segunda-feira, novembro 26, 2012

Para dirigir na gravidez, faça uma avaliação de suas condições físicas e emocionais

O cinto de segurança deve ser usado, mas não sobre a barriga da gestante

  • O cinto de segurança deve ser usado, mas não sobre a barriga da gestante
 
Entre as muitas dúvidas que passam a povoar os pensamentos de uma mulher quando ela recebe o resultado positivo do teste de gravidez está sobre a segurança ou não de dirigir nessa fase da vida, em que são intensas as modificações físicas e emocionais.

Não existe consenso entre médicos ginecologistas e obstetras sobre até que mês é seguro a gestante dirigir. Há quem ache melhor grávidas não dirigirem e quem diga que é possível conduzir um carro até o oitavo mês. Como o Código de Trânsito Brasileiro não faz restrições a condutoras grávidas, todas as contraindicações são apenas médicas.

Recomendações

 

Não dirija se sentir mal-estares de qualquer tipo ou se estiver com dores na coluna;

Dirija em velocidade moderada;


Não fique de estômago vazio antes de dirigir nem coma demais. A primeira situação pode provocar tontura e a segunda sonolência;


Não dirija logo após tomar medicamentos para enjoos, também por causa da sonolência;


Evite dirigir nos dias muito quentes e nos de frio excessivo;


Evite trajetos longos;


Evite dirigir à noite;



 

Se houver volante móvel, coloque-o para cima e para frente, ao entrar e sair do automóvel.
“O estado emocional da grávida fica alterado. Ela está mais sensível, distraída, mais preocupada com a gestação e com o filho”, afirma a pediatra, neonatologista e psicanalista Miriam Ribeiro de Faria Silveira.

Dirceu Rodrigues Alves Junior, chefe do Departamento de Medicina de Tráfego Ocupacional da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), afirma que, se a mulher optar por continuar dirigindo, que faça isso, no máximo, até o quinto mês de gestação. “E que sejam trajetos curtos, porque há inúmeros fatores de risco.”

Diante da diversidade de opiniões, é importante que a gestante converse com o médico que cuida do seu pré-natal. Ele é a pessoa mais indicada para avaliar as condições físicas e psicológicas da mulher.

Fases da gestação

 

Problemas típicos dos primeiros meses da gravidez, como náuseas, vômitos, alterações de pressão arterial (subida ou queda) e aumento da sonolência, podem afetar a atenção e o reflexo da grávida que dirige.

Mesmo que a mulher passe pela gestação sem sentir nenhuma alteração física significativa, ela tem de levar em conta que o próprio trânsito –com sua agressividade, nível de ruído, estresse, asfalto irregular– vai repercutir sobre o seu corpo e o do bebê, podendo provocar contraturas das fibras musculares, problemas circulatórios, aumento da frequência cardíaca e afetar a aderência da placenta ao útero. “A postura de motorista também não é a mais ergonômica para quem tem uma barriga em crescimento”, afirma Alves Junior, da Abramet.
 
A partir do sexto mês, com o crescimento do volume abdominal e a proximidade com o volante, até mesmo pequenas desacelerações podem causar danos à futura mãe e ao feto, levando até ao parto prematuro. Também nessa fase, a ansiedade natural pelo nascimento da criança pode afetar o julgamento da mulher diante de situações de perigo iminente.


Dentro do carro

 

Obrigatório por lei e item indispensável à segurança, o uso do cinto vai requerer alguns cuidados especiais por parte da grávida motorista. Saber usá-lo é importante para evitar que, por exemplo, em uma frenagem brusca, tanto a mãe quanto o bebê se machuquem.

O recomendável é passar a faixa diagonal do cinto pelo meio do ombro e entre os seios, deixando-a na lateral do abdômen. O dispositivo não pode ser usado sobre a barriga, porque a pressão pode comprimir o útero. Também é necessário manter a faixa subabdominal tão baixa e ajustada quanto possível, ao longo dos quadris e na parte superior das coxas. O cinto não pode estar folgado, por isso nada de usar toalhas ou almofadas entre o equipamento e o corpo.

O assento da grávida deve ficar o mais distante possível do volante –com uma distância média de 15 a 20 centímetros–, mas com fácil acesso a ele e aos pedais. Os braços devem permanecer semiflexionados e a visão frontal tem de ser ampla.

