Dificuldades para conseguir engravidar têm levado cada vez mais casais
aos consultórios especializados em fertilidade - e os tratamentos
envolvem um investimento considerável. A boa notícia é que mudanças
simples no cardápio podem aumentar as chances de uma gravidez. É o que
mostra o livro "Fertilidade e Alimentação" (Ed. LaVidapress), do médico
Arnaldo Cambiaghi e da nutricionista Débora Rosa, lançado nesta
quinta-feira (8), em São Paulo.
“Para quem deseja engravidar e até já está fazendo tratamento de fertilidade, uma alimentação adequada vai maximizar os resultados”, diz Cambiaghi, especialista em medicina reprodutiva do Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia (IPGO).
Para tanto, é preciso conhecer um pouco sobre os alimentos que podem ajudar e os que atrapalham a fertilidade. Veja abaixo álbum com alguns exemplos de itens que colaboram:
“Para quem deseja engravidar e até já está fazendo tratamento de fertilidade, uma alimentação adequada vai maximizar os resultados”, diz Cambiaghi, especialista em medicina reprodutiva do Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia (IPGO).
Para tanto, é preciso conhecer um pouco sobre os alimentos que podem ajudar e os que atrapalham a fertilidade. Veja abaixo álbum com alguns exemplos de itens que colaboram:
Uma das principais recomendações dos autores do livro é que homens e
mulheres se mantenham dentro do peso ideal. “Não dá para dizer que
obesos não vão conseguir engravidar, mas as estatísticas mostraram que
homens e mulheres acima do peso têm mais dificuldade”, explica o médico.
Outra sugestão do livro para todo mundo é evitar produtos industrializados, dando preferência sempre a alimentos frescos e orgânicos. Isso porque agrotóxicos e conservantes podem atuar negativamente sobre o sistema hormonal masculino e feminino.
Segundo Cambiaghi, o aumento dos casos de infertilidade visto atualmente se deve a três fatores, mas o principal deles é que os casais vem adiando o momento de se ter filho. “Mas até o envelhecimento ovariano pode ser combatido, com vitamina D, por exemplo”, diz. “Entretanto, vemos cada vez mais casais jovens também com problemas. Aí entra a interferência dos fatores ambientais, entre eles a alimentação”, completa.
Também contribui para a alta procura nas clínicas de fertilização, acredita o médico, o fato de o assunto ter deixado de ser tabu; hoje, quem tem dificuldade em engravidar procura ajuda sem constrangimento.
Os alimentos corretos podem até mesmo ajudar a combater problemas como síndrome do ovário policístico e endometriose. Neste caso, a mudança na dieta tem apresentado altas taxas de sucesso, já que a endometriose é uma doença estrogênio-dependente – e a produção hormonal pode ser controlada com ajustes no padrão alimentar.
Conseguir adequar a dieta para aumentar a fertilidade, no entanto, exige bastante organização. “Se um padrão alimentar está trazendo problemas para o equilíbrio do corpo, é necessário alterar a rotina, a chamada reeducação alimentar. Não se aprende uma nova forma de comer sem disciplina e organização”, afirma a nutricionista Débora Rosa.
No livro, há algumas sugestões de cardápios e tabelas para facilitar os casais em sua nova rotina de refeições. O trabalho vale a pena, garante Rosa: “Cuidar da alimentação é muito mais barato do que comprar remédios mais tarde, além de muito mais prazeroso”.
Outra sugestão do livro para todo mundo é evitar produtos industrializados, dando preferência sempre a alimentos frescos e orgânicos. Isso porque agrotóxicos e conservantes podem atuar negativamente sobre o sistema hormonal masculino e feminino.
Segundo Cambiaghi, o aumento dos casos de infertilidade visto atualmente se deve a três fatores, mas o principal deles é que os casais vem adiando o momento de se ter filho. “Mas até o envelhecimento ovariano pode ser combatido, com vitamina D, por exemplo”, diz. “Entretanto, vemos cada vez mais casais jovens também com problemas. Aí entra a interferência dos fatores ambientais, entre eles a alimentação”, completa.
Também contribui para a alta procura nas clínicas de fertilização, acredita o médico, o fato de o assunto ter deixado de ser tabu; hoje, quem tem dificuldade em engravidar procura ajuda sem constrangimento.
Os alimentos corretos podem até mesmo ajudar a combater problemas como síndrome do ovário policístico e endometriose. Neste caso, a mudança na dieta tem apresentado altas taxas de sucesso, já que a endometriose é uma doença estrogênio-dependente – e a produção hormonal pode ser controlada com ajustes no padrão alimentar.
