A pressão arterial elevada pode causar alterações cerebrais prejudiciais em pessoas com menos de 40 anos, sugere um estudo.
No relatório, publicado no periódico Lancet Neurology,
pesquisadores mediram a pressão arterial em 579 homens e mulheres cuja
média de idade era 39 anos, e em seguida examinaram seus cérebros com
ressonância magnética.
Depois de incluir dados como tabagismo, tratamento de hipertensão
arterial e volume craniano total, eles descobriram que a maior pressão
arterial sistólica – a forma mais comum de hipertensão – estava
associada à diminuição do volume da substância cinzenta e a uma lesão
significativa da substância branca. Além disso, verificou-se uma relação
dose-resposta: quanto maior a pressão sanguínea, maiores as mudanças
visíveis.
Essas alterações também ocorrem em pessoas com mais de 55 anos que
possuem pressão alta, e são associadas a uma diminuição do desempenho
cognitivo. Essencialmente, esses jovens com pressão alta apresentavam
cérebros mais velhos do que sua idade cronológica.
Os autores reconhecem que os indivíduos que participaram do experimento
eram na maioria voluntários caucasianos saudáveis, e que o estudo
representa um cenário momentâneo, e não uma visão de longo prazo.
O autor, Charles Decarli, neurologista da Universidade da Califórnia,
Davis, pediu cautela. "A maioria das pessoas nessa idade não possui
sintomas, mesmo quando têm pressão alta", disse ele. "Meça sua pressão
arterial quando você for jovem, e trate-a se necessário."
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