Além do já comprovado efeito
positivo para o coração, o azeite ainda tem o poder de adiar o envelhecimento
Imprescindível na salada e
delicioso no macarrão, um bom azeite de oliva torna qualquer prato muito mais
saboroso. Mas a estrela das receitas mediterrâneas vai muito além de um
precioso tempero, já que especialistas garantem sua ação benéfica para o
organismo - o alimento ajuda a prevenir especialmente as doenças
cardiovasculares.
Segundo o médico cardiologista Maurício Jordão, do Hospital Samaritano de São Paulo, o azeite é praticamente isento de gordura saturada – aquela que é maléfica para o coração por aumentar os níveis do LDL, que é o “colesterol ruim”. Por outro lado, ele é fonte de gordura monoinsaturada que, por sua vez, diminui o LDL e aumenta o HDL – chamado de “colesterol bom”.
As variedades de azeite virgem e extravirgem – os mais puros – também apresentam altas concentrações de vitamina E, betacaroteno e polifenóis. E, de acordo com Jordão, é justamente essa associação de compostos que parece ser a responsável pela ação antioxidante e anti-inflamatória do azeite.
Segundo o médico cardiologista Maurício Jordão, do Hospital Samaritano de São Paulo, o azeite é praticamente isento de gordura saturada – aquela que é maléfica para o coração por aumentar os níveis do LDL, que é o “colesterol ruim”. Por outro lado, ele é fonte de gordura monoinsaturada que, por sua vez, diminui o LDL e aumenta o HDL – chamado de “colesterol bom”.
As variedades de azeite virgem e extravirgem – os mais puros – também apresentam altas concentrações de vitamina E, betacaroteno e polifenóis. E, de acordo com Jordão, é justamente essa associação de compostos que parece ser a responsável pela ação antioxidante e anti-inflamatória do azeite.
A nutricionista Juliana Ruas
Dal’Mas, do Hospital Sírio Libanês, de São Paulo, reforça: “O azeite é rico em
poliferóis, que previnem oxidações biológicas, reduzindo a formação de radicais
livres. Estes, por sua vez, são muito nocivos à saúde, pois são responsáveis
pelo envelhecimento e por doenças degenerativas”. Ela ainda destaca mais
benefícios: “Ajuda na absorção das vitaminas lipossolúveis e na função
imunológica”.
Claro que não podemos deixar os cuidados com o coração só por conta das refeições regadas a um bom azeite. “A medida mais efetiva para elevar os níveis de HDL, o colesterol bom, ainda é a prática regular de exercícios físicos aeróbicos”, lembra Jordão.
Claro que não podemos deixar os cuidados com o coração só por conta das refeições regadas a um bom azeite. “A medida mais efetiva para elevar os níveis de HDL, o colesterol bom, ainda é a prática regular de exercícios físicos aeróbicos”, lembra Jordão.
A melhor escolha
A chef e especialista em azeites Alessandra Abud, do Gaeta Masseria, de São Paulo, também ressalta os seus benefícios para a saúde: “Além do já comprovado efeito positivo para o coração, ele ainda tem o poder de retardar o envelhecimento. E mais: há quem diga que reduz os níveis de obesidade”. Mas há uma dose diária recomendada: “Use duas colheres de sopa diariamente em suas refeições. Essa é a quantidade indicada pelos especialistas, em geral, e é também o ideal para aromatizar pratos e saladas ao longo de um dia”, ensina Abud.
Dal’Mas concorda que esta é a porção diária adequada e, como nutricionista, faz questão de comentar sobre os cuidados com a ingestão: “O azeite é bem-vindo nas refeições, faz bem à saúde e, de fato, está no ranking de alimentos essenciais ao cardápio de quem quer ter uma vida mais saudável. Porém, é preciso controlar o consumo, já que também é calórico. Trata-se de um óleo e possui muitas calorias, como qualquer outro. E o exagero nunca é bom, mesmo no caso de alimentos saudáveis. Assim, mais do que duas colheres de sopa ao dia pode resultar em alguns quilinhos a mais”, alerta.
Particularmente, a chef paulistana prefere o azeite extravirgem frutado intenso. “Nas saladas, nos preparos dos pratos e também na hora de servir, é sempre indicado colocar um fio de azeite, o suficiente para conferir sabor e aroma deliciosos”.
