segunda-feira, julho 08, 2013

Especialista destaca importância de diagnóstico da hepatite C pela rede pública

Os Estados Unidos recomendam que todas as pessoas nascidas entre os anos de 1945 e 1964 façam teste de hepatite. Essa faixa de idade é conhecida como Geração Baby Boomer. São pessoas que nasceram a partir de uma explosão populacional após a Segunda Guerra Mundial. O Departamento de Saúde decidiu criar uma força-tarefa para fazer os testes que podem indicar a contaminação em todas as pessoas nascidas entre 1945 e 1965.

O professor gastroenterologista e hepatologista, Hugo Cheinquer, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), disse que estudos realizados nos Estados Unidos indicam que cerca de 80% dos infectados pelo vírus C da hepatite se encontram nessa faixa de idade.
"Essas pessoas estavam em risco de infecção pelo comportamento da faixa etária, de mais transfusões de sangue e uso de drogas a partir da década de 60. O período pegou todas as modas que foram passando e se infectou mais que os outros. Oitenta por cento das pessoas com vírus C, nos Estados Unidos, estão nessa faixa etária", explicou.
O médico informou que as estatísticas brasileiras podem ser diferentes, até porque não há estudos populacionais suficientes para verificar se os infectados com vírus C, no país, nasceram no período da Geração Baby Boomer. Ainda assim, ele considera importante fazer uma avaliação entre os pacientes no Brasil, para verificar a faixa de idade.
"Até hoje, tudo que os Estados Unidos tem descoberto com relação ao vírus C tem se aplicado no Brasil. Então, eu acho que no Brasil funcionaria também essa estatística", disse.
No país, embora o tratamento da doença tenha evoluído, a partir de junho, com a criação de centros para implantar o uso de medicamentos mais eficientes e modernos, o especialista apontou que a rede de atendimento no Brasil ainda é precária.
"Uma coisa é descobrir as pessoas que têm o vírus outra é ter uma estrutura preparada no país para receber estas pessoas e tratá-las", explicou o professor da UFRGS. Segundo ele, a estimativa, no Brasil, é que existam 2 milhões de pessoas infectadas pelo vírus C. Destes, 150 mil foram diagnosticados, acrescentou.
Hugo Cheinquer disse que hepatite C tem cura se diagnosticada e tratada precocemente. Ele informou que os dados do Ministério da Saúde indicam que cerca de 2 milhões de brasileiros estão infectados. O problema, segundo o médico, é que a maior parte nem sabe que tem a doença, classificada por ele, como silenciosa. "[A doença] começa a aparecer nas fases finais com uma cirrose ou um câncer", acrescentou.

Coceira no pênis após relações pode ter várias causas, diz Jairo Bouer


O médico e colunista do UOL Jairo Bouer responde a dúvida de internauta cujo parceiro reclama por sentir coceira no pênis toda vez que tem relações. Ela diz que já foi ao ginecologista e nenhum problema foi detectado. "O que posso fazer para ajudá-lo?", pergunta.
Jairo diz que existem várias hipóteses para o problema: uma candidíase (e então ambos têm de se tratar), ou uma alergia ao tipo de camisinha usado. Ainda existe a possibilidade de o sujeito ter alergia a algum elemento específico da vagina da parceira, o que poderia melhorar com o uso do preservativo. "A primeira coisa é procurar o médico e pensar em algum tipo de infecção", recomenda.
Outro internauta diz que a camisinha "trava" embaixo da glande. O médico explica que o problema pode ser resolvido por um preservativo maior. "Precisa checar se você está colocando a camisinha corretamente", sugere, também, o colunista. A terceira hipótese é alguma inflamação na glande, que deve ser checada por um médico.
A última pergunta enviada é de uma mulher preocupada com uma secreção amarelada que tem aparecido na cueca do marido. Ela tem receio de que ele a esteja traindo. Jairo responde que isso pode ser, sim, um sinal de DST (Doença Sexualmente Transmissível). Mas não dá para saber se é fruto de traição. Isso porque ele pode ter contraído algo da própria mulher - nela não houve sintomas, mas nele, por uma questão de imunidade, pode ter havido.

