órgãos serve de proteção àqueles que agem apenas pelo dinheiro", opina a geneticista Mayana Zatz, da Universidade de São Paulo. "Quem dos por altruísmo entende que faz isso para salvar uma vida. Quem vende um órgão pode não entender plenamente as consequencias de seus atos."

Como cada pessoa nasce com dois deles, mas pode sobreviver com um só, o rim é hoje o órgão mais facilmente encontrado no mercado clandestino para transplante. Estoques fartos dessa peça da anatomia humana alimentam o turismo médico na ÍNdia, no Paquistão (lá, de forma suspeitíssima, 95% dos doadores são mulheres) e também na China, país que, na teoria, proíbe esse tipo de comércio. Em 2006, o Irã tornou-se o único país a liberar totalmente a venda de rins, cujo preço de mercado está em torno de 5000 dólares. Ainda que o país dos aiatlás não sirva de modelo para a solução de nenhum dos problemas mundiais, vale a pena observar no que vai dar essa experiência.

Imunobiológicos:mirando diretamente no alvo

Terapias com esse tipo de droga vêm revolucionando tratamentos como os de câncer e de doenças reumatologicas

As drogas imunobiológicas são vacinas ou anticorpos humanos ou animais, modificados em laboaratório que agem sobre determinadas proteínas, eliminando ou impedindo o crescimento de células anormais. O leque desses medicamentos tem aumentado a cada ano, trazendo importates avanços no tratamento de alguns tipos de câncer e de doenças reumatológicas.

Em oncologia, os imunobiológicos fazem parte das chamadas terapias-alvo que, ao contrario de tratamentos como a quimioterapia, atacam ou estimulam as células da imunidade a atacar as células malignas, poupando as sadias, aumentando, assim, a eficácia e diminuindo os efeitos colaterais. Nessa classe de medicações, existem hoje vacinas contra o vírus HPV para prevenir cancer de coloce útero e contra os vírus da hepatites, evitando o câncer hepático.

Avanços revolucionários foram obtidos com rituximab, usado em diversos linfomas que expressam a proteína CD20, e o trstuzumab, que alveja a proteína Her2, excessiva em 20% dos casos de câncer de mama. Exemplos modernos incluem o ipilimumab, droga que vem sendo usada com sucesso no tratamento de melanoma, e o TDM-1, medicamento ainda não disponível comercialmente que combina tratuzumab com entansina, uma toxina encarregada de matar apenas as células malignas e que ´s carregada para dentro da célula pelo trastuzumab.

As drogas bológicas também introduziram uma nova era no tratamento de doenças reumatológicas autoimunes, com destaque para a artrite reumatóide, enfermidade inflamatória crônica que afeta 1% da população. Até o início dos anos 2000, a grande evolução foi o metotrexato, uma droga imunossupressora, a primeira a agir na evolução da doença e não apenas na inflamção. Mas metade dos pacientes não responde a esse tratamento. É para estes que os imunobiológicos trouxeram a boa nova. Um dos primeiros foi um bloqueador da proteina TNF alfa, que apresenta resultados positivos em 50% dos casos que não respondem ao metotrexato. Depois, surgiram outros, e o arsenal segue crescendo.

Hoje, é ínfimo o número de pacientes com artrite reumatóide que não responde a nenhum tratamento. Além disso, as terapias disponíveis permitem a remissão da doença. Bem mais caros, os biológicos não são mais ou menos eficientes que as drogas tradicionais, que seguem como primeira opção de tratamento, mas são excelentes alternativas para os pacinetes que não respondem a esses medicamentos.



quinta-feira, agosto 23, 2012

Fique atenta às exigências do seu corpo em cada fase da gravidez

Tire suas dúvidas sobre dieta, academia e tratamentos de beleza


A cada fase da gestação, as exigências do seu corpo mudam. Ficar atenta a elas evita uma série de problemas para você e para o bebê. Por isso, o MinhaVida foi atrás de uma seleção de especialistas que contam o que é indicado fazer a cada trimestre da gestação. São dicas que orientam sua rotina na academia, nos cuidados com a beleza, na manutenção de uma dieta balanceada e até nas visitas ao dentista.
No dermatologista


Grávida e médica dermatologista - Foto: Getty ImagesAs mudanças na pele assustam muitas grávidas. Mas não é preciso pânico, porque a maioria delas é passageira. Escurecimento nas axilas e nas virilhas, a formação de uma linha do umbigo até o púbis e a formação de acene são algumas das queixas mais comuns. "Em geral, após o parto, tudo é normalizado sem a necessidade de intervenções médicas", afirma o dermatologista Gilvan Alves, da Sociedade Brasileira de Dermatologia. De qualquer forma, se você sentir algum incômodo mais intenso, veja como agir em cada fase:

Primeiro trimestre: nenhum produto químico pode ser usado. E mesmo os hidratantes devem ser específicos para gestantes, evitando complicações. Nem mesmo os cremes à base de uréia têm passe livre, porque podem prejudicar a formação do bebê.

Segundo trimestre: o uso dos cosméticos tradicionais está liberado, um alívio para quem está acostumada a uma linha de produtos e não sente o mesmo efeito com outras marcas. As mulheres que sofrem com a acne também podem buscar um tratamento mais forte, incluindo o uso de antibióticos tópicos (e não comprimidos, capazes de prejudicar os dentes do bebê). "Mas nada de agir por conta própria ou seguindo a receita da vizinha. Qualquer tratamento precisa de orientação médica personalizada", afirma o dermatologista.

Terceiro trimestre: as restrições valem apenas para aplicações de peeling, laser e preenchimentos (proibidos, aliás, para todos os noves meses). Cremes à base de ácidos podem ser usados desde que seu dermatologista autorize (em geral, a concentração deles é bem menor do que a empregada num peeling, por exemplo). De qualquer forma o ideal é esperar a criança nascer antes de fazer tratamentos mais fortes, porque a alteração hormonal continua influenciando sua pele e seus cabelos na fase de amamentação. 