Observando as orientações sobre a distância entre o assento e o volante, se o carro tiver "airbag", não o desative. Segundo a Abramet, o dispositivo protege em 100% dos casos de lesões traumáticas e viscerais quando combinado com o cinto de três pontos.

Autoescola

 

Não há no Código Brasileiro de Trânsito restrição à participação de gestante em aulas em autoescola e no exame para tirar a carteira de habilitação. Mas, de acordo com a Abramet, vale a recomendação de até o quinto mês de gravidez, desde que a mulher se sinta bem e confortável ao volante.

Segundo a entidade, os exames para tirar a habilitação podem gerar nervosismo e ansiedade. A futura mamãe, que já está naturalmente mais sensível, ficará ainda mais suscetível a ter problemas de pressão, alterações respiratórias e na frequência cardíaca, que serão sentidas também pelo feto.

Crianças com deficiência inventam formas de brincar



Gabriel Fernandes, 10, é fera no videogame, nem lembra quando perdeu um jogo de corrida pela última vez. Lamiss Taghlebi, 7, adora brincar de escolinha. Fernanda de Souza, 5, é a artilheira no futebol do seu quintal.

Além de craques da brincadeira, os três possuem outra coisa em comum: têm deficiência intelectual e física e andam de cadeira de rodas. "Criança sempre dá um jeito de brincar. Não importam as limitações", diz Lina Borges, terapeuta ocupacional da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente). 

Para driblar as deficiências, as atividades são adaptadas. No futebol, por exemplo, a bola é mais pesada para que role mais lentamente, e as crianças jogam sentadas no chão. 

Há duas semanas, durante o Teleton (evento do SBT que arrecada dinheiro para a AACD), Ivan Fontenelli, 4, andava pra lá e pra cá com seu skate. Com má formação das pernas e dos braços, é com ele que o menino se locomove. "Brinco de futebol, corrida, tudo. Tenho até duas namoradas", conta baixinho para a mãe não escutar. 

No próximo sábado, dia 1º, começa a 3ª Virada Inclusiva, organizada pelo governo de São Paulo em mais de 80 cidades, com lazer e esportes adaptados. Termina em 3/12, Dia Internacional da Pessoa com Deficiência (viradainclusiva.sedpcd.sp.gov.br).



SÃO PAULO, SP, BRASIL, 10-11-2012, 12h00: XXXXXX, é paciente da AACD, entidade ajudada pelo programa Teleton. (Foto: Lucas Lima/Folhapress, FOLHINHA) ***EXCLUSIVO FOLHA****
Lamiss Taghlebi, 7, que adora brincar de escolinha com as bonecas

Um refrigerante por dia aumenta risco de câncer de próstata, revela estudo

Homens que consomem o equivalente a uma lata de refrigerante por dia estão sujeitos a um risco maior de desenvolver câncer de próstata, segundo um estudo sueco anunciado nesta segunda-feira (26).

"Entre os homens que consomem uma grande quantidade de refrigerantes ou outras bebidas com adição de açúcar, constatamos um risco de câncer de próstata aproximadamente 40% maior", disse à AFP uma das autoras do estudo, Isabel Drake.

O estudo, que será publicado na próxima edição do American Journal of Clinical Nutrition, baseia-se no acompanhamento de mais de 8.000 homens da região do sul da Suécia, com idade entre 45 e 73 anos, durante uma média de 15 anos. Todos anotaram minuciosamente os alimentos e bebidas que ingeriram.

Aqueles que beberam um refrigerante (330 ml) por dia estiveram 40% mais propensos a desenvolver câncer de próstata, necessitando de tratamento.

Além disso, aqueles que tiveram uma dieta rica em arroz e massas apresentaram 31% mais chances de desenvolver formas mais benignas do câncer. Este risco foi aumentado em 38% para aqueles que ingeriram grandes quantidades de açúcar no café da manhã, relatou a pesquisadora.

Estudos anteriores já haviam indicado que os chineses e os japoneses que viviam nos Estados Unidos, o maior consumidor de refrigerantes do mundo, desenvolveram câncer de próstata com mais frequência do que os compatriotas que permaneceram em seu país.

Uma pesquisa aprofundada sobre a resposta a diferentes dietas de acordo com a genética torna possível "adaptar as recomendações em termos de comida e bebida para certos grupos de alto risco", considerou Drake.

