segunda-feira, agosto 27, 2012

Imunobiológicos:mirando diretamente no alvo

Terapias com esse tipo de droga vêm revolucionando tratamentos como os de câncer e de doenças reumatologicas

As drogas imunobiológicas são vacinas ou anticorpos humanos ou animais, modificados em laboaratório que agem sobre determinadas proteínas, eliminando ou impedindo o crescimento de células anormais. O leque desses medicamentos tem aumentado a cada ano, trazendo importates avanços no tratamento de alguns tipos de câncer e de doenças reumatológicas.

Em oncologia, os imunobiológicos fazem parte das chamadas terapias-alvo que, ao contrario de tratamentos como a quimioterapia, atacam ou estimulam as células da imunidade a atacar as células malignas, poupando as sadias, aumentando, assim, a eficácia e diminuindo os efeitos colaterais. Nessa classe de medicações, existem hoje vacinas contra o vírus HPV para prevenir cancer de coloce útero e contra os vírus da hepatites, evitando o câncer hepático.

Avanços revolucionários foram obtidos com rituximab, usado em diversos linfomas que expressam a proteína CD20, e o trstuzumab, que alveja a proteína Her2, excessiva em 20% dos casos de câncer de mama. Exemplos modernos incluem o ipilimumab, droga que vem sendo usada com sucesso no tratamento de melanoma, e o TDM-1, medicamento ainda não disponível comercialmente que combina tratuzumab com entansina, uma toxina encarregada de matar apenas as células malignas e que ´s carregada para dentro da célula pelo trastuzumab.

As drogas bológicas também introduziram uma nova era no tratamento de doenças reumatológicas autoimunes, com destaque para a artrite reumatóide, enfermidade inflamatória crônica que afeta 1% da população. Até o início dos anos 2000, a grande evolução foi o metotrexato, uma droga imunossupressora, a primeira a agir na evolução da doença e não apenas na inflamção. Mas metade dos pacientes não responde a esse tratamento. É para estes que os imunobiológicos trouxeram a boa nova. Um dos primeiros foi um bloqueador da proteina TNF alfa, que apresenta resultados positivos em 50% dos casos que não respondem ao metotrexato. Depois, surgiram outros, e o arsenal segue crescendo.

Hoje, é ínfimo o número de pacientes com artrite reumatóide que não responde a nenhum tratamento. Além disso, as terapias disponíveis permitem a remissão da doença. Bem mais caros, os biológicos não são mais ou menos eficientes que as drogas tradicionais, que seguem como primeira opção de tratamento, mas são excelentes alternativas para os pacinetes que não respondem a esses medicamentos.



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