No dentista 


Grávida com escova de dentes - Foto: Getty ImagesDurante a gravidez, a influência dos hormônios deixa a boca mais suscetível a problemas na gengiva. Casos de inflamação, com sangramentos e inchaço, são comuns. "Além disso, a grávida sente muito enjôo e vomita com freqüência. Sem higienização adequada, aumenta a placa bacteriana", afirma o periodontista Gustavo Morizzi, da Clínica Cir, em Brasília. E a própria gengivite pode trazer outros problemas. Para combatê-la, o organismo lança uma série de substâncias no organismo que podem adiantar o trabalho de parto.

Como as radiografias são proibidas durante a gestação (os raios podem causar alterações genéticas no bebê), os cuidados preventivos são essenciais. A cada três meses, é preciso visitar o dentista para fazer eventuais restaurações e limpeza no dentes. "Mas sem a aplicação de flúor habitual. No caso da grávida, receitamos um enxagüatório manipulado com concentração de 0,05%. Ela deve fazer bochechos com ele, duas vezes ao dia", diz Gustavo Morizzi.

Clareamentos dentais são proibidos na gestação por causa dos agentes químicos usados (não se sabe se eles podem prejudicar o bebê) e também por causa das restrições na dieta. Os tratamentos de canal também precisam esperar. "No caso de uma emergência, o nervo inflamado é removido e deixamos o dente com um curativo até o nascimento do bebê", afirma o dentista. Dependendo do caso, o curativo precisa ser trocado a cada 15 dias ou no intervalo de quatro meses.


Na academia 


Grávida levantando peso - Foto: Getty ImagesAntes de decidir seu plano de treino quando a gravidez é confirmada, uma pergunta é fundamental: você já praticava exercícios físicos antes gestação? "Mulheres que estão acostumadas ao esporte têm menos restrições", afirma a personal trainer do MinhaVida, Valéria Alvim. A tendência à formação de varizes e as dores nas costas são problemas amenizados com a prática de exercícios, que também agem no controle do peso.

Primeiro trimestre: é a fase mais arriscada, em que as chances de um aborto espontâneo são maiores. Se você não treinava antes de engravidar, prefira manter o repouso. Já as mulheres habituadas à prática esportiva podem manter a rotina de treino, desde que mais leve. "Para minhas alunas que correm, indico a caminhada. É melhor evitar qualquer atividade de alto impacto", afirma Valéria Alvim. Os treinos de musculação podem continuar, mas sem pegar muito peso ou fazer movimentos que exigem demais do abdômen, como o leg press. Os agachamentos com o peso do corpo estão permitidos, assim como os abdominais.

Segundo trimestre: a barriga já começa a aparecer e pode atrapalhar a execução de alguns movimentos. Nas aulas próprias para gestantes, os professores dão ênfase a técnicas de respiração e exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico, que ajudam na hora do parto. Uma boa dica para esta fase, em que o centro de equilíbrio está mudando, são as pedaladas na ergométrica. "O exercício é leve e não põe em risco a segurança da grávida, que pode tropeçar na rua na fase de adaptação ao crescimento da barriga". Nuca fez musculação? Então espere o bebê nascer para começar. Alongamentos e yoga são boas opções.

Terceiro trimestre: nesta fase, os exercícios na água são os mais indicados. Isso porque você não sente o peso do corpo e fica com mais disposição para seguir as aulas. "A flutuação deixa o treino mais fácil e alivia as dores na coluna, queixa muito comum neste período da gestação", diz a personal trainer.


Na nutricionista


Gestante comendo salada - Foto: Getty ImagesPrimeiro Trimestre: há mudanças no seu paladar. Pode ocorrer diminuição do apetite provocada por aversão a certos alimentos que causam enjoo, náusea e até vômito. Há também mulheres que apresentam aumento do apetite, relatando desejos inusitados. A progesterona causa menor motilidade intestinal, daí as queixas de intestino preso. Isto, no entanto, favorece a absorção de nutrientes, já que os alimentos ficam expostos mais tempo no intestino (onde ocorre a absorção de nutrientes).

Ganho de peso: é esperado o ganho de 1,6 Kg para mulheres com peso adequado.

Calorias: a quantidade de calorias na dieta não precisa ser modificada no primeiro semestre.

Folato: nas primeiras semanas de gestação, há a formação e fechamento do tubo neural do feto (ele se desenvolverá para formar o cérebro e a medula espinhal). O ácido fólico está envolvido na divisão celular e na síntese protéica. Por isso, a suplementação de ácido fólico deve ser feita no início da gestação, prevenindo a má formação do tubo neural.

Proteínas: a quantidade de proteínas deve ser aumentada nos três trimestres devido ao crescimento do feto. No primeiro trimestre o aumento é de 1,2 g de proteínas por dia.

Fibras: deve-se dar prioridade aos alimentos ricos em fibras para minimizar a constipação intestinal. Assim, legumes, frutas, verduras, cereais integrais devem ser incorporados à alimentação. É necessária uma boa ingestão de água.

Segundo Trimestre: a fase de enjoos já passou, agora você tende a ter mais apetite e precisa controlar a dieta para não fugir do peso esperado para esta fase.

Ganho de peso: deve ser de 400 gramas por semana para mulheres com peso normal antes da gestação.

Calorias: a quantidade de calorias é aumentada em 300 Kcal por dia para suprir as necessidades maternas.

Ferro: a necessidade de ferro da gestão duplica, fazendo-se necessária a suplementação. O ferro é fundamental para a transferência de moléculas de oxigênio da mãe para o feto. Alimentos ricos em ferro são as carnes vermelhas e as verduras verde-escuras.