Pressão arterial elevada é ligada a mudanças no cérebro

A pressão arterial elevada pode causar alterações cerebrais prejudiciais em pessoas com menos de 40 anos, sugere um estudo.

No relatório, publicado no periódico Lancet Neurology, pesquisadores mediram a pressão arterial em 579 homens e mulheres cuja média de idade era 39 anos, e em seguida examinaram seus cérebros com ressonância magnética.

Depois de incluir dados como tabagismo, tratamento de hipertensão arterial e volume craniano total, eles descobriram que a maior pressão arterial sistólica – a forma mais comum de hipertensão – estava associada à diminuição do volume da substância cinzenta e a uma lesão significativa da substância branca. Além disso, verificou-se uma relação dose-resposta: quanto maior a pressão sanguínea, maiores as mudanças visíveis.

Essas alterações também ocorrem em pessoas com mais de 55 anos que possuem pressão alta, e são associadas a uma diminuição do desempenho cognitivo. Essencialmente, esses jovens com pressão alta apresentavam cérebros mais velhos do que sua idade cronológica.

Os autores reconhecem que os indivíduos que participaram do experimento eram na maioria voluntários caucasianos saudáveis, e que o estudo representa um cenário momentâneo, e não uma visão de longo prazo.

O autor, Charles Decarli, neurologista da Universidade da Califórnia, Davis, pediu cautela. "A maioria das pessoas nessa idade não possui sintomas, mesmo quando têm pressão alta", disse ele. "Meça sua pressão arterial quando você for jovem, e trate-a se necessário."

Azeite faz bem ao paladar e à saúde; saiba escolher o melhor produto

                           Além do já comprovado efeito positivo para o coração, o azeite ainda tem o poder de adiar o envelhecimento
Além do já comprovado efeito positivo para o coração, o azeite ainda tem o poder de adiar o envelhecimento
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Imprescindível na salada e delicioso no macarrão, um bom azeite de oliva torna qualquer prato muito mais saboroso. Mas a estrela das receitas mediterrâneas vai muito além de um precioso tempero, já que especialistas garantem sua ação benéfica para o organismo - o alimento ajuda a prevenir especialmente as doenças cardiovasculares.

Segundo o médico cardiologista Maurício Jordão, do Hospital Samaritano de São Paulo, o azeite é praticamente isento de gordura saturada – aquela que é maléfica para o coração por aumentar os níveis do LDL, que é o “colesterol ruim”. Por outro lado, ele é fonte de gordura monoinsaturada que, por sua vez, diminui o LDL e aumenta o HDL –  chamado de “colesterol bom”.


As variedades de azeite virgem e extravirgem – os mais puros – também apresentam altas concentrações de vitamina E, betacaroteno e polifenóis. E, de acordo com  Jordão, é justamente essa associação de compostos que parece ser a responsável pela ação antioxidante e anti-inflamatória do azeite.
 
A nutricionista Juliana Ruas Dal’Mas, do Hospital Sírio Libanês, de São Paulo, reforça: “O azeite é rico em poliferóis, que previnem oxidações biológicas, reduzindo a formação de radicais livres. Estes, por sua vez, são muito nocivos à saúde, pois são responsáveis pelo envelhecimento e por doenças degenerativas”. Ela ainda destaca mais benefícios: “Ajuda na absorção das vitaminas lipossolúveis e na função imunológica”.

Claro que não podemos deixar os cuidados com o coração só por conta das refeições regadas a um bom azeite.  “A medida mais efetiva para elevar os níveis de HDL, o colesterol bom, ainda é a prática regular de exercícios físicos aeróbicos”, lembra Jordão.


A melhor escolha


A chef e especialista em azeites Alessandra Abud, do Gaeta Masseria, de São Paulo, também ressalta os seus benefícios para a saúde: “Além do já comprovado efeito positivo para o coração, ele ainda tem o poder de retardar o envelhecimento. E mais: há quem diga que reduz os níveis de obesidade”.  Mas há uma dose diária recomendada: “Use duas colheres de sopa diariamente em suas refeições. Essa é a quantidade indicada pelos especialistas, em geral, e é também o ideal para aromatizar pratos e saladas ao longo de um dia”, ensina Abud.

