segunda-feira, junho 04, 2012

A progressão do câncer no mundo


Não há dúvida de que o câncer será a principal causa de mortalidade nas gerações futuras. Passamos pela desnutrição mundial e aprendemos como adequar nossas necessidades nutricionais para evitar a doença e a morte pela carência de nutrientes. Passamos pelas doenças infecciosas e aprendemos que a água potável, o saneamento básico e as vacinações reverteriam esse processo. Atualmente, estamos em pleno domínio das doenças cardiovasculares como causa de morte e estamos aprendendo que o tratamento da hipertensão arterial, a correção das taxas de colesterol e o controle do peso corporal são metas importantes para nos livrarmos da morte pelo coração. O futuro será de uma dura luta travada contra o câncer.

De acordo com a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), órgão ligado à OMS, os casos de câncer deverão aumentar em cerca de 75% até 2030. Uma estatística assustadora. Os países desenvolvidos ou em desenvolvimento, como os Estados Unidos, Brasil, Rússia e Reino Unido continuarão com maior prevalência para os casos de câncer relacionado ao um estilo de vida ocidentalizado, com sedentarismo, má alimentação e obesidade, como câncer de mama, pulmão, colorretal e próstata. Nos países subdesenvolvidos, como alguns países da África, continuarão crescendo o número de casos de câncer relacionados a infecções como fígado, estômago e colo de útero. 

O câncer já é a principal causa de morte em muitos países de renda elevada e está avançando pelo mundo em desenvolvimento e subdesenvolvido. Não há como não pensar nas estratégias de ação global que reduzam suas taxas de incidência. Dentre elas, as intervenções no padrão de alimentação dos povos talvez sejam as mais inteligentes, mas também as mais complexas, uma vez que envolve toda a cadeia de produção e comercialização dos alimentos.

Por outro lado, o que temos visto na mídia,  descrições desse ou daquele alimento que protege contra o câncer muitas vezes banaliza o problema e trás uma falsa ideia de que estamos protegidos por comer brócolis ou tomate. Na verdade, o que lemos e ouvimos sobre a composição desses alimentos são verdades. O erro está na interpretação dos autores desses textos, que não entendem que ao invés de educar e informar, eles dão a falsa ideia de que comendo esse ou aquele alimento nós estaremos seguros. O que precisamos entender é que alimentação saudável, na maioria das vezes, é justamente deixar de comer alguns alimentos sabidamente maléficos e diversificar  todos os outros. 

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