Proteínas: a necessidade diária é de 6,1 g por dia.

Terceiro trimestre: a prisão de ventre volta a incomodar. Mas, nesta fase, ela acontece devido à pressão do útero sobre o intestino.

Calorias: continua a quantidade de 300 kcal diária à mais na dieta.

Ganho de peso: assim como no segundo trimestre, o ganho de peso deve ser de 400 gramas por semana, totalizando o ganho de peso de 11,5 kg durante toda a gestação para mulheres com peso normal.

Cálcio: ocorre intensa deposição de cálcio no esqueleto do feto. As necessidades desse nutriente estão aumentadas em 50%. Alimentos ricos em cálcio são o leite e seus derivados (queijos, iogurtes).


Passe longe de bebidas alcoólicas e cigarro



Gestante fazendo um brinde com suco de laranja - Foto: Getty ImagesDoses elevadas podem prejudicar o transporte de oxigênio através do cordão umbilical para o feto. O álcool tem elevada absorção, alto valor calórico e é um vasodilatador, atravessando facilmente a barreira placentária. Ele tem efeito tóxico para o feto, podendo levar a abortos espontâneos, prejuízo do crescimento, entre outros. Deve-se evitar o consumo freqüente, restringindo à ingestão ocasional.

A gestante que fuma apresenta menor disponibilidade de nutrientes e redução na capacidade de transportar oxigênio. Esses fatores podem trazer prejuízos para o desenvolvimento adequado do feto além de aumentar o risco de mortalidade do feto.


Modere no consumo de alimentos com gordura e cafeína
 

 
Gestante comenedo chocolate - Foto: Getty ImagesA produção de bile é diminuída durante a gestão. Portanto, deve-se evitar alimentos muito gordurosos, prevenindo a má digestão.

A cafeína atravessa a placenta e pode causar alterações na freqüência cardíaca e respiratória do feto. A ingestão abusiva (10 a 14 xícaras pequenas diárias) de cafeína deve ser evitada. O consumo deve ficar restrito a 2 ou 3 xícaras pequenas de café por dia. Além do café, outras bebidas que contém cafeína (chá, refrigerantes, chocolates) devem ser evitados.

Mulheres bebem mais após casamento, diz estudo de universidade dos EUA

Para as mulheres, casar pode não ser sinônimo de uma vida longe da bebedeira.
A conclusão é de um longo estudo realizado pela universidade de Cincinnati e publicado pelo "Huffington Post". 

De acordo com o estudo, o motivo seria a (má) influência do marido. Já eles, passaram a beber menos, já que passam menos tempo com os amigos e tentam acompanhar as mulheres. 

Já no caso da mulherada, dados apontaram que as casadas bebem mais do que as solteiras, divorciadas ou viúvas. 

A pesquisa analisou informações de 5,305 homens e mulheres de Wisconsin, que responderam questionários em 1993 e em 2004. 




Mulheres bebem mais após casamento
Mulheres bebem mais após casamento

Cuidados com a alimentação podem aliviar os sintomas da TPM

Os sintomas mais comuns da TPM são dor nas mamas, dor de cabeça, fadiga, irritabilidade, depressão, desconforto abdominal, sensação de inchaço no ventre e nos membros inferiores

  • Os sintomas mais comuns da TPM são dor nas mamas, dor de cabeça, fadiga, irritabilidade, depressão, desconforto abdominal, sensação de inchaço no ventre e nos membros inferiores
Dor de cabeça, inchaço no corpo, dor nas costas e nas pernas, irritação. Que mulher nunca sentiu esses sintomas naquela fase do mês? É claro, há aquelas que sentem mais, umas menos, outras frequentemente, algumas apenas de vez em quando. Mas o certo é que os sintomas da TPM acompanham – e dificultam – a vida da maioria das mulheres. Porém, eles podem ser aliviados de modo bem simples: pela alimentação.

A TPM é caracterizada por um conjunto de sintomas físicos e psíquicos que são manifestados cerca de dez dias antes da menstruação e passam logo após o início da mesma. Algumas vezes os sintomas são tão severos que interferem nas atividades do dia a dia e podem até impossibilitar a mulher de trabalhar.

“Os sintomas mais comuns são mastalgia (dor nas mamas), cefaleia (dor de cabeça), fadiga, irritabilidade, depressão, dificuldade de concentração, desconforto abdominal, sensação de inchaço no ventre e nos membros inferiores entre outros”, explica a ginecologista e obstetra Lúcia Alves S. Lara, especializada em sexologia e médica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP.
  • Chás como o de camomila são uma boa pedida

Em baixa


Durante a TPM, geralmente ocorre uma diminuição nos níveis de vitamina B6 no organismo. E as consequências são nervosismo, irritabilidade e depressão. Isso porque a vitamina B6, entre outras funções, participa do equilíbrio hormonal e da reserva de energia. Então é preciso repor a vitamina através de alimentos como carnes, grãos integrais, banana, batata, lentilha, noz, ervilha e feijão.

O cálcio também é um elemento que sofre uma baixa durante este período, e também precisa ser reposto. Como o leite é a maior fonte de cálcio, a recomendação é consumi-lo, assim como seus derivados: iogurtes, queijo e sorvete.

De acordo com o médico nutrólogo Edson Credídio, professor do Departamento de Alimentos da Unicamp e coordenador do sistema NutroSoft, além desses alimentos também é recomendável consumir abacate, abacaxi, alface, canela, cenoura, feijão de soja, melão, salsa, camomila e grão de bico. “Todos apresentam compostos que atuam na TPM”, afirma. Credídio também orienta que o ideal é consumi-los o mês todo, mas se não for possível, iniciar o consumo por volta de 15 a 10 dias antes da menstruação para que seus efeitos sejam sentidos.