Dal’Mas concorda que esta é a porção diária adequada e, como nutricionista, faz questão de comentar sobre os cuidados com a ingestão: “O azeite é bem-vindo nas refeições, faz bem à saúde e, de fato, está no ranking de alimentos essenciais ao cardápio de quem quer ter uma vida mais saudável. Porém, é preciso controlar o consumo, já que também é calórico. Trata-se de um óleo e possui muitas calorias, como qualquer outro. E o exagero nunca é bom, mesmo no caso de alimentos saudáveis. Assim, mais do que duas colheres de sopa ao dia pode resultar em alguns quilinhos a mais”, alerta.

Particularmente, a chef paulistana prefere o azeite extravirgem frutado intenso. “Nas saladas, nos preparos dos pratos e também na hora de servir, é sempre indicado colocar um fio de azeite, o suficiente para conferir sabor e aroma deliciosos”.

Na hora da escolha, no entanto, a dona da Gaeta Masseria lembra que cada azeite possui seu grau de acidez e é preciso observar essa informação no rótulo das embalagens. “O extravirgem, por exemplo, não pode passar de 0,8% de acidez”. Então, quanto menor o grau, melhor o produto. Hoje em dia já é bem fácil encontrar nas prateleiras dos supermercados azeites de excelente qualidade, a preços competitivos e com grau 0,3% de acidez.

“A origem do azeite também pode ser observada, a fim de garantir a melhor qualidade”, explica a chef. “O melhor é adquirir azeites com a denominação de origem protegida (DOP), uma certificação que assegura que o produto é feito sob supervisão e regras definidas para colheita e produção”, orienta.


Saiba um pouco mais sobre o azeite e faça a melhor escolha

 

                          
 - "O azeite de oliva é rico em fenóis (antioxidantes) e em ácido graxo monoinsaturado, sendo que o último atua no aumento da taxa do colesterol "bom" (HDL), benéfico para as artérias", explica Maurício Jordão, cardiologista do Hospital Samaritano de São Paulo Fernando Moraes/Folha Imagem
 
 
 
                             
 - Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) indicam que, a cada ano, 17,3 milhões de pessoas morrem em todo o mundo vítimas de doenças cardiovasculares. A estimativa é que, em 2030, o total de mortes possa chegar a 23,6 milhões. Apesar de todos os avanços, as doenças cardiovasculares ainda são a principal causa de morte em todo o mundo. "Daí a importância cada vez maior de se encontrar alternativas para prevenir o aparecimento de qualquer problema cardiovascular", avisa o cardiologista Maurício Jordão, do Hospital Samaritano de São Paulo. Assim, hábitos alimentares saudáveis são muito importantes e o azeite, quando bem utilizado, traz muitos benefícios Thinkstock
 
 
 
                             
 - Claro que consumir azeite não basta para cuidar do coração. É sempre bom lembrar que a prática regular de exercícios físicos aeróbicos é a medida mais efetiva para elevar os níveis de HDL, o "colesterol bom", orienta o cardiologista Maurício Jordão, do Hospital Samaritano de São Paulo. Exercícios aliados a uma alimentação equilibrada são os principais passos para quem quer se manter saudável Ricardo Nogueira/Folhapress
 
 
 
                             
- Muita gente diz que não faz bem à saúde aquecer o azeite. A nutricionista Juliana Ruas Dal"Mas, do Hospital Sírio Libanês, concorda. Ela diz que, ao fazer isso, o azeite perde suas propriedades: "Elas oxidam na presença do calor e da luz. O azeite aguenta uma temperatura de até 175º C. Mais do que isso e em grandes quantidades pode até pode provocar irritação da mucosa gastrointestinal e diarreia", alerta Thinkstock
 
 
 
                              
 - Cuidado: "O azeite composto é misturado com outros tipos de óleo, que são mais ricos em gorduras saturadas, prejudiciais para o organismo se consumidas em excesso. Em alguns desses produtos compostos, somente 10% são azeite. E esses óleos não trazem tantos benefícios para o organismo como o azeite", alerta a nutricionista Juliana Ruas Dal"Mas, do Hospital Sírio Libanês Divulgação
 
 
 
 
 - Dizem que azeite é como vinho: quanto mais velho, melhor. Mas isso é um mito. "O azeite é melhor quando novo, porque muitas de suas propriedades se oxidam na presença de calor e luz", conta a nutricionista Juliana Ruas Dal"Mas, do Hospital Sírio Libanês Eduardo Knapp/Folhapress
 
 
                      