Brasil testará coquetel anti-Aids preventivo




O uso de medicamentos antirretrovirais para prevenir a infecção por HIV - a chamada terapia pré-exposição - será testado no país.Um estudo coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz, com participação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e do Centro de Referência e Treinamento DST-Aids, da Secretaria de Saúde de São Paulo, acompanhará, por um ano, 500 voluntários homens que fazem sexo com homens e travestis.
"O estudo avaliará como colocar em prática essa estratégia: a melhor forma de acompanhar a população que usa o medicamento, como preparar as equipes de saúde", disse a coordenadora da pesquisa, Beatriz Grinsztejn. 
Os resultados podem ajudar a dar mais elementos para o governo avaliar a adoção da terapia no país. O Estado havia antecipado a intenção do diretor do Departamento de DST-Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita, de avaliar a adoção da estratégia. 
A eficácia da profilaxia pré-exposição já foi comprovada por vários estudos. Um deles teve participação de pesquisadores da Fiocruz, Universidade Federal do Rio de Janeiro e Universidade de São Paulo. Segundo os trabalhos, grupos que seguiram a terapia não se infectaram com o HIV. 
O recrutamento dos voluntários começará em agosto. Cartazes com "Um comprimido por dia pode prevenir HIV/Aids" serão espalhados por locais frequentados pela comunidade gay. O medicamento usado, uma combinação de antirretrovirais, não é ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS)

Procura por cirurgia plástica aumenta 60% no inverno; veja mitos sobre o tema



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    Os procedimentos cirúrgicos devem ser realizados após uma avaliação e preparação minuciosa
    Os procedimentos cirúrgicos devem ser realizados após uma avaliação e preparação minuciosa


A demanda por cirurgias plásticas aumenta 60% entre os meses de junho a agosto, segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). E são várias as razões para o fenômeno: em primeiro lugar, o sol fica proibido para não prejudicar o processo de cicatrização; em segundo, o uso de cintas modeladoras, recomendado em vários tipos de intervenções, é menos incômodo com as temperaturas amenas; por fim, é período de férias, o que torna mais fácil encarar a operação.
"Para quem já está pensando em agendar a sua, vale tomar uma série de medidas antes – da escolha do profissional aos cuidados pós-operatórios que devem ser seguidos rigorosamente", salienta Luiz Eduardo Mendonça Pereira, membro da SBCP, cirurgião plástico da Clínica Bertolini, em São Paulo. 


Cuidados médicos: o que importa


De acordo com dados da entidade, as cirurgias mais procuradas neste período são a colocação de prótese de silicone e a lipoaspiração. Em 75% dos casos, a opção é por uma intervenção que combine os dois procedimentos. E, embora possa ser mais cômodo para o paciente se operar no inverno, a verdade é que não há uma época mais propícia para se submeter a uma cirurgia plástica.
"Não existe uma temporada melhor ou pior. Seja no verão ou no inverno, as chances de sucesso são as mesmas se o paciente seguir todas as orientações médicas do pré e pós-operatório", sustenta Gustavo Tilmann, especialista em cirurgia plástica pelos Conselhos Regional e Federal de Medicina, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. 
Com ele concorda Victor Hugo Lara Cardoso de Sá, cirurgião plástico especialista pela SBCP, professor voluntário da Faculdade de Medicina do ABC, membro da equipe de cirurgia plástica do Hospital Santa Catarina, em São Paulo. "As intervenções podem e são realizadas durante todo o ano. O que ocorre é que, pelas citadas 'vantagens' – como a utilização mais fácil de cintas e malhas elásticas no pós-operatório –, algumas pessoas preferem agendar neste período. Mas, em termos de resultado, não haverá diferença se as condutas forem adequadas." 