AJUDAM

 

  • Beba bastante líquido, principalmente água. Chás de frutas (de preferência sem açúcar) e água de coco também são recomendados
  • Coma carnes, grãos integrais, banana, batata, lentilha, noz, ervilha, feijão, abacate, abacaxi, alface, canela, cenoura, feijão de soja, melão, salsa, camomila e grão de bico
  • Reponha o cálcio por meio do leite e seus derivados, iogurtes, queijo e sorvete
  • Reponha o magnésio por meio de aveia, arroz integral, milho, lentilha, soja e vegetais folhosos verde-escuros
 
  • Consuma mais vitamina E: cereais integrais e nas frutas oleaginosas, como castanhas e nozes
  • Combatem a cólica: açafrão, ameixa, chicória, couve, hortelã, milho, mil folhas e tomilho são apontados como eficazes para aliviar a cólica
   
 

Ai, que cólica!


Além da falta de nutrientes, também ocorre retenção de líquidos durante a TPM. Para evitar – ou ao menos amenizar – esse problema, é indicada a ingestão de bastante líquido, principalmente água. Chás de frutas (de preferência sem açúcar) e água de coco também são recomendados.

Já para as dores do seio, a vitamina E vem demonstrando ser eficaz para diminuí-las em várias pesquisas. A vitamina E é encontrada na gema do ovo e também em cereais integrais e nas frutas oleaginosas, como castanhas e nozes.

Mas e na hora que bate aquela cólica? Muitas mulheres sofrem com esse que é considerado o pior sintoma da TPM, e que geralmente aparece poucos dias antes do início da menstruação. Mas isso também pode ser aliviado com a alimentação adequada. “Açafrão, ameixa, chicória, couve, hortelã, milho, mil folhas e tomilho são apontados como eficazes para aliviar a cólica”, aponta Credídio.


Que vontade de comer chocolate!


De repente, no meio de todos os sintomas desagradáveis da TPM, bate aquela vontade de comer doce – especialmente chocolate. Mas é apenas mais um sintoma. O que o causa é a escassez de magnésio no organismo que ocorre no período. As consequências são fadiga, cãibras, irritabilidade e insônia.

Como o cacau é rico nesse nutriente, o organismo pede o alimento, numa tentativa de reverter o quadro. “A compulsão alimentar por chocolate em mulheres com TPM pode ser em decorrência da deficiência de magnésio, a qual deve ser corrigida com alimentos fonte deste nutriente”, explica Letícia Bizari, nutricionista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP.

Para repor o magnésio, o mais indicado é consumir alimentos mais saudáveis, como aveia, arroz integral, milho, lentilha, soja, frutas oleaginosas e vegetais folhosos verde-escuros. Frutas também são uma boa pedida, pois saciam a vontade de comer doce sem comprometer a saúde.

Se a vontade de comer chocolate for incontrolável, deve-se preferir os com alto teor de cacau, mais ricos em magnésio e que possuem flavonoides (antioxidantes que ajudam a proteger os vasos sanguíneos), além de saciar mais, ou seja, porções menores já matam a vontade de comer o doce.


Fora do cardápio

PIORAM

 

  • Sal, embutidos (linguiça, salsicha, presunto, mortadela, entre outros), produtos em conserva, temperos industrializados e salgadinhos
  • Café, refrigerantes à base de cola e guaraná
  • Chá preto e chá verde
 

Assim como alguns alimentos aliviam os sintomas da TPM, outros podem agravá-la. Este é o caso do sal. Frequentemente mulheres que sofrem com a TPM apresentam retenção de líquidos, que causam desconfortos como inchaço, dores abdominais e nos seios e até ganho de peso. E o sal agrava essa situação.

“É importante evitar itens com grande quantidade de sal, como embutidos (lingüiça, salsicha, presunto, mortadela, entre outros), produtos em conserva, temperos industrializados e salgadinhos”, recomenda Lara.

Outra dica importante é evitar alimentos ricos em cafeína, que tendem a aumentar a irritabilidade, o nervosismo, a insônia e as dores de cabeça. Assim, é importante ficar longe (ou pelo menos diminuir consideravelmente o consumo) de café, refrigerantes à base de cola e guaraná.

“Devido aos efeitos estimulantes que podem aumentar a irritabilidade, devem-se evitar esses alimentos nesse período, os quais são ricos em xantinas, substâncias que agravam a irritabilidade e as alterações de humor”, enfatiza Bizari.

Alguns chás devem ser evitados pelo mesmo motivo. Chás preto, verde e mate, por exemplo, também contém cafeína e não devem ser consumidos nesta época. No entanto, os chás que são calmantes naturais, como camomila, erva cidreira, melissa, alfazema e valeriana, são altamente recomendados, pois além de contribuir para aliviar a retenção de líquidos, também ajudam a relaxar e melhoram a qualidade do sono.
  • Vontade de comer chocolate é um sintoma da TPM; prefira o amargo, com mais cacau

Serviço de saúde pode ajudar no diagnóstico precoce da tuberculose


Uma pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP (Universidade de São Paulo) aponta a necessidade de rever o trabalho dos serviços de saúde para a descoberta precoce da tuberculose, chamada de Busca de Sintomático Respiratório.

Segundo a agência USP de Notícias, a identificação da doença ocorre com o questionamento de sintomas, como tosse há três ou mais semanas de duração. A autora do estudo, a enfermeira Beatriz Estuque Scatolin, diz que os profissionais da saúde devem ter um vínculo mais próximo com a comunidade para ocorrer a busca.

Para a pesquisa foram entrevistados 210 agentes comunitários de saúde, em dois municípios brasileiros, Natal (RN) e Ribeirão Preto (SP), considerados prioritários para o controle da tuberculose, segundo o Ministério da Saúde.