 - O azeite extravirgem é o melhor de todos os óleos, porque possui grande quantidade de gordura monoinsaturada. "Nosso organismo precisa de gordura, principalmente para absorver algumas vitaminas lipossolúveis, como A, D, E e K, e a gordura monoinsaturada é a mais saudável, pois atua na prevenção de problemas cardiovasculares. Mas atenção: azeite perde os benefícios ao ser utilizado em frituras, porque não pode ser aquecido a altas temperaturas. "Nesse caso, é melhor usar o óleo de soja, que pode chegar a 240º C sem formar compostos tóxicos", diz a nutricionista Juliana Ruas Dal"Mas, do Hospital Sírio Libanês Flavio Florido/Folhapress
 
 
 
                       
 - A maior vantagem do azeite extravirgem não está no sabor ou na cor. "Ele possui maior quantidade de polifenóis, que previnem oxidações biológicas, reduzindo a formação de radicais livres. Estes, por sua vez, são muito nocivos à saúde, pois são responsáveis pelo envelhecimento e por doenças degenerativas", avisa a nutricionista Juliana Ruas Dal"Mas, do Hospital Sírio Libanês Rodrigo Mendes/Folha Imagem
 
 
 
                       
 - Para escolher o melhor azeite, observe rótulos e contrarrótulos dos produtos importados pelo Brasil. Um azeite embalado na origem é garantia de procedência e qualidade. Assim, fique atento às palavras "produzido" ou "engarrafado". "No primeiro caso, trata-se de um azeite produzido no local onde foi engarrafado. Já no segundo caso, trata-se de um azeite de procedência desconhecida", diz a nutricionista Juliana Ruas Dal"Mas, do Hospital Sírio Libanês Thinkstock
 
 
 
                        
- Quanto à embalagem, existem controvérsias sobre o uso de latas, mas uma coisa é certa: "A embalagem do azeite deve ser bem vedada e de cor escura", ensina a nutricionista Juliana Ruas Dal"Mas, do Hospital Sírio Libanês Fernando Moraes/Folha Imagem
 
 
 
                          
- Um bom azeite precisa ter baixa acidez e bom sabor. Porém, a acidez não tem relação com a intensidade do sabor, avalia a nutricionista Juliana Ruas Dal"Mas, do Hospital Sírio Libanês Gabriela Athias/Folhapress
 
 
 
                           
 - "A cor do azeite não está diretamente ligada ao seu sabor, aroma ou qualidade, uma vez que ela depende do tipo e do estado de maturação da azeitona. Um azeite verde é obtido da prensagem de azeitonas ainda verdes, enquanto um azeite dourado provém da prensagem de azeitonas maduras. Além disso, o azeite é geralmente obtido a partir de uma mistura de variedades de azeitonas, com diferentes graus de maturação", ensina a nutricionista Juliana Ruas Dal"Mas, do Hospital Sírio Libanês Divulgação
 
 
 
                            
 - Dentro da ampla gama de azeites disponíveis no mercado, eleja o seu em função da maneira como vai utilizá-lo na cozinha e do seu gosto pessoal. Cada um tem características próprias, e isto não quer dizer que um seja melhor do que o outro. "Com o uso frequente, é possível aprender a selecionar um azeite até mesmo pelo aspecto sensorial", conta a nutricionista Juliana Ruas Dal"Mas, do Hospital Sírio Libanês Adriano Vizon/Folhapress
 
 
 
                         
 - O azeite é um óleo e, portanto, possui muitas calorias, como qualquer outro. Assim, deve-se evitar o consumo exagerado. "Mesmo os alimentos mais saudáveis devem ser ingeridos moderadamente. Duas colheres de sopa por dia é a quantidade máxima recomendada", indica a nutricionista Juliana Ruas Dal"Mas, do Hospital Sírio Libanês Thinkstock
 
 
 
                        
- Azeite de oliva e azeite de dendê são totalmente diferentes, em benefícios, sabor e cor. "O azeite de dendê possui gordura saturada. A única vantagem do tradicional ingrediente baiano é a quantidade maior de vitamina A, importante para a visão. Nos demais benefícios, o azeite de oliva é o campeão", ensina a nutricionista Juliana Ruas Dal"Mas, do Hospital Sírio Libanês Thinkstock
 
 
 