Conseguir adequar a dieta para aumentar a fertilidade, no entanto, exige bastante organização. “Se um padrão alimentar está trazendo problemas para o equilíbrio do corpo, é necessário alterar a rotina, a chamada reeducação alimentar. Não se aprende uma nova forma de comer sem disciplina e organização”, afirma a nutricionista Débora Rosa.
No livro, há algumas sugestões de cardápios e tabelas para facilitar os casais em sua nova rotina de refeições. O trabalho vale a pena, garante Rosa: “Cuidar da alimentação é muito mais barato do que comprar remédios mais tarde, além de muito mais prazeroso”.
Veja abaixo, alimentos e hábitos que são inimigos da fertilidade:
- Cigarro:
o tabagismo, seja ele ativo ou passivo, deve ser evitado ao máximo
durante a gravidez. Bebês de mães que fumam tendem a nascer
prematuramente, têm menor peso ao nascer, podem ter o crescimento físico
mais lento e dificuldades cognitivas. Além disso, homens e mulheres
fumantes têm três vezes mais chances de sofrerem de infertilidade Shutterstock
- Açúcar
e farinha refinados: esses alimentos possuem compostos que podem
"confundir" os receptores celulares de estrógeno, aumentando a produção
desse hormônio, que estimula o crescimento de células do endométrio. Em
mulheres com endometriose, isso significa agravamento da dor. Para
mulheres com síndrome do ovário policístico, pode contribuir para
quadros futuros de diabetes, diz o livro "Fertilidade e Alimentação", de
Arnaldo Cambiaghi e Débora Rosa Shutterstock
- Ovos
e carnes crus: mulheres que estão ou pretendem ficar grávidas não devem
consumir nenhum tipo de carne e ovos crus ou mal cozidos, para evitar a
exposição ao parasita da toxoplasmose. Apesar de não ser tão
prejudicial para adultos, a doença pode causar defeitos congênitos no
bebê, como cegueira e lesões cerebrais Thinkstock
- Adoçantes
artificiais: devem ser evitados, sobretudo por mulheres que sofrem de
endometriose. Segundo o livro "Fertilidade e Alimentação", de Arnaldo
Cambiaghi e Débora Rosa, eles possuem efeitos comprovadamente negativos
sobre o sistema endócrino e reprodutor, pois são capazes de aumentar a
produção de estrógeno pelo organismo Reprodução
- Carnes
e leite; devem ser evitados, especialmente por mulheres com
endometriose, a menos que forem orgânicos. A administração de hormônios
e antibióticos em animais de corte no Brasil não possui controle
efetivo. Em excesso nos animais, essas substâncias passam para o
organismo humano e podem aumentar a concentração de estrógeno, o que
piora os quadros de endometriose, de acordo com o livro "Fertilidade e
Alimentação", de Arnaldo Cambiaghi e Débora Rosa Thinkstock
- Álcool:
o alto consumo de bebidas alcoólicas tem um efeito "pró-inflamatório",
que agrava o quadro de mulheres com diagnóstico de endometriose, diz o
livro "Fertilidade e Alimentação", de Arnaldo Cambiaghi e Débora Rosa Reprodução/TV UOL
- Soja:
os estudos atuais são inconclusivos ou contraditórios, mas há teorias
de que o consumo em excesso de soja e seus derivados pode atuar de forma
negativa no organismo masculino e diminuir a concentração de
espermatozoides. Por via das dúvidas, para homens que querem aumentar a
fertilidade, o melhor é não consumir soja em excesso, segundo o livro
"Fertilidade e Alimentação", de Arnaldo Cambiaghi e Débora Rosa Flávio Florido/Folhapress
Conheça alimentos e hábitos que melhoram a fertilidade
- Vitamina
C: em casais com infertilidade sem causa aparente, suplementos de
vitamina C aumentaram em 140% a produção de espermatozoides, informa o
livro "Fertilidade e Alimentação", de Arnaldo Cambiaghi e Débora Rosa.
Mas a vitamina pode ser obtida de forma natural, pelo consumo de
abóbora, agrião, beterraba, brócolis, laranja, caju, morango kiwi,
mexerica, limão etc Thinkstock
- Azeite
extravirgem: é rico em vitamina E, um tipo de antioxidante presente nas
membranas dos espermatozoides. Em casos de fertilização in vitro, a
vitamina E melhora a habilidade do espermatozoide de fertilizar o óvulo.