Em Natal, as fragilidades observadas foram quanto à estrutura dos serviços, entre elas, baixa utilização da baciloscopia de escarro (teste que confirma o diagnóstico de tuberculose pulmonar), ausência de geladeira para armazenar as amostras e a falta de laboratórios responsáveis pelo recolhimento dessas amostras.

Em Ribeirão Preto, além da baixa utilização da baciloscopia de escarro, notou-se a ausência de livro de registro de sintomáticos respiratórios, falta de profissionais da atenção básica, responsáveis pelo cuidado do doente, e de rotina sistematizada para o atendimento do suspeito de tuberculose.

Brasil perde controle sobre epidemia de Aids, denuncia manifesto


Professores, pesquisadores, médicos e integrantes do movimento social divulgaram na terça-feira um manifesto afirmando que, enquanto outros países discutem a interrupção da transmissão da Aids, o Brasil perde o controle sobre a epidemia. O documento, lançado com 54 assinaturas, avalia que o programa está desatualizado, com elementos insuficientes para enfrentar os desafios, o que começa a trazer reflexos para estatísticas da doença. "A afirmação de que a epidemia de aids está sob controle no Brasil, além de falaciosa, tem prejudicado a resposta nacional", aponta o documento.

Os integrantes da carta lembram que, a cada hora, uma pessoa morre de Aids no país e apontam a redução da oferta de tratamento para gestantes com Aids, indispensável para evitar a transmissão para o bebê. De acordo com o grupo, o tratamento passou de 53,8% de gestantes soropositivas em 2005 para 49,7% em 2008.

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, disse ter recebido o documento com respeito, mas não concorda com os números. "Parte deles está desatualizada, outra parte tem de ser avaliada num contexto", diz. Como exemplo, ele cita o aumento no número de mortes: "É preciso lembrar que a população aumentou no período".
 

Icterícia: o que é este amarelão?



Neste post, vou discorrer sobre um assunto pouco conhecido na população leiga, mas que preocupa pais e mães, sobretudo os de primeira viagem: a icterícia. 

Popularmente conhecida como amarelão, a icterícia acomete recém-nascidos, sendo mais frequente nos bebês prematuros. Para compreender o desenvolvimento da doença é preciso ter conhecimento de que na metabolização da hemoglobina (proteína presente nos glóbulos vermelhos que transporta o oxigênio do pulmão para os tecidos), sua molécula é quebrada, formando a bilirrubina. Esta, ao passar pelo fígado, sofre uma conjugação com outras moléculas, o que lhe permite ser excretada do organismo através das fezes e urina. Se a produção de hemoglobina é muito alta, ou se o fígado apresenta problemas que o impeçam de conjugar a molécula, a bilirrubina se deposita nos tecidos, sendo que sua cor esverdeada permite que seja vista através da pele.

A icterícia acomete mais o recém-nascido porque, durante sua formação, no estágio intrauterino, existe uma hemoglobina especial, conhecida como hemoglobina fetal. Após o nascimento, com o início da respiração por via pulmonar, tais hemácias são destruídas em grande velocidade, iniciando-se a produção de hemoglobina adulta. A grande quantidade de hemoglobina fetal se transforma rapidamente em bilirrubina. Se seu fígado não estiver ainda em sua maturidade total, ele não consegue processar toda a quantidade que lhe chega, sendo ela então depositada nos tecidos. Quanto mais prematuro for o parto, assim como tanto menor for o tamanho do recém-nascido, maior será a probabilidade de ele vir a apresentar icterícia. É também mais alta sua incidência em partos cesáreos.

O tratamento da icterícia neonatal fisiológica - imaturidade do fígado - é feito com base nos resultados da dosagem das bilirrubinas. Em níveis mais baixos, submete-se a criança a uma fototerapia, na qual a criança é banhada por períodos longos com luz fluorescente do espectro azul, que tem capacidade de conjugar a bilirrubina, facilitando sua excreção.

Se os níveis de bilirrubina, entretanto, estiverem acima dos parâmetros aceitáveis, ou com uma velocidade alta de crescimento, há necessidade de se realizar uma transfusão sanguínea denominada exsanguineotransfusão, em que se troca todo o sangue com altos teores de bilirrubina, por sangues de doadores, com a finalidade de se evitar a impregnação da bilirrubina no tecido nervoso cerebral – clinicamente conhecido como kernikterus -, o que pode levar a graves consequências caso este processo seja desencadeado.

A icterícia neonatal pode ser prevenida com um acompanhamento obstétrico mais de perto, com a chegada do final da gestação, no sentido de se conseguir que o parto seja o mais próximo possível das 40 semanas, quando o feto já tem uma boa maturidade. Deve-se também evitar os partos cesáreos, cuja opção deve ser somente em casos de risco materno-infantil.

Não podemos esquecer, porém, que existem outras causas de icterícia nos bebês, entre elas a incompatibilidade sanguínea, em que o sangue do bebê, sendo incompatível com o da mãe, faz com que a mãe desenvolva anticorpos contra ele, gerando uma icterícia patológica. Outra causa é a obstrução dos canais de drenagem da bile, do fígado para o intestino, sendo esta icterícia provocada por bilirrubina conjugada, que não consegue ser eliminada, devido ao quadro obstrutivo, causando o amarelão. Neste caso, o tratamento é cirúrgico, visando à desobstrução do canal. 

Há ainda uma série de quadros infecciosos, principalmente virais, que, acometendo a mãe durante o período gestacional pode levar a icterícia em recém-nascidos.

É de extrema importância frisar e alertar aos pais que uma criança já grandinha pode também desenvolver icterícia, indicando um sinal de que esteja com alguma doença do fígado, ou do sangue, sendo importante o acompanhamento do médico pediatra.