                
- "Aromatizar um bom azeite (extravirgem e de baixa acidez) não muda suas qualidades, desde que o processo de aromatização seja industrial e não caseiro", afirma a nutricionista Juliana Ruas Dal"Mas. Já a chef Alessandra Abud, do Gaeta Masseria, afirma: "Azeites aromatizados são interessantes. Isso porque, com a adição de ervas e especiarias, é possível tornar um azeite ainda mais especial. A qualidade não sofre interferências, desde que se escolha um produto de boa qualidade, de preferência de oliva extravirgem" Divulgação

Se você sofre com gases, entenda o problema e veja dicas para se livrar deste incômodo


Acredita-se que produzimos cerca de três litros de gases ao dia e que de 15 a 20 eliminações de flatos são realizadas por todos, diariamente; porém, em alguns indivíduos esta quantidade é ainda maior

Acredita-se que produzimos cerca de três litros de gases ao dia e que de 15 a 20 eliminações de flatos são realizadas por todos, diariamente; porém, em alguns indivíduos esta quantidade é ainda maior 

O tema é delicado – pois provoca vergonha e acomete muitas pessoas em diferentes ocasiões. Estamos falando dos gases intestinais, originários do ar que engolimos (aerofagia) ou da fermentação de restos alimentares, no intestino, pelas bactérias que normalmente o habitam.

“O problema aparece, na maioria das vezes, por causa dos carboidratos não digeridos, que acabam fermentados pelas bactérias”, explica o médico gastroenterologista José Antonio Flores da Cunha, da Clínica São Vicente (Gastro Gávea), no Rio de Janeiro.
 
Ele ressalta que a presença de gases no intestino, assim como sua eliminação por meio de ‘flatos’, é considerada normal – embora fonte de tanto desconforto e embaraço. “Algumas pessoas apresentam uma quantidade maior do problema, que pode causar dor e distensão no abdômen, além de situações de constrangimento. Em geral, são as que priorizam uma alimentação rica em itens sujeitos a maior fermentação”, salienta o gastroenterologista. Na verdade, todos nós produzimos gases quando engolimos ar ou durante a digestão.

“Acredita-se que cerca de 3 litros são produzidos ao dia e que de 15 a 20 eliminações de flatos são realizadas por todos, diariamente. Porém, em alguns indivíduos esta quantidade é ainda maior, o que pode ter a ver com a dieta, como já foi dito, ou predisposição genética ou adquirida, como no caso de intolerância à lactose do leite e ao glúten.” Quando isso acontece, ao ingerir leite e derivados e itens com glúten, a digestão não se dá de forma satisfatória, causando gases e até diarreia.


Algumas medicações, como antibióticos que alteram a flora intestinal ou remédios para diabetes, ou mesmo o estresse favorecem o surgimento do problema, conforme diz Liliane Oppermann, médica nutróloga e ortomolecular, professora da pós-graduação de Medicina Ortomolecular na Fundação de Apoio à Pesquisa e Estudo na Área da Saúde (Fapes).


“Muitos alimentos não são processados adequadamente pela mastigação ineficiente, forma e velocidade com que se come, falta de enzimas digestivas, alterações no pH local e estado emocional, levando a uma fermentação exacerbada.” E tem mais: a falta de atividade física influencia negativamente. “O sedentarismo prejudica o trânsito intestinal, assim como o hábito de ficar muito tempo sentado”, observa o gastroenterologista Rogério Toledo Júnior.

 
Alimentos que devem ser evitados


Veja a lista feita pela nutricionista da Abeso, Fernanda Pisciolaro:

  • Leite e creme de leite
  • Café, chá preto, chá verde e chá mate
  • Pães com miolo, pães muito fermentados (como panetone, caseiros e croissants), bolachas e biscoitos doces recheados, biscoitos amanteigados
  • Verduras e legumes fermentativos: acelga, alho cru, batata-doce, beterraba, brócolis, cebola, couve-flor, couve-manteiga, pepino, pimentão, rabanete e repolho
  • Frutas fermentativas: ameixa, banana nanica ou ouro, caju, caqui, goiaba com semente, jabuticaba, jaca, melancia, melão, morango e uva
  • Tortas e massas com muito fermento ou gordurosas
  • Feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico, milho e soja
  • Carnes gordas: acém, carneiro, costela, músculo, porco e vitela
  • Frios e embutidos: bacon, linguiça, mortadela, presunto, salame e salsicha
  • Bebidas alcoólicas e gasosas, como água com gás, cerveja e refrigerantes
  • Açúcar, doces e bolos
  • Chicletes
  • Chocolates e achocolatados
  • Condimentos: catchup, molho shoyo, molho inglês, mostarda, picles, pimenta-do-reino e pimenta-vermelha
  • Sopas industrializadas, temperos prontos em pó, caldo de carne industrializado
  • Frituras, itens à milanesa, banha e gorduras em geral
 