Médico: bem formado e indicado 


De um fato, não há dúvida: a cirurgia plástica está cada vez mais acessível e desmistificada. "Um indivíduo estará apto a se submeter a um procedimento deste tipo desde que esteja em boas condições de saúde, física e psicológica. E também, claro, desde que todos os exames necessários o qualifiquem", salienta Gustavo Tilmann. 
É imprescindível procurar um bom médico, com boa formação e que esteja ligado a alguma entidade do setor, de preferência indicado por alguém de confiança. Isso porque algumas doenças preexistentes, como diabetes, hipertensão arterial e colesterol alto, têm de estar sob controle para que a pessoa possa realizar a cirurgia. 
Os únicos veículos que permitem verificar a habilitação do cirurgião plástico à especialidade são o Conselho Regional de Medicina (CRM) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). "Não basta conhecer alguém que tenha operado com o médico, vale a pena procurar saber se possui uma formação adequada", adverte Cardoso de Sá. 
Quando você opta por um membro da Sociedade, garante que será atendido por um médico que completou um treinamento em cirurgia de no mínimo cinco anos, sendo três deles em plástica; que está treinado para realizar todo tipo de cirurgia plástica; que atua sob um código estrito de ética; e, por fim, que apenas opera em instalações médicas credenciadas, informa Pereira. 
"Os perigos ligados ao paciente e à anestesia são minimizados com uma avaliação pré-operatória adequada e com a visita pré-anestésica, em que o anestesista conversa com a pessoa e seus familiares para esclarecer dúvidas e conferir exames", explica Cardoso de Sá. 
"Como todo procedimento cirúrgico, a plástica também traz riscos envolvendo o procedimento anestésico (alergias, arritmias cardíacas, alterações de pressão arterial), cicatrizes desfavoráveis, sangramentos, acúmulo de líquidos, má cicatrização, alteração de sensibilidade, assimetrias, disfunções de pigmentação, trombose venosa profunda e complicações cardíacas e pulmonares. Para minimizar os mesmos, é importante quatro medidas: a escolha de um cirurgião de confiança, uma instalação médica que cumpra todos os parâmetros de segurança, a avaliação pré-operatória completa e, por fim, que se siga as recomendações pós-operatórias", complementa Pereira. 


Estética e reparadora 


Há dois tipos de cirurgia plástica: a estética, em que a pessoa escolhe fazer e marca a data; e a reparadora, que também pode ser eletiva mas, muitas vezes, é de urgência (após um acidente, por exemplo). 
"No primeiro caso, o paciente passa por um processo de avaliação pré-operatória que analisa as condições clínicas, autorizando ou não a realização. No segundo, em situações de emergência, a abordagem pode ser mais rápida, fazendo com que os benefícios sejam maiores do que os riscos. De qualquer forma, a apreciação individualizada de cada caso é importantíssima. Felizmente, a evolução constante de procedimentos, medicamentos anestésicos e materiais cirúrgicos proporcionam uma segurança cada vez maior para pacientes e médicos", reflete Victor Hugo Lara Cardoso de Sá. 
Os procedimentos cirúrgicos devem ser realizados após uma avaliação e preparação minuciosa e, mesmo assim, não estão isentos de riscos. "Geralmente, várias condições só são encontradas em um centro cirúrgico hospitalar, como monitorização cardíaca (como se fosse um eletrocardiograma contínuo), acompanhamento da oximetria (oxigenação do sangue), presença de aparelho de ventilação mecânica (respirador), medicamentos e equipamentos adequados às normas de segurança. E é nestes locais, também, que há equipes bem treinadas e habituadas a situações de urgência e emergência", destaca Cardoso de Sá. 
É importante lembrar que a plástica não realiza milagres, mas sim uma busca constante pela satisfação dos pacientes, diz o médico Victor Hugo Lara Cardoso de Sá. "Assim, é de extrema importância o entendimento das aspirações e queixas de cada um pelo doutor, visando o melhor tratamento para cada caso. Ele deve informar, de forma clara, sobre riscos, benefícios e, principalmente, limitações do procedimento". 
As intervenções ajudam, "mas não vão transformar a vida do indivíduo se este não adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e rotina de atividade física", finaliza Tilmann.

Dormir sete ou mais horas por dia faz bem ao coração, diz estudo


Um estudo holandês sugere que sete ou mais horas de sono por dia podem trazer benefícios para o coração quando combinadas a um estilo de vida saudável.
De acordo com a pesquisa, seguir uma dieta saudável, não fumar, beber com moderação e fazer exercícios regularmente podem reduzir o número de mortes causadas por doenças cardiovasculares, mas mais vidas poderiam ser salvas se, junto a isso, as pessoas tivessem uma boa noite de sono. 
A equipe, da Universidade de Wageningen e do Instituto Nacional de Saúde Pública e Meio Ambiente da Holanda, acampanhou o estado de saúde de mais de 14 mil homens e mulheres durante uma década. 
Ao final do estudo, publicado no European Journal of Preventive Cardiology, 600 haviam sofrido de doenças cardiovasculares ou infarto e 129 haviam morrido. 