Pesquisa mostra que álcool aumenta risco de câncer

Bebida altera DNA e pode causar câncer, mostra pesquisa

  • Bebida altera DNA e pode causar câncer, mostra pesquisa
 
Cientistas da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, divulgaram nesta quarta-feira (22) a primeira evidência de que a bebida alcoólica pode ser cancerígena. A descoberta surge quase 30 anos depois dos primeiros estudos da área levantarem uma ligação entre o consumo de álcool e certos tipos de tumor.

Líder do estudo, a pesquisadora Silvia Balbo afirmou em encontro na Filadélfia que o corpo humano quebra as moléculas do álcool que existem na cerveja, no vinho e nos licores. Este processo de metabolização forma o acetaldeído, que tem estrutura semelhante a de um composto conhecido por ser cancerígeno: o formadeíldo, ligado a tumores nos pulmões, no nariz, no cérebro e no sangue (leucemia) humano. A substância, diz Silvia, também traz sérios danos ao DNA, o que pode acarretar em anomalias no organismo da mesma forma como age o câncer.

“Nós, agora, temos a primeira evidência de que o  acetaldeído processado após o consumo de bebida prejudica drasticamente o DNA”, explicou Silvia no 244º Encontro Nacional da Sociedade Americana de Química.

A pesquisa foi feita em três semanas com dez voluntários que tinham de beber doses crescentes de vodca uma vez por semana. O grupo descobriu que os níveis de alteração do DNA aumentavam até 100 vezes horas após a ingestão da bebida, assim como nas células sanguíneas. Só após 24 horas é que as taxas voltavam ao normal.

Silvia alerta que a maioria das pessoas tem um mecanismo de defesa, a enizma desidrogenase, que transforma o acetaldeído em acetato, uma substância inofensiva para o corpo. Além disso,  ela pontua, é pouco provável que o câncer se desenvolva em pessoas que bebam pouco ou apenas socialmente, apesar de o álcool estar associado a outros malefícios sociais.

No entanto, 30% dos asiáticos, cerca de 1,6 bilhão de pessoas, não têm essa enzima protetora. Como não conseguem "destruir" a substância cancerígena, eles estão mais propícios em adquirir câncer.

Ovo pode fazer tão mal quanto o cigarro, diz pesquisa

Pesquisa mostra influência de uma dieta com ovos na formação de placas arteriais

  • Pesquisa mostra influência de uma dieta com ovos na formação de placas arteriais
 
Uma pessoa que come muitos ovos pode ter o mesmo risco que os fumantes em ter artérias obstruídas e para desenvolver sérios danos cardíacos. David Spence, professor de neurologia da Universidade Western, no Canadá, encontrou uma relação entre o consumo da gema de ovo e o desenvolvimento da aterosclerose, processo que contribui para o risco de ataque cardíaco e acidente vascular após placas de gordura se acumularem nas paredes das artérias. Até então, só era conhecida a má influência do cigarro na formação da placa arterial.

Liderado por Spence, o grupo de pesquisadores examinou 1.231 pacientes que foram internados no centro vascular do hospital universitário após um derrame cerebral, até mesmo os com riscos leves. Eles fizeram um breve questionário sobre os hábitos diários das pessoas (dieta, exercícios, cigarro etc) e cruzaram com os dados de medição da parede carótida feita no hospital. A pesquisa revelou que as artérias haviam ficado mais estreitas em 20% dos pacientes que comiam ovos com frequência, frente aos 2/3 dos que fumam bastante.

Mesmo com a descoberta, é preciso lembrar que o risco do cigarro ainda é muito maior do que o consumo da gema do ovo. Os danos existem nos dois casos, mas em níveis diferentes, pois o cigarro tem um efeito direto no sangue e no desenvolvimento das placas. Os ovos, por sua vez, têm efeito indireto, já que fazem parte de uma dieta (que pode ou não ser saudável ou gordurosa) que interfere nos níveis de colesterol do corpo.

“Uma taxa alta de colesterol pode levar às placas artérias, mas há muitas outras questões que podem afetar esta taxa que não os ovos. Como a dieta que você ingere diariamente, se você faz exercícios, se está acima do peso, sua genética”, explica David J. Frid, cardiologista da Ceveland Clinic, ao site do Huffington Post.

terça-feira, agosto 21, 2012

O mal da fadiga crônica



Cansaço, na maioria das vezes, é cansaço mesmo. Em alguns casos, entretanto, cansaço é doença. Doença crônica e debilitante. Sabemos que cansaço é doença quando tem duração prolongada e não obtemos alívio mesmo após sono e repouso adequados. 

A medicina está caminhando lentamente na compreensão do “mal da fadiga crônica” e sabemos que muitos fatores podem atuar em sua origem, algumas vezes atuando juntos. Entre eles, o stress e a ansiedade despontam pela alta frequência, mas até aí, nada de novo, pois esses dois fatores participam da gênese da maioria das doenças crônicas.

Algumas doenças de difícil diagnóstico podem evoluir muitos anos com fadiga crônica como única manifestação. Entre elas, as doenças reumatológicas e autoimunes, que habitualmente têm um curso clínico lento e sintomas inespecíficos podem causar cansaço crônico muito tempo antes do diagnóstico. Exemplos delas,  fibromialgia, artrite reumatoide e Lupus dentre outras. 

Doenças cardiológicas e pulmonares podem causar cansaço antes de qualquer outra manifestação. Podem evoluir durante muito tempo sem diagnóstico até que o quadro clínico se torne claro com a associação de outros sintomas além do cansaço.

Finalmente, distúrbios hormonais também podem evoluir com quadros de fadiga crônica e dentre eles podemos citar as doenças da glândula tireoide, principalmente o hipotireoidismo, as alterações do hormônio masculino no homem e do hormônio feminino nas mulheres. 