Também são ricos no nutriente: sementes de abóbora, cereais integrais,
abacate, salmão e vegetais verde-escuro. Para as mulheres, óleos
vegetais ajudam na regulação hormonal, ovulação e implantação Rodrigo Mendes/Folha Imagem
- Peixes
e frutos do mar: ricos em selênio, mineral essencial para formação de
espermatozoides com "boa saúde". Baixos níveis de selênio podem levar à
produção de espermatozoides com menos mobilidade, por causa de sua cauda
enfraquecida ou deformada, segundo o livro "Fertilidade e Alimentação",
de Arnaldo Cambiaghi e Débora Rosa. Amêndoas, pistache, carne bovina e
de aves também são fonte de selênio Divulgação/Gastrolândia
- Ovos:
são boas fontes de vitamina B12. Pesquisas indicam que a ingestão dessa
vitamina pode ser benéfica para homens com quantidade de
espermatozoides menor que 20 milhões/ml, ou com taxa de mobilidade menor
que 50%. Nas mulheres, as vitaminas do complexo B também são
importantes para minimizar riscos de abortamento. A B12 também está
presente em laticínios, carnes e feijões Karime Xavier/Folhapress
- Fibras:
em mulheres com endometriose, recomenda-se o aumento no consumo de
fibras, como forma de garantir um bom trânsito intestinal. Pacientes que
não evacuam regularmente têm retenção de material fecal e, por
consequência, aumento de toxinas. Para as que tem síndrome do ovário
policístico, as fibras ajudam a estabilizar os níveis de glicose. Aveia,
frutas, leguminosas, grãos integrais, milho e vegetais folhosos são
boas fontes de fibra Thinkstock
- Oleaginosas:
uma alimentação rica em ácidos graxos (gorduras poli-insaturadas
encontradas em peixes, óleos vegetais, nozes, amêndoas etc) tem o
potencial de diminuir a dor em mulheres com endometriose, ao reduzir
níveis do mediador inflamatório chamado postaglandina, ensina o livro
"Fertilidade e Alimentação", de Arnaldo Cambiaghi e Débora Rosa Flávio Florido/Folhapress
- Frutas
e folhas: a ingestão de grandes quantidades de vegetais folhosos e
frutas frescas apresenta papel protetor contra a endometriose, pois
esses alimentos atuam diretamente no crescimento desordenado do tecido
endometrial e na produção de estrógeno Thinkstock
- Beterraba
crua: entre muitos outros nutrientes, é rica em folato, substância
importante para evitar anemia e abortamentos em mulheres grávidas. A
deficiência nesse nutriente no início da gravidez também está associada a
maior risco de falhas na formação da coluna vertebral e do sistema
nervoso do bebê. Outras fontes de folato são: aspargos, feijões, gema de
ovos, gérmen de trigo, vegetais verde-escuros Leonardo Wen/Folhapress
- Alho
e cebola: são dois importantes alimentos antiestrogênicos, que ajudam
mulheres com endometriose. Eles possuem quercetina em sua composição, um
antioxidante que inibe a ação de enzimas envolvidas na produção
excessiva de estrógeno, segundo o livro "Fertilidade e Alimentação", de
Arnaldo Cambiaghi e Débora Rosa Thinkstock
- Orgânicos:
o ideal é que todos os alimentos consumidos fossem frescos e orgânicos,
ou seja, produzidos sem agrotóxicos ou qualquer produto que possa
prejudicar a saúde do homem ou a natureza. Muitos conservantes, corantes
e agrotóxicos são xenoestrógenos, os chamados "hormônios ambientais".
Essas substâncias podem afetar negativamente o sistema hormonal e a
fertilidade de homens e mulheres, diz o livro "Fertilidade e
Alimentação", de Arnaldo Cambiaghi e Débora Rosa Shutterstock
- Refeições
fracionadas: fazer pequenas refeições, com intervalos de três horas
entre cada uma, ajuda a diminuir a fome e, portanto, a quantidade
ingerida em cada refeição. Essa medida colabora para o dimuir a ingestão
calórica total - o que contrubui para o controle de peso e, sobretudo
para mulheres com ovários policísticos, reduz a incidência de picos de
açúcar no sangue após as refeições Thinkstock
- Alimentos
integrais: cereais, pães e massas integrais são fontes de carboidratos
de boa qualidade - ricos em fibras e pobres em açúcares de rápida
absorção - e, portanto, recomendados para uma dieta equilibrada e
saudável. Têm o potencial de ajudar tanto mulheres com endometriose (por
causa das fibras), como as com síndrome do ovário policístico (pelo
controle da glicemia) Patricia Stavis/Folhapress
- Vitamina
D: a exposição solar diária de cinco a dez minutos sem proteção,
durante o período de menor intensidade solar, é recomendada para
garantir o aporte adequado de vitamina D no organismo. A falta dessa
vitamina pode levar, entre outros problemas, ao envelhecimento precoce
dos ovários e à síndrome da menopausa prematura, ensina o livro
"Fertilidade e Alimentação", de Arnaldo Cambiaghi e Débora Rosa Marcelo Camargo/Agência Brasil
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