 
Alimento determina odor


A pergunta que não quer calar: e o que dizer do cheirinho nada agradável desses indesejados gases? A diferença no "aroma", que pode variar de alguns praticamente inodoros a outros super malcheirosos, se deve basicamente ao tipo de alimento ingerido. “Os mais fortes são oriundos da ingestão de itens que contêm enxofre, como algumas comidas em conserva, ovos e rabanete. Mas, é bom destacar, cada caso é um caso, e há variação de resultados de acordo com o indivíduo”, diz Flores da Cunha. “Vegetais como repolho, nabo e couves também costumam liberar enxofre, assim como os grãos apresentam muitos compostos sulfurosos”, completa Oppermann.


Importante: quando a ocorrência exagerada causa sintomas persistentes – como dor abdominal – ou coloca o sujeito em situação embaraçosa frequentemente, é bom consultar um especialista: clínico geral, gastroenterologista, nutrólogo ou nutricionista. Conforme informa José Antonio Flores da Cunha, existem medicações para diminuir a distensão provocada pelos gases, meios de mudar a flora intestinal – com pré e probióticos, por exemplo – e, principalmente, tratamento por meio da reeducação alimentar.
 
Ele faz uma lista dos itens que mais levam a culpa: leguminosas, como feijão, lentilha e ervilha, porque são ricas em carboidratos; itens que contêm sorbitol, como adoçantes e enlatados, e frutose; bebidas gasosas, alcoólicas ou não; e, claro, leite e derivados em quem tem intolerância à lactose. “Deve-se, evitar, sempre, um cardápio rico em carboidratos. E ficar atento a hábitos que pioram o quadro, como comer rapidamente e mastigar pouco; ingerir poucas fibras, porque pode levar à prisão de ventre; e falar muito durante as refeições, engolindo ar.” Liliane Oppermann ainda acrescenta as frituras e itens com açúcar ou que levam muito fermento na fórmula.


Alimentos que produzem menos gases


  • Leite de soja, suco de soja e iogurte
  • Café descafeinado
  • Torradas, biscoitos salgados com pouca gordura, biscoito de polvilho
  • Pães: integral, sírio, sueco e francês sem miolo
  • Queijos magros (minas, ricota, cottage, mussarela)
  • Sopas caseiras à base de carnes e legumes
  • Carnes magras, cozidas, assadas ou grelhadas
  • Verduras cozidas (agrião, almeirão, chicória, escarola, espinafre)
  • Legumes cozidos (abóbora, abobrinha, batata, berinjela, cará, cenoura, chuchu, cogumelo, inhame, mandioquinha e tomate sem pele e sem semente)
  • Frutas cruas ou cozidas (banana-maçã, laranja-lima, maçã, mamão, pera, pêssego, nectarina)
  • Gelatina

Temperos como azeite, limão, salsa, sal, vinagre e óleo vegetal


Intestino lento é problema


Até o metabolismo pode ter a ver com o distúrbio. “Indivíduos com ritmo intestinal vagaroso e constipação tendem a permanecer mais tempo com restos alimentares no interior do órgão. Consequentemente, há maior exposição às bactérias e fermentação”, diz o gastroenterologista. Indagado se existem alimentos que combatem os gases, Flores da Cunha diz que o ideal é manter uma dieta balanceada, sem exagero de carboidratos e leguminosas, e com muitos itens ricos em fibras. “Os iogurtes, por causa dos probióticos, chás como os de erva-doce e cidreira, e itens enzimáticos, como mamão papaia e abacaxi, podem ajudar”, completa Liliane Oppermann.