Saúde pública 


O estudo concluiu que as pessoas que seguiam hábitos saudáveis tinham 57% menos chances de desenvolver doenças cardiovasculares e risco 67% menor de morrer desses males. 
Mas quando uma boa noite de sono foi somada à equação - sete ou mais horas por dia -, os analisados tinham 65% menos chances de desenvolver problemas do coração e um risco 83% menor de morrer. 
Segundo os pesquisadores, outras pesquisas já haviam indicado uma relação entre poucas horas de sono e doenças cardiovasculares, mas esta é a primeira a investigar se os hábitos de dormir bem e levar uma vida saudável podem reduzir o risco de morte por males do coração. 
"O impacto que boas noites de sono e uma vida saudável podem ter na saúde das pessoas pode ser substancial", afirmam os cientistas. 
Ao comentar o estudo, o professor Grethe Tell, da Universidade de Bergen, Noruega, afirmou que "sob o ponto de vista da saúde pública, as pessoas devem ser encorajadas a dormir bem e, assim como qualquer outro hábito de vida saudável, isso deve ser ensinado em casa", afirmou. 


Insônia 


Doireann Maddock, enfermeira cardiologista da organização British Heart Foundation, disse que pessoas que sofrem de insônia não deveriam ficar assustadas com os resultados do estudo. 
"O estudo não afirma que quem dorme pouco pode sofrer de problemas do coração", disse Maddock, acrescentando que pessoas que têm dificuldade de dormir devem evitar cafeína e refeições pesadas antes de ir para cama

Estresse e variações hormonais são vilões para quem sofre de enxaqueca


 
Para quem sofre do problema, que tem origem genética, os receptores de dor em volta do cérebro são muito sensíveis a determinados gatilhos 
Cerca de 30 milhões de brasileiros sofrem de enxaqueca, um tipo de dor de cabeça que costuma vir acompanhada de intolerância à luz e náuseas. Nesta edição do @saúde, o médico e colunista do UOL Jairo Bouer entrevista o neurologista Luis Henrique Martins Castro, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Para quem sofre do problema, que tem origem genética, os receptores de dor em volta do cérebro são muito sensíveis a certos gatilhos, como estresse e cansaço. No caso das mulheres, as oscilações hormonais costumam ser os vilões. Alguns alimentos, como os muito gordurosos ou picantes, também podem levar indivíduos suscetíveis a ter crises de enxaqueca. 
De acordo com o médico, uma estratégia pouco adotada pelos pacientes, mas bastante eficaz, é adotar um tratamento preventivo. O especialista prescreve algum tipo de medicamento (que aparentemente não tem nada a ver com a enxaqueca) para ser tomado todos os dias. Assim, as crises ficam mais espaçadas e, quando aparecem, vem com uma intensidade bem menor.
Para quem costuma se automedicar, o neurologista faz um alerta: abusar de remédios para dor de cabeça provoca o chamado efeito rebote: a dor aparece com frequência maior e mais forte.

Brasil desiste de vinda de 6.000 médicos cubanos

O Brasil paralisou as negociações com Cuba para a vinda de 6.000 médicos cubanos ao país e deve lançar nesta semana programa para atrair profissionais estrangeiros tratando Espanha e Portugal como países "prioritários".

Nem o Ministério da Saúde nem o Itamaraty, que havia anunciado a tratativa em maio e agora diz que ela está congelada, explicam as razões da mudança de planos.

Editoria de arte/Folhapress
Também não dizem o porquê do tratamento "não prioritário" a Cuba, já que a ilha preenche os principais requisitos do programa: médicos por habitante bem acima do recomendado pela OMS e língua próxima do português.
"Trata-se de uma cooperação que tem grande potencial e à qual atribuímos valor estratégico", disse o chanceler Antonio Patriota, em maio, ao mencionar a negociação.

Já o Ministério da Saúde informa que escolheu atrair médicos como "pessoa física", e não considerar a oferta do contingente feita pelo governo cubano, nos moldes que a ilha faz na Venezuela.

