terça-feira, agosto 21, 2012

O mal da fadiga crônica



Cansaço, na maioria das vezes, é cansaço mesmo. Em alguns casos, entretanto, cansaço é doença. Doença crônica e debilitante. Sabemos que cansaço é doença quando tem duração prolongada e não obtemos alívio mesmo após sono e repouso adequados. 

A medicina está caminhando lentamente na compreensão do “mal da fadiga crônica” e sabemos que muitos fatores podem atuar em sua origem, algumas vezes atuando juntos. Entre eles, o stress e a ansiedade despontam pela alta frequência, mas até aí, nada de novo, pois esses dois fatores participam da gênese da maioria das doenças crônicas.

Algumas doenças de difícil diagnóstico podem evoluir muitos anos com fadiga crônica como única manifestação. Entre elas, as doenças reumatológicas e autoimunes, que habitualmente têm um curso clínico lento e sintomas inespecíficos podem causar cansaço crônico muito tempo antes do diagnóstico. Exemplos delas,  fibromialgia, artrite reumatoide e Lupus dentre outras. 

Doenças cardiológicas e pulmonares podem causar cansaço antes de qualquer outra manifestação. Podem evoluir durante muito tempo sem diagnóstico até que o quadro clínico se torne claro com a associação de outros sintomas além do cansaço.

Finalmente, distúrbios hormonais também podem evoluir com quadros de fadiga crônica e dentre eles podemos citar as doenças da glândula tireoide, principalmente o hipotireoidismo, as alterações do hormônio masculino no homem e do hormônio feminino nas mulheres. 

Em virtude da natureza multifatorial da fadiga crônica, devemos afastar todas essas possibilidades antes de concluirmos que a queixa de cansaço seja apenas cansaço físico motivado pelo trabalho intensivo e pelo stress. 

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