Fernanda Pisciolaro, membro do departamento de psiquiatria e transtornos alimentares da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), cita os alimentos que estão associados à menor produção gasosa – e, portanto, podem entrar no menu de quem quer manter os gases sob controle: leite de soja, suco de soja e iogurte; café descafeinado; torradas, biscoitos salgados com pouca gordura, biscoito de polvilho; pães integral, sírio, sueco e francês sem miolo; queijos magros (minas, ricota, cottage, mussarela); sopas caseiras à base de carnes e legumes; carnes magras, cozidas, assadas ou grelhadas; verduras cozidas (agrião, almeirão, chicória, escarola, espinafre); legumes cozidos (abóbora, abobrinha, batata, berinjela, cará, cenoura, chuchu, cogumelo, inhame, mandioquinha e tomate sem pele e sem semente); frutas cruas ou cozidas (banana-maçã, laranja-lima, maçã, mamão, pêra, pêssego, nectarina); gelatina; e temperos como azeite, limão, salsa, sal, vinagre e óleo vegetal.

Conheça algumas dicas para manter os gases à distância

 

                   
 - Procure manter uma dieta adequada, que inclua todos os grupos necessários, gorduras, carboidratos, proteínas, fibras, de forma balanceada. "O ideal é procurar um nutricionista para reeducação alimentar", sugere o gastroenterologista José Antonio Flores da Cunha Shutterstock
 
 
 
                  
- Pratique exercícios físicos com regularidade, o que ajuda a conservar um ritmo intestinal normal, evitando a prisão de ventre. "Fortalecer a musculatura abdominal é recomendável", diz a nutróloga Liliane Opperman Think Stock
 
 
 
                  
 - Beba bastante líquido durante o dia, principalmente quando o clima estiver quente. "Este cuidado também auxilia no trânsito intestinal, diminuindo o tempo de permanência de restos alimentares no órgão e sua consequente fermentação", explica o gastroenterologista Antonio Flores da Cunha Thinkstock
 
 
 
                    
- Não exagere na ingestão de bebidas gaseificadas, como chope, cerveja, refrigerantes e água gasosa Thinkstock
 
 
 
                  
 - Evite o consumo excessivo dos alimentos que sabidamente provocam gases. "Mas lembre-se de que há diferenças entre cada indivíduo, e um item problemático para um pode não ser para outro. Então, vale observar como seu organismo reage", sugere o gastroenterologista Flores da Cunha. A nutricionista Fernanda Pisciolaro aconselha tomar chás, como o de erva-doce, sem açúcar, ao longo do dia, bem como iogurtes, por causa dos lactobacilos que recompõem a flora intestinal Getty Images
 
 
 
                    
- Mastigue bem o que comer, "pois a digestão começa na boca, com o auxílio da saliva". De acordo com o médico da Clínica São Vicente, os alimentos que chegam ao intestino mal digeridos são mais fermentados pelas bactérias locais Thinkstock
 
 
 
                    
 - Não fale em demasia durante as refeições. Uma grande quantidade de ar acaba "entrando" junto com a comida Getty Images
 
 
 
                    
 - Controle o estresse. "Quem vive sob tensão tem alterações no pH que comprometem a digestão", salienta a nutróloga Liliane Oppermann. Da mesma forma, não deixe que a ansiedade tome conta de você. "Pessoas ansiosas comem rapidamente e não mastigam direito, o que leva a uma sobrecarga do tubo digestivo" Thinkstock
 
 
 
                    
 - Não beba muito líquido durante as refeições, pois isso dilui as enzimas e dificulta a digestão Roberto Assunção/Folha Imagem
 
 
 
                       
- Tente ter horários regulares para comer, "sem ficar muito tempo em jejum", diz gastroenterologista Rogério Toledo Júnior. Fernanda Pisciolaro, nutricionista da Abeso, recomenda fracionar as refeições a cada duas ou três horas, totalizando de cinco a seis por dia. "Coma, sempre, pequenas quantidades" Shutterstock
 
 
 
                    
- Fique sentado após as refeições, e não deitado. "Não jante perto da hora de dormir, o ideal é ter um intervalo de três horas. E, se necessário, eleve a cabeceira da cama ao deitar-se", diz a nutricionista da Abeso ThinkStock
 
 
 
             
 - Caso haja desconfiança de um problema maior por trás do quadro, procure um especialista para investigação profunda. "É possível que haja intolerância à lactose e ao glúten, ou alguma outra razão, o que exigirá medidas médicas", sustenta o gastroenterologista Flores da Cunha, enfatizando que em hipótese alguma a pessoa deve se automedicar Thinkstock