Desta maneira, o ministério evita abrir mais um flanco de críticas na implementação de um programa que já provoca outras resistências.
Nos bastidores, repete-se que a negociação com Cuba foi aventada por Patriota, e não pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Há motivos para o recuo. Além da sensibilidade que envolve o regime comunista de Cuba -aliado do governo e do PT e alvo dos conservadores-, o motivo principal é que as missões cubanas são aclamadas pelo trabalho humanitário, como no Haiti, mas não escapam de críticas de ativistas de direitos humanos e trabalhistas na versão remunerada.


VENEZUELA

No modelo usado na Venezuela, Cuba funciona como uma empresa terceirizada que fornece profissionais. O governo contratante paga a Havana pelos serviços e os médicos recebem só uma parte.

Apesar disso, o programa é considerado atrativo para os profissionais, que ganham cerca de US$ 40 na ilha e, com ele, têm acesso a benefícios.

O formato também é criticado por ex-participantes, que acusam o governo comunista de submetê-los a um duro regulamento disciplinar e impor regras de pagamento como poupança compulsória para evitar "deserção".

A regra disciplinar na Venezuela, vigente em 2010, incluía pedir autorização para pernoitar fora do alojamento, proibição de dirigir e a obrigação de informar sobre namoros. Falar com a imprensa também estava vetado.

"Não vislumbro essa solução feita na Venezuela no Brasil. Ele não é compatível com as leis trabalhistas brasileiras e a Constituição brasileira", diz o procurador-geral do Ministério Público do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira.


REVÉS PARA HAVANA


A desistência do Brasil é um revés para Havana, que tem dito que o envio dos médicos ao exterior é sua maior fonte de divisas e deseja ampliá-lo.

O que vai aos caixas estatais por serviços médicos -cerca de US$ 6 bilhões anuais segundo estimativas- é maior do que o arrecadado com turismo ou exportação de níquel.

O Ministério da Saúde diz que não há restrições se médicos cubanos quiserem se inscrever individualmente no programa. Brasileiros com formação no exterior entrarão na categoria "estrangeiros". Ou seja, brasileiros formados em Cuba, em tese, podem participar.

A pasta, no entanto, não prevê fazer campanha para divulgar o programa na ilha, ao contrário do que estuda fazer em Espanha e Portugal.

Alimentos com potássio são aliados contra o inchaço


Está sentindo a roupa mais apertada do que no dia anterior? Costuma ter dores nas pernas? A sensação de inchaço tem se tornado uma rotina? Fique atento, pois pode ser resultado de uma alimentação com muito sal, do consumo inadequado de água ou até sintoma de várias doenças. Descartada esta última hipótese, aposte nos alimentos ricos em potássio para se prevenir contra o problema do acúmulo de líquidos no organismo.
De acordo com a nutricionista Roseli Rossi, da Clínica Equilíbrio Nutricional, "o edema ou inchaço é resultado do extravasamento de líquidos que saem dos vasos sanguíneos e vão para o tecido subcutâneo".
A nutricionista Renata Bressan, nutricionista da Clínica Alfredo Halpern e membro da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), complementa: "o sódio (sal) é quem carrega a água para dentro dos vasos. Quando há um consumo excessivo de sódio, o organismo fica sobrecarregado de líquidos e o rim, responsável por eliminar o líquido acumulado, não consegue cumprir esta tarefa, o que causa o edema".
O efeito disso pode ser sentido no inchaço dos pés, mãos, coxas, tornozelos, mamas e região abdominal, o que é visível se pressionarmos o dedo sobre a pele, pois deixa uma marca temporariamente. A pele fica com um aspecto brilhante também. E o peso pode subir cerca de 2 quilos. Além de ter uma alimentação com uma quantidade adequada de sal e beber muita água, outros hábitos são indicados para prevenir o problema, como o consumo de alimentos diuréticos e, como já citado, os ricos em potássio.
Hormônios
Desequilíbrios no nosso organismo, como variação de pressão sanguínea, quantidade de proteínas no sangue, alterações hormonais, ficar muito tempo em pé, uso de alguns medicamentos ou sedentarismo também podem favorecer o aparecimento de edemas.
Além disso, há hormônios que podem provocar o inchaço: progesterona, cortisol, antidiurético, renina e aldoesterona. A nutricionista Roseli Rossi esclarece que "esses hormônios favorecem a retenção de líquidos. A progesterona, por exemplo, prepara o organismo para a gravidez, deixando o revestimento do útero pronto para a implantação do óvulo fertilizado. Isto faz aumentar o fluxo de líquidos pelo corpo".
E não é só na gravidez que a progesterona entra em ação, mas também antes da menstruação. Renata Bressan acrescenta: "no ciclo menstrual, após a ovulação até o sangramento, a progesterona está em níveis aumentados. E o hormônio é responsável pela retenção de líquidos e sódio, entre outras alterações".
O cortisol é produzido em situações de estresse, colaborando para a retenção de líquidos. Já a renina estimula a produção de um hormônio que eleva a pressão sanguínea, o que pode causar falha renal. E a aldoesterona atua nos rins aumentando a reabsorção de sódio e, conseqüentemente, de água.