Na hora da escolha, no entanto, a dona da Gaeta Masseria lembra que cada azeite possui seu grau de acidez e é preciso observar essa informação no rótulo das embalagens. “O extravirgem, por exemplo, não pode passar de 0,8% de acidez”. Então, quanto menor o grau, melhor o produto. Hoje em dia já é bem fácil encontrar nas prateleiras dos supermercados azeites de excelente qualidade, a preços competitivos e com grau 0,3% de acidez.
“A origem do azeite também pode ser observada, a fim de garantir a melhor qualidade”, explica a chef. “O melhor é adquirir azeites com a denominação de origem protegida (DOP), uma certificação que assegura que o produto é feito sob supervisão e regras definidas para colheita e produção”, orienta.
Saiba um pouco mais sobre o azeite e faça a melhor escolha
- "O
azeite de oliva é rico em fenóis (antioxidantes) e em ácido graxo
monoinsaturado, sendo que o último atua no aumento da taxa do colesterol
"bom" (HDL), benéfico para as artérias", explica Maurício Jordão,
cardiologista do Hospital Samaritano de São Paulo Fernando Moraes/Folha Imagem
- Dados
da OMS (Organização Mundial da Saúde) indicam que, a cada ano, 17,3
milhões de pessoas morrem em todo o mundo vítimas de doenças
cardiovasculares. A estimativa é que, em 2030, o total de mortes possa
chegar a 23,6 milhões. Apesar de todos os avanços, as doenças
cardiovasculares ainda são a principal causa de morte em todo o mundo.
"Daí a importância cada vez maior de se encontrar alternativas para
prevenir o aparecimento de qualquer problema cardiovascular", avisa o
cardiologista Maurício Jordão, do Hospital Samaritano de São Paulo.
Assim, hábitos alimentares saudáveis são muito importantes e o azeite,
quando bem utilizado, traz muitos benefícios Thinkstock
- Claro
que consumir azeite não basta para cuidar do coração. É sempre bom
lembrar que a prática regular de exercícios físicos aeróbicos é a medida
mais efetiva para elevar os níveis de HDL, o "colesterol bom", orienta o
cardiologista Maurício Jordão, do Hospital Samaritano de São Paulo.
Exercícios aliados a uma alimentação equilibrada são os principais
passos para quem quer se manter saudável Ricardo Nogueira/Folhapress
- Muita
gente diz que não faz bem à saúde aquecer o azeite. A nutricionista
Juliana Ruas Dal"Mas, do Hospital Sírio Libanês, concorda. Ela diz que,
ao fazer isso, o azeite perde suas propriedades: "Elas oxidam na
presença do calor e da luz. O azeite aguenta uma temperatura de até 175º
C. Mais do que isso e em grandes quantidades pode até pode provocar
irritação da mucosa gastrointestinal e diarreia", alerta Thinkstock
- Cuidado:
"O azeite composto é misturado com outros tipos de óleo, que são mais
ricos em gorduras saturadas, prejudiciais para o organismo se consumidas
em excesso. Em alguns desses produtos compostos, somente 10% são
azeite. E esses óleos não trazem tantos benefícios para o organismo como
o azeite", alerta a nutricionista Juliana Ruas Dal"Mas, do Hospital
Sírio Libanês Divulgação
- Dizem
que azeite é como vinho: quanto mais velho, melhor. Mas isso é um mito.
