terça-feira, agosto 07, 2012

Técnica analisa a sua saúde e o seu equilíbrio energético por meio dos olhos

              Aqui, o mapa usado na iridologia numa versão adaptada por Henrique Vieira Filho

  •  Aqui, o mapa usado na iridologia numa versão adaptada por Henrique Vieira Filho
Há muito tempo, terapeutas observam a constituição, a coloração e os sinais da íris, a membrana colorida que abriga a pupila dos olhos, para analisar a vitalidade das pessoas. Hoje, este tipo de análise, chamada iridologia, conta com avançadas máquinas fotográficas que captam imagens digitais da íris para a avaliação da saúde do indivíduo.

Não se trata de fazer diagnósticos, como na medicina tradicional. Para algumas linhas de terapia alternativa, a iridologia busca detectar tendências e predisposições a desequilíbrios físicos e emocionais. Para outras, a finalidade é analisar a energia da pessoa para chegar aos problemas orgânicos, já que estes se refletem no campo energético.

A maioria dos terapeutas se baseia no mapa criado pelo precursor da técnica, o norte-americano Bernard Jensen, que divide as íris em partes e anéis que representam as principais áreas do corpo, como cabeça, face, pescoço, abdômen, costas etc. Cada uma apresenta as respectivas subdivisões. Por exemplo, a garganta abrange amídalas, laringe, cordas vocais etc.

Para a iridologia, as íris revelam as características emocionais das pessoas

                        
 - FLOR: Já indivíduos deste padrão, que apresenta desenhos em forma de pétalas em volta da íris, são, em geral, mais emotivos, veem a vida de uma forma mais alegre, se desgastam mais e são mais volúveis que os demais. Além disso, conseguem absorver mais informações auditivas, segundo o iridólogo. "Este padrão se vê nos artistas", comenta o iridólogo Divulgação/Instituto Avalon


 - GEMA: "Este padrão apresenta uma mancha específica na íris que leva este nome. Geralmente, identifica pessoas racionais, detalhistas, rígidas inclusive fisicamente e ligadas às tradições. Têm uma percepção visual profunda, ou seja, são observadoras", descreve o iridólogo e terapeuta floral Serg Rios Alves, do Instituto Avalon Divulgação/Instituto Avalon


 - CORRENTE: íris limpas e com fibras bem alinhadas são próprias das pessoas identificadas como Corrente, segundo o método Rayid. "Trata-se de pessoas serenas, que têm muita sensibilidade, intuição forte e sentem a energia dos outros. São carinhosas, generosas e se saem bem em atividades esportivas e dança. Também costumam ser ponderadas", afirma Alves Divulgação/Instituto Avalon


- AGITADOR: este padrão, como o próprio nome diz, é percebido em indivíduos movidos às vezes pela razão e outras pela emoção. "São instáveis, corajosos, curiosos, libertários, pioneiros e viajantes. São pessoas ideais para tocar projetos e para motivar, tanto positiva quanto negativamente", explica Alves Divulgação/Instituto Avalon


 - ANÉIS DE TENSÃO: anéis de linhas claras indicam tensão muscular e estresse Divulgação/Instituto Avalon
O iridologista Adalto Vieira Stracci afirma que a íris apresenta 32 sinais fundamentais sobre as condições de saúde do nosso organismo. Uma das mais importantes é a fibra – aqueles ‘riscos’ que vemos nas imagens desta membrana ocular.

“Quanto maior a quantidade e mais retilíneas as fibras, melhor a genética da pessoa. Se as fibras estão mais abertas em uma área da íris, é um sinal de vulnerabilidade ou de maior fraqueza daquela região do corpo”, afirma ele, que também é doutor em Naturopatia (Medicina Natural).

A coloração também faz parte da análise. “Por exemplo, se a região do fígado e da vesícula não apresentar uma cor homogênea e tiver uma listra marrom mais escura, significa que o funcionamento destes órgãos está sofrendo uma sobrecarga”, diz Stracci. Já alguns anéis da íris se relacionam ao nível de tensão: quanto mais anéis, maior o estresse. Para confirmar– ou não – as avaliações, ele recomenda exames laboratoriais.


Espelhos da alma


“Várias culturas milenares acreditavam que os olhos são o espelho d'alma. Fiquei tentado em descobrir até onde essa afirmação é verdadeira”, afirma o terapeuta holístico Henrique Vieira Filho. Ele está à frente do “Projeto Iridologia”, do Sindicato dos Terapeutas (Sinte), que propõe um estudo comparado entre as correntes mais disseminadas no país. Segundo estimativa da entidade, cerca de 3% dos terapeutas holísticos brasileiros usam a iridologia, o que representaria 4.500 profissionais.

“Em três anos de estudo, ainda não chegamos a uma conclusão quanto ao grau de eficiência da iridologia. Mas todos concordam que, para evoluir, ela deve superar essa imagem de que serve para diagnosticar doenças, pois, para esta finalidade, já existem exames convencionais solicitados pela classe médica”, relata. Ele ressalta, ainda, que se trata de uma “ferramenta de avaliação, que não é aplicada isoladamente e nem é uma terapia em si”.

Aliás, há uma fronteira bem delimitada com a medicina tradicional. Segundo o Conselho de Medicina do Estado de São Paulo, "a iridologia não é uma especialidade médica tampouco um procedimento cientificamente reconhecido”, portanto, o órgão desaconselha sua prática.

A partir da análise da íris, costuma-se recomendar técnicas terapêuticas alternativas como a fitoterapia (tratamento por meio de plantas medicinais), florais (essências de flores usadas para reequilíbrio emocional e energético), tratamento ortomolecular (baseado na restauração dos níveis de vitamina e minerais) e acupuntura, entre outros, de acordo com Vieira Filho.  

Já Stracci sugere também uma dieta mais saudável – com maior consumo de produtos orgânicos e redução de carnes e embutidos –, sucos de verduras e frutas específicos, para combater as toxinas do organismo, massagens, exercícios em ambientes com ar puro e sol e banhos hidroterápicos como, por exemplo, o velho escalda-pé.

Tudo isso para ajudar a recuperar a normalidade das funções do organismo e reequilibrar a energia. Segundo o iridologista, os resultados podem ser constatados na própria íris, entre três e nove meses.


Caminho para o autoconhecimento


Para o iridólogo e terapeuta floral Serg Rios Alves, do Instituto Avalon, a iridologia também abre caminhos para o autoconhecimento, pois as íris revelam as características emocionais das pessoas. De acordo com a técnica Rayid, desenvolvida pelo norte-americano Denny Johnson, quatro padrões genéticos básicos de comportamento e de comunicação estão estampados nos olhos.

Na sua opinião, por conta destas análises, a iridologia pode ser usada inclusive no processo de seleção de pessoas no mercado de trabalho. “É possível identificar tendências comportamentais, habilidades e dificuldades: se a pessoa é mais racional, mais emotiva, mais introvertida ou extrovertida e assim por diante”.
 

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