Atividades físicas e drenagem

O inchaço causa um desconforto estético, certamente. Pior do que isso, pode trazer dores, dificuldade para andar e diminuição da elasticidade da pele, afetar a circulação sanguínea e aumentar o risco de infecções. Mas os maiores agravantes são o aumento da pressão arterial e a sobrecarga renal. A hipertensão pode levar a infarto, derrame, desmaios etc.
Além do tratamento médico, há mudanças no comportamento e outras medidas que podem ser coadjuvantes contra o problema, como praticar atividades físicas e fazer drenagem linfática. Ambas ativam a circulação. Entretanto, Bressan avisa: "a drenagem linfática funciona desde que a alimentação e a hidratação sejam adequadas". Ou seja, uma coisa não compensa a outra.
Antes de qualquer coisa, é importante descartar algumas patologias que podem estar causando o inchaço, segundo Bressan. Entre elas, a insuficiência renal crônica ou cardíaca, desnutrição, problemas hepáticos ou doenças da tireoide.

segunda-feira, julho 01, 2013

Meninas de 10 e 11 anos receberão vacina contra HPV no início do ano letivo de 2014

 A vacina contra o papilomavírus (HPV) será oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 10 e 11 anos no início do ano letivo de 2014. De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina estará disponível em cerca de 5 mil postos, entre escolas públicas e particulares (em forma de campanha) e unidades de saúde, de maneira permanente. O Brasil registrou em 2012 17,5 mil novos casos de HPV em mulheres, uma das principais causas de câncer do colo do útero.
A meta do governo é atingir 80% das mais de 3,3 milhões de pessoas consideradas público-alvo. Neste primeiro momento, serão disponibilizadas 12 milhões de doses apenas para meninas. Com os custos da vacina, serão gastos R$ 30 por unidade, somando R$ 452,5 milhões. A vacina, que será produzida pelo Instituto Butantã e pela Merck, será administrada em três doses, e protegerá contra quatro subtipos de HPV: 6, 11, 16 e 18 – os dois últimos são os que causam o maior risco de câncer. Em 70% dos casos de câncer do colo do útero, há vestígio da presença dos subtipos 16 e 18.
"Estamos oferecendo a melhor vacina que existe. Setenta e cinco porcento das vacinas usadas contra o HPV no mundo é essa que vamos aplicar. Essa é mais uma medida para enfrentarmos um problema de saúde púbica, que é o câncer do colo do útero – sobretudo nas regiões Norte e Nordeste e em áreas economicamente menos desenvolvidas em outras regiões do país", informou o ministro Alexandre Padilha.
A vacinação será feita em meninas nessa faixa etária, em intervalos de dois e seis meses entre a segunda e a terceira doses, respectivamente. A administração será feita, segundo a autorização dos pais. "A vacina não elimina a necessidade do uso de preservativo e da realização do exame papanicolau. Mesmo protegendo contra a maior proporção dos cânceres, não protege 100%. Essas meninas estarão mais protegidas, nas continuarão realizando o rastreamento [do vírus] com o exame preventivo", explicou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa. Em 2012, o ministério contabilizou 11 milhões de exames papanicolau realizados.
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que 17,5 mil casos de HPV surjam em 2013 no país. Segundo dados do Ministério da Saúde, são registrados, em média, 685,4 mil casos da doença por ano, que levam a 4,8 mil mortes. Em 2011, foram 5,1 mil óbitos. Anualmente, são descobertos, em média, 18,4 mil casos. De janeiro a março de 2013, foram feitas 5,6 mil internações por HPV, com as quais foram gastos R$ 7,6 milhões. O Ministério da Saúde estima que, entre 2011 e 2014, sejam gastos mais de R$ 382 milhões em investimentos na doença.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que haja 291 milhões de mulheres com o vírus no mundo, das quais 32% estão infectadas pelos tipos 16 e 18. Segundo a OMS, estudos mostram que 80% da população feminina sexualmente ativa serão infectadas.

