sexta-feira, junho 01, 2012

O USO DA POLIHEXANIDA NO TRATAMENTO DE FERIDAS



Eva de Fátima Silva[1]

Resumo

O presente trabalho resulta de uma pesquisa qualitativa realizada a partir dos estudos abordados em artigos da internet e em estudos abordados em sala de aula. O mesmo relata o que é a Polihexanida. É importante, também, salientar como é o tratamento de feridas limpas ou infectadas, com o uso da Polihexanida. A literatura menciona seu mecanismo de ação na ferida como também o efeito que produz a arginina na sua composição.

Palavras chave: Cicatrização de Feridas. Efeitos de Drogas. Arginina


1      INTRODUÇÃO

A Polihexanida é uma molécula sintetizada a partir da polimerização dos resíduos do aminoácido Arginina, de caráter catiônico -  biguanina polimérica. Apresenta amplo espectro de ação contra bactérias gram-positivas, gram-negativas, fungos, leveduras, esporos, MRSA, Pseudomonas (BARRETO et al, 2009, p 3; NELUCI, s/d; p 2).
É um antisséptico cutâneo, não citotóxico, empregado no reatamento de feridas cutâneas, sendo indicado na assepsia da pele íntegra e no tratamento de ferida cutânea, limpa ou infectada, apresentando ação não fibrolítica seletiva do leito da ferida (CANDIDO, 2006; p 1).


2      TRATAMENTO DA FERIDA COM POLIHEXANIDA


A utilização deste produto propicia a limpeza do leito da ferida necrosada; favorece o controle bacteriano e a redução dos biofilmes (agregado de microorganismos em que as células aderem umas às outras e / ou a uma superfície) e o manejo da infecção local da lesão; estimula a granulação, favorecendo o controle das úlceras, sem evolução, em seu processo de cicatrização, sem efeitos tóxicos sobre o tecido formado; aumenta a qualidade do controle da dor, odor e o estado do tecido circundante (edema, eritema e maceração) (VALENZUELA; PERUCHO, 2008, p 7 - 12).
A ação antimicrobiana deve-se ao caráter hidrofílico e catiônico destas moléculas. Em razão da ação microbicida e do alto teor de arginina, pode-se atribuir o efeito potencializador na cicatrização de feridas às moléculas de Polihexanida. A reatividade catiônica da Polihexanida fica restrita às células da camada superficial externa, sem comprometer as células das camadas inferiores. Estas, sem agressão microbiana aeróbica ou principalmente, anaeróbica, podem desencadear o processo de regeneração celular levando à cicatrização (ESTOMATECH, 2009; p 1).
Como precursora do óxido nítrico, que tem efeito relaxador nos vasos sanguíneos, a arginina é necessária na vasodilatação. Nos tecidos, a presença da arginina é considerada um sinal de vitalidade do endotélio vascular em razão da angiogênese que induz. Ao dilatar os vasos sanguíneos possibilita uma melhor nutrição celular proporcionando aumento de resistência tecidual (NELUCI, s/d; p. 1).



3      CONSIDERAÇÕES FINAIS


O uso da Polihexanida mostra-se eficaz e seguro para o tratamento de feridas, na forma de curativos diários, pois a Polihexanida apresenta amplo espectro de ação microbiana e rápida asseptização instalada nas áreas lesionadas sem afetar a integridade dos tecidos expostos e com alto teor de arginina que vitaliza o epitélio vascular induzindo a angiogênese.

4      REFERÊNCIAS

BARRETO, L.M.S.M. BARBOSA, P.M. SILVA, L.A. MELO, T.A. GOUVEIA, A.C.; Avaliação da Polihexanida Tópica em Lesões por Queimadura em Paciente com Neuropatia Diabética; Jornada Brasileira de Queimaduras; Revista Nursing; Rio de Janeiro; 2008. Disponível em <http://www.walkmed.com.br/new/new.php?corpo=conteudo.php&tabela=tabram06&pg=1&cod=39 > Acesso em 13 nov 2010.
CANDIDO, L.C.; Curativos e Coberturas: Polihexanida-Betaina; Tratamento clínico-cirúrgico de feridas cutâneas agudas e crônicas; Livro do feridólogo; s/d. Disponível em <http://www.feridologo.com.br/curpolihexanida.htm >. Acesso em 13 nov 2010.
ESTOMATECH; Aquasept Solução Antiséptica 250mlc/ PHMB; São Paulo; 2009. Disponível em <http://www.estomatech.com.br/default.asp?secao=1&categoria=4&subca-tegoria=16&id=28 .>. Acesso em 13 nov 2010.
NELUCI; Polihexanida; Revista Nursing, Rio de Janeiro; 2008. Disponível em <http://www.walkmed.com.br/new/new.php?corpo=conteudo.php&tabela=tab06> . Acesso em 13 nov 2010.
VALENZUELA, A.R.; PERUCHO, N.S.; Efectividad de um gel de polhexanida al 0,1%; Revista rol de Enfermería – Universidad de La Roja;Distrito Aljaraf – Sevilla; v 31; n 4; 2008. Disponível em <http://www.infodoctor.org:8080/uid=18564781>. Acesso em 13 nov 2010.


[1] Pós-graduanda de UTI Geral, pela ASSEVIM/Instituto Passo 1. Uberlândia MG. E-mail: fatima_lops@yahoo.com.br.

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