Em virtude da natureza multifatorial da fadiga crônica, devemos afastar todas essas possibilidades antes de concluirmos que a queixa de cansaço seja apenas cansaço físico motivado pelo trabalho intensivo e pelo stress. 

Alimento integral é diferente de alimento light



Essa semana, estamos discutindo os conceitos relacionados aos alimentos integrais e às confusões geradas a partir deles. É muito comum as pessoas pensarem que os alimentos integrais têm menos calorias que seus pares refinados. Assim, ingerem pizza de massa integral e pensam que essa opção garante uma refeição de baixas calorias.

Infelizmente, não é bem assim. O fato do cereal ser integral não reduz suas calorias. Pode apenas fazer dele um alimento mais saudável e rico em fibras. Isso pode até ajudar em uma dieta para perder peso, pois a presença das fibras dos cereais integrais pode aumentar a saciedade que resulta em uma menor ingestão de alimentos e a um maior tempo de saciedade entre as refeições. 

A compreensão de que os alimentos integrais não são menos calóricos deve nortear o cuidado com as porções desses alimentos. Eles são importantes no combate à obesidade, mas quando consumidos em grandes porções podem resultar em aumento de peso. Além disso, todo cereal integral é fonte de carboidratos e consumido em excesso pode ser prejudicial à saúde.

Conter fibras nem sempre torna um alimento saudável



Usando o seu conceito de saudável, muitos alimentos vêm sendo produzidos suplementados com quantidades variáveis de fibras. Muitos deles, além de conterem quantidades irrisórias desse componente são, por si só, tão prejudiciais à saúde que nem o conteúdo em fibras pode salvar-lhes a reputação. 

Assim, encontramos desde águas até refrigerantes suplementados em fibras, passando por massas de pizza, macarrão, sopas instantâneas, queijos e iogurtes, chocolates, capuccino e achocolatados, bolachas e margarina. 

Tomar água com fibras pode até ser muito bom, mas nos refrigerantes, a suplementação com fibras não lhes retira da lista de vilões. As sopas instantâneas continuarão com o mesmo teor de sal que as tornam impróprias para o consumo e os achocolatados com o mesmo teor de açúcar. O apelo de “contém fibras”  não deve camuflar os demais componentes de um alimento, nem poupar-lhes as críticas. 

Em nossa busca por uma alimentação saudável, as fibras devem vir dos alimentos naturais como as frutas, grãos, cereais integrais como arroz, verduras e legumes. Nesse contexto, conter fibras sempre tornará nosso alimento mais saudável.


Alimentação balanceada mantém o fígado saudável e o corpo livre de toxinas

Brócolis, abacaxi e laranja são apenas alguns dos alimentos que ajudam na detoxificação do organismo


O fígado é um órgão que efetua diversas funções diferentes, todas ligadas ao bom funcionamento das atividades metabólicas. Age em diversos processos do organismo, destruindo, processando e reconstruindo elementos. Ele também bloqueia substâncias que podem fazer mal ao organismo, pois possui uma ação antitóxica extremamente importante e tem papel vital no transporte de nutrientes, essencial ao equilíbrio do organismo. 

 Não é força de expressão dizermos que o funcionamento inadequado do fígado - causado por hábitos de vida nocivos - influencia a saúde e a aparência. Se a sua alimentação não é das mais equilibradas, vale a pena repensar o que anda compondo seu prato. Uma alimentação desbalanceada e inadequada - repleta de alimentos gordurosos, conservantes, agrotóxicos, refinados (farinha branca e açúcar) e bebidas alcóolicas - sobrecarrega o órgão responsável por efetuar a limpeza do nosso organismo. Ele acaba sofrendo com as consequências de diversas doenças e tornando-se deficiente em uma de suas funções, o de detoxificar o organismo. A detoxificação é qualquer processo de eliminação de substâncias tóxicas do organismo.

 Uma pesquisa feita em parceria entre a Universidade de São Paulo e a Universidade de Campinas constatou que as mulheres brasileiras andam comendo muito mal e que os efeitos a longo prazo podem ser devastadoras para a saúde e para a qualidade de vida. O exagero no consumo de gorduras e açúcares torna o organismo vulnerável a doenças oportunistas, como o diabetes e a obesidade.

 Além disso, o consumo excessivo de calorias - que leva ao ganho de peso e ao aumento da circunferência abdominal - gera um quadro chamado de esteatose hepática, que nada mais é que excesso de gordura no fígado. A consequência pode ser a inflamação do fígado (hepatite gordurosa), que pode culminar em cirrose hepática. A incidência da associação dessas doenças triplicou nos últimos anos.
"Uma alimentação desbalanceada e inadequada sobrecarrega o órgão responsável por efetuar a limpeza do nosso organismo"
 Alguns sintomas podem estar relacionados ao mau funcionamento do fígado. Fique atento a:

- Boca amarga;
- Fadiga;
- Má digestão;
- Olhos amarelados.

Outros sintomas podem passar despercebidos, pois o fígado é um órgão que só dá sinais de que algo não vai bem quando a agressão e a repetição dos hábitos nocivos são extremas.

Controle no prato

 

 Para a nossa sorte, não é preciso transformar o prazer de comer em tortura para se nutrir de maneira adequada. Em geral basta incluir em sua alimentação diária as seguintes combinações:

- Três a quatro porções de frutas e vegetais;
- Uma porção de leguminosas;
- Uma a duas porções de proteína magra;
- Quatro a cinco porções de carboidratos integrais, de preferência;
- Uma porção de gordura saudável.