Crescimento do número de cirurgias plásticas em adolescentes preocupa


O número de cirurgias plásticas em adolescentes entre 14 e 18 anos mais do que dobrou em quatro anos - saltou de 37.740 procedimentos em 2008 para 91.100 em 2012 (141% a mais), segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). No mesmo período, o número total de plásticas em adultos subiu 38,6% (saindo de 591.260 para 819.900 procedimentos) - o que significa que as cirurgias no público jovem cresceram em um ritmo 3,5 vezes maior.
Além de estar num crescimento acelerado, a participação de jovens no total de cirurgias (911 mil procedimentos), também cresceu: saltou de 6% em 2008 para 10% em 2012.
O Brasil é o segundo País do mundo em número de cirurgias plásticas - fica atrás apenas dos Estados Unidos. A lipoaspiração é a cirurgia mais feita (foram 211 mil procedimentos só em 2011), seguida do implante de silicone nas mamas. A regra vale tanto para adultos quanto para adolescentes. Nos meninos, os procedimentos mais procurados são a ginecomastia (redução das mamas que crescem demais) e a cirurgia para corrigir a orelha de abano.
Segundo dados da SBCP, nessa época do ano - inverno associado às férias escolares - a procura pelas cirurgias aumenta em média 60%. "Isso acontece porque o frio torna o pós-operatório mais confortável, favorecendo a recuperação mais rápida. Além disso, é recomendado não tomar sol após a cirurgia para evitar manchas", diz o cirurgião Gustavo Tilmann.
De acordo com o cirurgião José Horácio Aboudib, presidente da SBCP, não existe uma norma que defina qual a idade mínima para se submeter à cirurgia plástica. "Não há idade mínima, cada caso tem de ser avaliado separadamente. A idade não é o mais importante. O mais importante é avaliar a evolução física do paciente", diz.

  Maturação


Segundo Aboudib, há adolescentes com 14 anos que já possuem corpo biológico de adulto. "O que temos de avaliar é o nível de crescimento e maturação de cada um. Na menina, em geral isso acontece dois a três anos depois da primeira menstruação. No menino é mais difícil definir o início da puberdade, por isso é preciso avaliar cada caso."
Para Maurício de Souza Lima, médico hebiatra (especializado no atendimento de adolescentes) do Hospital Sírio-Libanês, a decisão de fazer plástica na adolescência é polêmica.
"Nessa idade, os jovens estão em fase de transformação, mas na maioria das vezes ainda não é hora de mudar. Tem jovens que preferem uma cirurgia em vez de uma festa de 15 anos. É um exagero", avalia. "O adolescente é muito imediatista e isso inclui a ansiedade por mudanças no corpo", diz..

O que fazer quando a parceira se incomoda com a camisinha?




Na edição do @saúde desta semana, o médico e colunista do UOL Jairo Bouer fala sobre um internauta que não sabe o que fazer porque a parceira sente pouco prazer quando ele usa camisinha. Em geral, essa queixa é mais comum entre os homens, que às vezes reclamam da falta de sensibilidade na glande.
Segundo Jairo, pode acontecer de algumas mulheres terem alergia ao látex e isso provocar algum incômodo, o que requer a busca por preservativos de outro material. Ou pode ocorrer, também, que, por uma falta de lubrificação, a camisinha acabe reduzindo o prazer. Nesse caso, vale tentar usar um lubrificante à base de água. 
Outra pergunta é de um internauta preocupado com a possibilidade de uma parceira engravidar caso pegue o sêmen que molhou o rosto e o coloque na vagina. "Teoricamente, existe possibilidade de gravidez, sim", responde Jairo.
A última questão é sobre a possibilidade de contrair o HIV por meio do beijo. A dúvida é se o risco existe caso a pessoa tenha algum sangramento na gengiva ou ferida na boca. De acordo com Jairo, essa não é uma forma de transmissão do vírus da Aids.