"O azeite é melhor quando novo, porque muitas de suas propriedades se
oxidam na presença de calor e luz", conta a nutricionista Juliana Ruas
Dal"Mas, do Hospital Sírio Libanês Eduardo Knapp/Folhapress
- O
azeite extravirgem é o melhor de todos os óleos, porque possui grande
quantidade de gordura monoinsaturada. "Nosso organismo precisa de
gordura, principalmente para absorver algumas vitaminas lipossolúveis,
como A, D, E e K, e a gordura monoinsaturada é a mais saudável, pois
atua na prevenção de problemas cardiovasculares. Mas atenção: azeite
perde os benefícios ao ser utilizado em frituras, porque não pode ser
aquecido a altas temperaturas. "Nesse caso, é melhor usar o óleo de
soja, que pode chegar a 240º C sem formar compostos tóxicos", diz a
nutricionista Juliana Ruas Dal"Mas, do Hospital Sírio Libanês Flavio Florido/Folhapress
- A
maior vantagem do azeite extravirgem não está no sabor ou na cor. "Ele
possui maior quantidade de polifenóis, que previnem oxidações
biológicas, reduzindo a formação de radicais livres. Estes, por sua vez,
são muito nocivos à saúde, pois são responsáveis pelo envelhecimento e
por doenças degenerativas", avisa a nutricionista Juliana Ruas Dal"Mas,
do Hospital Sírio Libanês Rodrigo Mendes/Folha Imagem
- Para
escolher o melhor azeite, observe rótulos e contrarrótulos dos produtos
importados pelo Brasil. Um azeite embalado na origem é garantia de
procedência e qualidade. Assim, fique atento às palavras "produzido" ou
"engarrafado". "No primeiro caso, trata-se de um azeite produzido no
local onde foi engarrafado. Já no segundo caso, trata-se de um azeite de
procedência desconhecida", diz a nutricionista Juliana Ruas Dal"Mas, do
Hospital Sírio Libanês Thinkstock
- Quanto
à embalagem, existem controvérsias sobre o uso de latas, mas uma coisa é
certa: "A embalagem do azeite deve ser bem vedada e de cor escura",
ensina a nutricionista Juliana Ruas Dal"Mas, do Hospital Sírio Libanês Fernando Moraes/Folha Imagem
- Um
bom azeite precisa ter baixa acidez e bom sabor. Porém, a acidez não
tem relação com a intensidade do sabor, avalia a nutricionista Juliana
Ruas Dal"Mas, do Hospital Sírio Libanês Gabriela Athias/Folhapress
- "A
cor do azeite não está diretamente ligada ao seu sabor, aroma ou
qualidade, uma vez que ela depende do tipo e do estado de maturação da
azeitona. Um azeite verde é obtido da prensagem de azeitonas ainda
verdes, enquanto um azeite dourado provém da prensagem de azeitonas
maduras. Além disso, o azeite é geralmente obtido a partir de uma
mistura de variedades de azeitonas, com diferentes graus de maturação",
ensina a nutricionista Juliana Ruas Dal"Mas, do Hospital Sírio Libanês Divulgação
- Dentro
da ampla gama de azeites disponíveis no mercado, eleja o seu em função
da maneira como vai utilizá-lo na cozinha e do seu gosto pessoal. Cada
um tem características próprias, e isto não quer dizer que um seja
melhor do que o outro. "Com o uso frequente, é possível aprender a
selecionar um azeite até mesmo pelo aspecto sensorial", conta a
nutricionista Juliana Ruas Dal"Mas, do Hospital Sírio Libanês Adriano Vizon/Folhapress
- O
azeite é um óleo e, portanto, possui muitas calorias, como qualquer
outro. Assim, deve-se evitar o consumo exagerado. "Mesmo os alimentos
mais saudáveis devem ser ingeridos moderadamente. Duas colheres de sopa
por dia é a quantidade máxima recomendada", indica a nutricionista
Juliana Ruas Dal"Mas, do Hospital Sírio Libanês Thinkstock
- Azeite
de oliva e azeite de dendê são totalmente diferentes, em benefícios,
sabor e cor. "O azeite de dendê possui gordura saturada. A única
vantagem do tradicional ingrediente baiano é a quantidade maior de
vitamina A, importante para a visão. Nos demais benefícios, o azeite de
oliva é o campeão", ensina a nutricionista Juliana Ruas Dal"Mas, do
Hospital Sírio Libanês Thinkstock
- "Aromatizar
um bom azeite (extravirgem e de baixa acidez) não muda suas qualidades,
desde que o processo de aromatização seja industrial e não caseiro",
afirma a nutricionista Juliana Ruas Dal"Mas. Já a chef Alessandra Abud,
do Gaeta Masseria, afirma: "Azeites aromatizados são interessantes. Isso
porque, com a adição de ervas e especiarias, é possível tornar um
azeite ainda mais especial. A qualidade não sofre interferências, desde
que se escolha um produto de boa qualidade, de preferência de oliva
extravirgem" Divulgação
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