Alimentos detoxificantes

 

 Alguns alimentos têm um efeito claramente purificante em certos órgãos, especialmente no fígado, rins e trato digestório - que processam toda a comida que ingerimos. Quando esses órgãos operam de forma eficiente, a digestão e a maneira que o nosso organismo utiliza os nutrientes melhoram.
 O resultado aparece na balança, na aparência e especialmente na sensação de bem-estar. Uma ótima maneira de estipular um plano de perda de peso é incluindo esses alimentos em sua alimentação diária, eles detoxificam e melhoram a digestão. Alguns exemplos são: abacaxi, kiwi, uva, pêssego, maçã, damasco, melão, pera, manga, mamão, ameixa preta, cereja, frutas vermelhas, laranja, limão, grapefruit, batata doce, cebola, alho-poró, alho, cenoura, beterraba, pepino, abobrinha, brócolis, alcachofra, aspargo, endívia, espinafre, agrião, couve-lombarda, azedinha, aipo, alga marinha, psilio, lentilhas, alfafa, semente de girassol, ostras, camarão, fígado, ovos, água, gengibre, entre outras.

Fumar durante a gravidez pode causar asma em crianças

Estudo mostra que chiado no pulmão é mais comum se mãe fumou no primeiro trimestre de gestação


Uma nova pesquisa feita pelo Instituto de Medicina Ambiental do Instituto Karolinska, na Suécia, sugere que fumar durante a gravidez pode aumentar o risco de crianças na idade pré-escolar desenvolverem asma e problemas de chiado no pulmão, mesmo que as crianças não sejam expostas à fumaça após o nascimento. Os resultados foram publicados na edição online do American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine

O estudo analisou dados de mais de 21.000 crianças, sendo que 735 delas foram expostas ao tabagismo apenas durante a gravidez. Com base em questionários respondidos pelos pais, os pesquisadores descobriram que as crianças expostas ao tabaco, principalmente no primeiro trimestre de gestação, eram mais propensas a sofrer de asma ou chiados no peito em idade pré-escolar. Eles notaram ainda que o risco de asma aumentava na medida em que o feto havia sido mais exposto à fumaça do cigarro

A incidência de chiado e de asma aumentou mesmo após os autores ajustarem as estatísticas, levando em conta fatores como sexo da criança, peso ao nascer e os níveis de educação dos pais. Os estudiosos perceberam também que o tabagismo materno a partir do terceiro trimestre de gestação ou no primeiro ano de vida do bebê não aumentaram significativamente os riscos de asma na infância. 

 De acordo com os pesquisadores, esses resultados indicam que os efeitos nocivos do tabagismo sobre o sistema respiratório fetal podem começar no início da gravidez, talvez antes mesmo de as mulheres descobrirem que estão grávidas. O estudo, porém, não prova uma relação de causa-e-efeito, pois a informação veio de respostas dos pais, e não de um estudo clínico.

Cigarro traz outros riscos ao bebê, além da asma

 

Além da asma e outros problemas respiratórios não são as únicas consequências para a criança em razão do fumo durante a gestação. Os especialistas alertam que não existe um limite seguro de consumo de cigarro. Já foram identificadas mais de cinco mil substâncias na fumaça do tabaco, dentre elas gases e partículas cancerígenas, agrotóxicos usados durante o plantio da folha de tabaco e que são mantidos no processo de ressecamento para a fabricação do cigarro, dentre outros. Veja os riscos que o fumo na gravidez pode trazer a criança: 

Hiperatividade e problemas de atenção

 

Mulheres que fumam na gravidez têm maior risco de ter um filho hiperativo e com problemas de atenção na escola, segundo estudo da Universidade de York, no Reino Unido. Publicada no Journal of Epidemiology and Community Health, a pesquisa avaliou mais de 13 mil crianças de três anos e indicou que 10% das mães relataram que fumaram durante a gestação. Os resultados mostraram que os riscos de problemas de atenção e comportamento aumentavam consideravelmente quando as mães fumavam na gestação.

Doenças cardiovasculares

 

Mães que fumam no início da gravidez têm mais probabilidade de que seus bebês nasçam com problemas cardíacos, segundo um estudo publicado na revista Pediatrics. A pesquisa mostra que as mulheres que fumaram em algum momento do mês anterior à gravidez até o fim do primeiro trimestre tiveram maior probabilidade de dar à luz crianças com determinadas cardiopatias congênitas - como alteração do septo ventricular ou circulação sanguínea insuficiente - em comparação com as mulheres que não fumaram durante o mesmo período. 

Abortos e doenças de placenta

 

O pneumologista Ciro Kirchenchtejn, de São Paulo, afirma que mulheres que fumam durante a gravidez têm mais probabilidade de ter um aborto espontâneo e problemas na placenta. "O tabagismo na gestação pode causar o endurecimento da placenta, dificultando a passagem de oxigênio e nutrientes para o bebê, causando um parto prematuro ou levando a criança a nascer com seu peso até meio quilo abaixo do normal", diz. 

Diminui níveis de colesterol bom

 

Pesquisadores da University of Sydney, na Australia, descobriram que mães que fumam durante a gravidez podem ter bebês com níveis mais baixos de HDL, o colesterol conhecido por proteger contra doenças cardíacas na vida adulta. O estudo foi feito com 405 crianças e revelou que os níveis de HDL variaram muito entre filhos de mães fumantes e não fumantes, mesmo depois do ajuste de uma série de fatores, como a exposição da criança ao cigarro após o nascimento, duração do aleitamento materno e sedentarismo. 

Riscos ao bebê e às crianças

 

A amamentação, quando a mãe volta a fumar depois do parto, transforma o bebê em fumante passivo: a criança pode sofrer de overdose tóxica ou parada cardíaca, pois o leite materno apresenta altas concentrações de nicotina. De acordo com o pneumologista Alberto de Araújo, presidente da comissão de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, bebês que são constantemente expostos à fumaça do cigarro ainda podem ser vítimas da Síndrome da Morte Súbita Infantil, causada pelas substâncias tóxicas do cigarro.